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"Herói". Refugiado sírio de 19 anos ajudou a dominar assaltante de Hamburgo
A sociedade alemã elogia os atos de um jovem sírio de 19 anos, refugiado, que ajudou a dominar uma mulher que feriu 18 pessoas com uma faca, na estação de comboios de Hamburgo, sexta-feira passada
Muhammad Al Muhammad está a ser considerado um "herói".
O jovem refugiado sírio regressava a casa, em Buchholz, a 25 km de Hamburgo, depois de visitar um amigo. Quando esperava na plataforma pelo seu comboio reparou numa mulher que brandia uma faca.
Muhammad foi intervir quando viu um outro homem, que descreveu como checheno, a pontapear a mulher no joelho, derrubando-a. "Segurei-a no chão e pressionei as mãos dela contra a mochila dela, para ela não se levantar", referiu Muhammad. "A mulher não gritou, não resistiu".
A polícia chegou quase imediatamente, de armas em riste apontadas para ambos, levando o jovem sírio a largar a mulher e a levantar-se de mãos erguidas e afastadas, lentamente.
Depois de questionado pelos agentes, Muhammad foi deixado seguir. "A polícia agradeceu-me e comprou-me um cappuciono", revelou. "Fez-me muito feliz com isso".
A ação de Muhammad circulou rapidamente nas redes sociais, sendo confrontada com o discurso negativo contra os imigrantes e refugiados difundidos pela extrema direita alemã AfD, Alternativa para a Alemanha. O jornal Der Spiegel sublinhou que a ação dos dois homens evitou provavelmente um maior número de vítimas.
O jovem refugiado sírio regressava a casa, em Buchholz, a 25 km de Hamburgo, depois de visitar um amigo. Quando esperava na plataforma pelo seu comboio reparou numa mulher que brandia uma faca.
Muhammad foi intervir quando viu um outro homem, que descreveu como checheno, a pontapear a mulher no joelho, derrubando-a. "Segurei-a no chão e pressionei as mãos dela contra a mochila dela, para ela não se levantar", referiu Muhammad. "A mulher não gritou, não resistiu".
A polícia chegou quase imediatamente, de armas em riste apontadas para ambos, levando o jovem sírio a largar a mulher e a levantar-se de mãos erguidas e afastadas, lentamente.
Depois de questionado pelos agentes, Muhammad foi deixado seguir. "A polícia agradeceu-me e comprou-me um cappuciono", revelou. "Fez-me muito feliz com isso".
A ação de Muhammad circulou rapidamente nas redes sociais, sendo confrontada com o discurso negativo contra os imigrantes e refugiados difundidos pela extrema direita alemã AfD, Alternativa para a Alemanha. O jornal Der Spiegel sublinhou que a ação dos dois homens evitou provavelmente um maior número de vítimas.
Muhammad é originário da cidade de Alepo, tendo chegado à Alemanha em 2022, com estatuto de refugiado.
"Podemos ser tentados a comentar 'vêem? Um árabe - o seu nome é, nada mais, Muhammad - é um herói", escreveu a comentadora política Gilda Sahebi no jornal Die Tageszeitung, considerando necessário contar a história do jovem, quando os discursos da AfD, mas também mais moderados na Alemanha, estão cheios de "toxicidade racista".
A mulher, de 39 anos, que atacou quase 20 pessoas na gare de comboios na sexta-feira passadea, levando a receios de um ataque terrorista, foi detida no local do assalto, tendo sido referido oficialmente que apresentava sinais de grande sofrimento emocional. Foi colocada sob cuidado psiquiátrico. As 18 vítimas do ataque estão em condição estáveis.
com agências
