Hamas dá sinais de cedência. Três reféns israelitas a caminho da liberdade este sábado
Depois de ter estado ameaçado uns dias, o frágil cessar-fogo entre Israel e o Hamas parece ter regressado aos carris. O movimento radical palestiniano garantiu a libertação de três pessoas este sábado, como estava inicialmente previsto, após as negociações com os mediadores do Egito e do Catar. Já do lado israelita há a sinais de que o cronograma de troca de prisioneiros é para cumprir. Ainda assim, o Governo de Benjamin Netanyahu mantém os avisos de que se não forem libertados os israelitas em cativeiro as tréguas serão quebradas.
O Hamas assegurou, na quinta-feira, que vai libertar três reféns israelitas no sábado, como estava previamente definido, recuando da ameaça de adiar a próxima libertação de prisioneiros após acusar Israel de supostas violações do cessar-fogo.
O Governo de Netanyahu, por seu lado, tem sido pouco claro sobre as exigências na libertação de reféns, desde as controversas declarações de Donald Trump, que ameaçou tornar Gaza num “inferno” caso não fossem libertados todos os reféns até sábado. Mas também na quinta-feira Israel assumiu que pretende cumprir o cronograma, pondo termo aos receios do retorno dos ataques.Há indícios de que o primeiro-ministro israelita estará a tentar pressionar o Hamas a antecipar a entrega de outros seis reféns.
“Há um plano em vigor para a libertação dos nossos reféns”, disse David Mencer, porta-voz do gabinete do primeiro-ministro. “Esse plano deixa claro que três reféns vivos devem ser libertados por terroristas do Hamas no sábado”.
Mencer não comentou o que fez o Hamas voltar à decisão inicial, lembrando que “é uma organização terrorista genocida”, mas que Israel espera o regresso do três reféns acordados no sábado.“Se o Hamas violar este acordo e não libertar os nossos reféns, o Governo deixou claro que instruiu as nossas forças armadas — e já reunimos forças dentro e nos arredores de Gaza — se o Hamas não devolver os nossos reféns até o meio-dia de sábado, o cessar-fogo terminará e as IDF retomam os intensos combates até a derrota final do Hamas”.
De acordo com o Times of Israel, o Governo israelita está a pressionar o movimento radical que governa a Faixa de Gaza para que sejam libertados mais reféns nos próximos dias, além dos três previstos.
Sem citar fontes, a comunicação social israelita avança também com a informação de que Israel estaria a pedir aos mediadores - Catar, Egito e Estados Unidos - para que pressionassem o Hamas a acelerar a libertação dos outros seis reféns vivos antes das datas programadas para 22 de fevereiro e 1 de março. Uma fonte árabe assumiu, contudo, que seria pouco provável que o Hamas se desviasse do plano original. José Manuel Rosendo e Rodrigo Lobo | Enviados especiais da RTP ao Médio Oriente
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa, Israel Katz, reuniram-se na última noite com os principais comandantes militares e autoridades de segurança, estando Jerusalém supostamente a tentar pressionar o Hamas. As autoridades esperam que sejam revelados, ainda esta sexta-feira, os nomes dos reféns que serão libertados no sábado.
Israel voltou a advertir que, se não forem entregues os reféns no sábado, retoma os combates. Embora não tenha mencionado a quantos reféns se refere esta ameaça, os apelos israelitas parecem reforçar as exigências de Trump.
É expectável que, na segunda fase do acordo de cessar-fogo, as IDF se retirem completamente do território e os reféns sejam todos libertados, assim como centenas de prisioneiros palestinianos mantidos por Israel.
As negociações sobre a implementação da segunda fase já deviam ter começado na semana passada, mas até agora Netanyahu não deu aval aos negociadores. O objetivo passará pela reconstrução do território a longo prazo.
O Governo de Netanyahu, por seu lado, tem sido pouco claro sobre as exigências na libertação de reféns, desde as controversas declarações de Donald Trump, que ameaçou tornar Gaza num “inferno” caso não fossem libertados todos os reféns até sábado. Mas também na quinta-feira Israel assumiu que pretende cumprir o cronograma, pondo termo aos receios do retorno dos ataques.Há indícios de que o primeiro-ministro israelita estará a tentar pressionar o Hamas a antecipar a entrega de outros seis reféns.
“Há um plano em vigor para a libertação dos nossos reféns”, disse David Mencer, porta-voz do gabinete do primeiro-ministro. “Esse plano deixa claro que três reféns vivos devem ser libertados por terroristas do Hamas no sábado”.
Mencer não comentou o que fez o Hamas voltar à decisão inicial, lembrando que “é uma organização terrorista genocida”, mas que Israel espera o regresso do três reféns acordados no sábado.“Se o Hamas violar este acordo e não libertar os nossos reféns, o Governo deixou claro que instruiu as nossas forças armadas — e já reunimos forças dentro e nos arredores de Gaza — se o Hamas não devolver os nossos reféns até o meio-dia de sábado, o cessar-fogo terminará e as IDF retomam os intensos combates até a derrota final do Hamas”.
De acordo com o Times of Israel, o Governo israelita está a pressionar o movimento radical que governa a Faixa de Gaza para que sejam libertados mais reféns nos próximos dias, além dos três previstos.
Sem citar fontes, a comunicação social israelita avança também com a informação de que Israel estaria a pedir aos mediadores - Catar, Egito e Estados Unidos - para que pressionassem o Hamas a acelerar a libertação dos outros seis reféns vivos antes das datas programadas para 22 de fevereiro e 1 de março. Uma fonte árabe assumiu, contudo, que seria pouco provável que o Hamas se desviasse do plano original. José Manuel Rosendo e Rodrigo Lobo | Enviados especiais da RTP ao Médio Oriente
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa, Israel Katz, reuniram-se na última noite com os principais comandantes militares e autoridades de segurança, estando Jerusalém supostamente a tentar pressionar o Hamas. As autoridades esperam que sejam revelados, ainda esta sexta-feira, os nomes dos reféns que serão libertados no sábado.
Israel voltou a advertir que, se não forem entregues os reféns no sábado, retoma os combates. Embora não tenha mencionado a quantos reféns se refere esta ameaça, os apelos israelitas parecem reforçar as exigências de Trump.
É expectável que, na segunda fase do acordo de cessar-fogo, as IDF se retirem completamente do território e os reféns sejam todos libertados, assim como centenas de prisioneiros palestinianos mantidos por Israel.
As negociações sobre a implementação da segunda fase já deviam ter começado na semana passada, mas até agora Netanyahu não deu aval aos negociadores. O objetivo passará pela reconstrução do território a longo prazo.
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