O Parlamento da Hungria aprovou, esta segunda-feira, a candidatura da Suécia, abrindo caminho para Estocolmo se tornar o 32.º membro da NATO. A Hungria é o último país a ratificar no Parlamento a adesão da Suécia à Aliança, pondo fim ao fim um impasse diplomático que se arrastava desde 2022, altura em que Suécia e Finlândia pediram para aderir à Aliança Atlântica, no rescaldo da invasão russa da Ucrânia.
Kristersson lembrou ainda que "a Suécia está a deixar para trás 200 anos de neutralidade e de não-alinhamento militar” e que a sua entrada na NATO significa que “a região nórdica tem uma defesa comum pela primeira vez em 500 anos”.
“É um grande passo e algo a ser levado a sério", disse o primeiro-ministro sueco em conferência de imprensa.
A candidatura de Estocolmo foi aprovada esta segunda-feira por uma esmagadora maioria de deputados (188 em 199) no Parlamento húngaro.
“É um grande passo e algo a ser levado a sério", disse o primeiro-ministro sueco em conferência de imprensa.
A candidatura de Estocolmo foi aprovada esta segunda-feira por uma esmagadora maioria de deputados (188 em 199) no Parlamento húngaro.
Na abertura da sessão parlamentar desta segunda-feira, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, saudou a recente visita do seu homólogo sueco e o passo essencial na construção de “uma relação justa e respeitosa entre os dois países”, para além das “diferenças de opinião”.
“A entrada da Suécia na NATO fortalecerá a segurança da Hungria”, disse Orbán.
“A entrada da Suécia na NATO fortalecerá a segurança da Hungria”, disse Orbán.
Questionado pelos jornalistas sobre o que fez o seu país abandonar a oposição à adesão da Suécia à NATO, Orbán, um nacionalista de direita que estabeleceu laços estreitos com a Rússia, respondeu: “Ser membro da NATO significa que estamos preparados para morrer uns pelos outros. É baseado no respeito mútuo. Foi sensato levar esse processo a um ritmo adequado”.
A luz verde da Hungria surgiu após o primeiro-ministro sueco e o seu homólogo húngaro se terem reunido, na sexta-feira, e assinado um novo acordo militar, prometendo pôr de lado todas as suas diferenças.
A decisão põe fim a um impasse de dois anos, altura em que a Suécia, a par da Finlândia, pôs fim à sua política de não-alinhamento militar e se candidatou à NATO em prol de uma maior segurança, na sequência da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Enquanto a Finlândia se tornou membro da Aliança Atlântica o ano passado, a Suécia ficou em stand by à medida que a Hungria e a Turquia levantavam objeções.
Enquanto a Finlândia se tornou membro da Aliança Atlântica o ano passado, a Suécia ficou em stand by à medida que a Hungria e a Turquia levantavam objeções.
A Turquia estava reticente em aprovar a entrada de Estocolmo na Aliança e exigia ações mais duras contra os militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). A Suécia alterou as suas leis e flexibilizou as regras sobre a venda de armas, acabando por receber a aprovação da Turquia no final de janeiro.
A Hungria, por sua vez, manteve-se reticente por motivos de natureza menos clara e sem apresentar exigências concretas.
Alguns especialistas veem esta reticência por parte da Hungria como uma estratégia de chantagem para obter concessões da UE e a libertação de milhares de milhões de euros de fundos atualmente congelados ou um sinal da proximidade de Viktor Orbán ao presidente russo, Vladimir Putin.
Reações à entrada da Suécia na NATO
A ratificação da Hungria à entrada da Suécia na Aliança Atlântica está a gerar reações de vários líderes.
A Hungria, por sua vez, manteve-se reticente por motivos de natureza menos clara e sem apresentar exigências concretas.
Alguns especialistas veem esta reticência por parte da Hungria como uma estratégia de chantagem para obter concessões da UE e a libertação de milhares de milhões de euros de fundos atualmente congelados ou um sinal da proximidade de Viktor Orbán ao presidente russo, Vladimir Putin.
Reações à entrada da Suécia na NATO
A ratificação da Hungria à entrada da Suécia na Aliança Atlântica está a gerar reações de vários líderes.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse que a adesão da Suécia tornará a Aliança “mais forte”.
“Congratulo-me com a votação do parlamento húngaro que ratifica a adesão da Suécia à NATO. Agora que todos os Aliados a aprovaram, a Suécia tornar-se-á o 32º Aliado da NATO”, escreveu Stoltenberg na rede social X.
“Congratulo-me com a votação do parlamento húngaro que ratifica a adesão da Suécia à NATO. Agora que todos os Aliados a aprovaram, a Suécia tornar-se-á o 32º Aliado da NATO”, escreveu Stoltenberg na rede social X.
O presidente francês, Emmanuel Macron, também felicitou a Suécia e o chanceler alemão, Olaf Scholz, saudou a decisão que “fortalece” a “segurança da Europa e do mundo”.
“O caminho para a Suécia aderir à NATO é claro e isso é uma vitória para todos nós. Foi bom que o Parlamento húngaro tenha aprovado hoje a adesão”, escreveu Scholz no X.
O embaixador dos Estados Unidos em Budapeste também já reagiu, considerando que a adesão da Suécia à NATO promoverá a segurança dos EUA e a segurança da Aliança como um todo. David Pressman acrescentou que a ratificação é de “importância estratégica” também para a Hungria.
Agora que o Parlamento húngaro aprovou a entrada da Suécia na NATO, a decisão será enviada ao presidente interino da Hungria, László Kövér, que terá cinco dias para a assinar e enviar para o Departamento de Estado dos EUA, em Washington.
De acordo com o protocolo da NATO, o governo dos EUA deve ser notificado da ratificação de um novo país pelos Estados-membros. O secretário-geral convida o novo país a aderir ao tratado, que é então enviado ao Departamento de Estado dos EUA, que o convida formalmente a tornar-se membro da NATO.
De acordo com o protocolo da NATO, o governo dos EUA deve ser notificado da ratificação de um novo país pelos Estados-membros. O secretário-geral convida o novo país a aderir ao tratado, que é então enviado ao Departamento de Estado dos EUA, que o convida formalmente a tornar-se membro da NATO.