Mundo
Guerra no Médio Oriente
Hotéis tornam-se abrigos para moradores de edifícios atingidos em Israel
Por causa dos sucessivos ataques, em Israel, as escolas estão fechadas, tal como muitos outros serviços. Os hotéis são um dos poucos edifícios que se mantêm de portas abertas e que acolhem desalojados.
Foto: Atef Safadi - EPA
Depois da destruição provocada por mísseis do Irão na cidade de Bat Yam, na escalada de ataques que os países mantêm desde a madrugada de sexta-feira, cerca de 200 moradores de alguns edifícios vieram para o hotel onde o luso brasileiro Ivo Jacome é gerente.
"Lamentavelmente essas pessoas estão desabrigadas e um dos hotéis que está a receber esses evacuados é justamente o nosso", descreve à Antena 1.
A unidade hoteleira em Telavive está praticamente cheia desde o fim-de-semana e assim deve continuar por causa do fecho do espaço aéreo: "O nosso hotel é mais voltado para homens de negócio e muitos tiveram de estender a sua estadia".
Quem fica teve de se habituar à rotina dos abrigos que existem em cada piso do hotel onde trabalha Ivo Jacome.
Quando são emitidos alertas, "todas as pessoas são instruídas a entrar e a ficar até nova ordem".
Apesar do ambiente de guerra que o país tem vivido com o Hamas desde 2023, a escalada de violência com o Irão trouxe a Israel uma onda de ataques, iniciada pelo país e com resposta nunca antes vista, levando o português David Pina a querer deixar o país onde vivia há oito anos.
"Desta vez as defesas aéreas não conseguem dar conta da situação sozinhas", afirma, contando que "não há nada como ouvir o som de um míssil balístico a passar por cima de sua casa para ter uma compreensão distinta da vida".
David Pina e a esposa viajaram para norte da capital Telavive, de onde quer sair, não podendo contar com voos e não tendo sido ainda contactado pelo Estado Português.