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Impasse na transição. Membros da Casa Branca passam informações à equipa de Biden
Quase duas semanas depois de Joe Biden ter conseguido a vitória nas eleições norte-americanas, Donald Trump continua sem admitir a derrota e a recusar a transição de poder. Para ultrapassar este impasse, atuais e antigos funcionários da Casa Branca começam agora a tentar chegar à equipa do presidente eleito, transmitindo informações que deveriam estar a ser fornecidas nas tradicionais reuniões de transição, até agora inexistentes.
Um dos atuais membros da Administração Trump revelou à CNN a existência de um contacto informal da sua equipa para com a de Joe Biden. “Nada que nos possa causar problemas. Apenas nos oferecemos para ajudar. Eles sabem qual a nossa intenção e aquilo que podemos e não podemos dizer ou fazer”, adiantou a fonte na quarta-feira.
Segundo este funcionário da atual Administração, esse contacto ainda não resultou em quaisquer conversas substanciais.
Já um ex-membro da equipa de Donald Trump que abandonou há poucos meses a Administração disse à CNN ter enviado um e-mail a alguém que acredita que irá integrar a futura Administração Biden num cargo semelhante ao seu e ofereceu-se para o ajudar.
Outro antigo funcionário do ainda presidente avançou que os contactos estão a ser realizados para cumprir uma obrigação para com o país que está acima de questões partidárias. Segundo a mesma fonte, as conversações não têm sido tão detalhadas quanto as reuniões formais de transição que deveriam estar a ocorrer. As comunicações estarão a ajudar a equipa do presidente eleito a compreender melhor os assuntos com os quais terá de lidar após a tomada de posse, a 20 de janeiro.
Um conselheiro de Joe Biden confirmou à CNN o contacto recebido por parte da atual Administração, mas recusou-se a dar mais pormenores. Outro membro da equipa do democrata afirmou que a ajuda é bem-vinda e que, em vários casos, se trata apenas de um crescimento de relações já existentes em alguns campos.
Apesar disso, a fonte realçou que esta ajuda não é de todo tão robusta quanto seria numa transição de poder tradicional.
“É preciso mais do que antigos funcionários a escolherem dar um passo em frente e a serem prestáveis para assegurar uma transição suave de poder”, considerou Kate Bedingfield, vice-gerente da campanha e conselheira de Joe Biden.
“A GSA (Administração de Serviços Gerais dos Estados Unidos) deveria cumprir a lei e verificar os resultados das eleições para que os americanos possam ter uma eficaz e suave transição entre administrações”, defendeu.
Estratégia de Biden contra a Covid-19 suspensa
Com a recusa da Administração de Serviços Gerais dos EUA em reconhecer Joe Biden como presidente e em iniciar uma transição formal, o democrata continua sem poder estabelecer contactos com agências federais e sem ter acesso a verbas para contratar os membros da sua futura Administração.
A demora nesta transição impede também Joe Biden de iniciar os seus prometidos esforços contra a pandemia de Covid-19 e de participar em reuniões com os serviços de inteligência.
A Administração Trump chegou mesmo ao ponto de ordenar ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos - responsável por proteger a saúde dos americanos e fornecer serviços humanos essenciais, estando atualmente focada na luta contra a pandemia de Covid-19 - que não responda a qualquer contacto por parte da equipa de Biden e que alerte o líder desse Departamento caso tal contacto venha a existir.
O secretário do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, Alex Azar, garantiu na quarta-feira que os seus funcionários não irão trabalhar com a equipa de transição de Joe Biden até que a Administração de Serviços Gerais determine que é ele o presidente eleito.
“Já deixámos muito claro que, quando a GSA tomar uma decisão, asseguraremos uma transição e um planeamento profissionais, completos e cooperativos”, declarou o responsável do Governo de Trump. “Nós seguimos as orientações. Estamos prestes a conseguir vacinas e medicamentos para salvarmos vidas. É nisso que estamos agora focados”, acrescentou.
Equipa de Biden contactou ex-membros do Pentágono
Mesmo com a eventual aprovação por parte da Administração de Serviços Gerais, algumas entidades continuarão limitadas a nível daquilo que podem partilhar com a futura Administração Biden.
É o caso do Departamento de Justiça e das agências de inteligência, onde algumas informações só poderão ser transmitidas quando o presidente eleito nomear os membros do seu Governo e as contratações dos mesmos seja autorizada.
Também o Departamento de Defesa se tem abstido de partilhar quaisquer informações com a equipa de Joe Biden. Por essa razão, a equipa do presidente eleito tem contactado com antigos funcionários que trabalharam para o ex-secretário da Defesa, Jim Mattis.
Segundo fontes auscultadas pela CNN, essas conversações têm acontecido para ajudar a equipa de transição a perceber os pormenores do que aconteceu no Departamento ao longo dos últimos quatro anos, na impossibilidade de consultar os atuais funcionários do Pentágono.
O democrata Joe Biden arrecadou a vitória nas eleições presidenciais de 3 de novembro e tomará posse a 20 de janeiro. O agora presidente eleito conseguiu 306 votos eleitorais, contra os 232 alcançados por Donald Trump.
Segundo este funcionário da atual Administração, esse contacto ainda não resultou em quaisquer conversas substanciais.
Já um ex-membro da equipa de Donald Trump que abandonou há poucos meses a Administração disse à CNN ter enviado um e-mail a alguém que acredita que irá integrar a futura Administração Biden num cargo semelhante ao seu e ofereceu-se para o ajudar.
Outro antigo funcionário do ainda presidente avançou que os contactos estão a ser realizados para cumprir uma obrigação para com o país que está acima de questões partidárias. Segundo a mesma fonte, as conversações não têm sido tão detalhadas quanto as reuniões formais de transição que deveriam estar a ocorrer. As comunicações estarão a ajudar a equipa do presidente eleito a compreender melhor os assuntos com os quais terá de lidar após a tomada de posse, a 20 de janeiro.
Um conselheiro de Joe Biden confirmou à CNN o contacto recebido por parte da atual Administração, mas recusou-se a dar mais pormenores. Outro membro da equipa do democrata afirmou que a ajuda é bem-vinda e que, em vários casos, se trata apenas de um crescimento de relações já existentes em alguns campos.
Apesar disso, a fonte realçou que esta ajuda não é de todo tão robusta quanto seria numa transição de poder tradicional.
“É preciso mais do que antigos funcionários a escolherem dar um passo em frente e a serem prestáveis para assegurar uma transição suave de poder”, considerou Kate Bedingfield, vice-gerente da campanha e conselheira de Joe Biden.
“A GSA (Administração de Serviços Gerais dos Estados Unidos) deveria cumprir a lei e verificar os resultados das eleições para que os americanos possam ter uma eficaz e suave transição entre administrações”, defendeu.
Estratégia de Biden contra a Covid-19 suspensa
Com a recusa da Administração de Serviços Gerais dos EUA em reconhecer Joe Biden como presidente e em iniciar uma transição formal, o democrata continua sem poder estabelecer contactos com agências federais e sem ter acesso a verbas para contratar os membros da sua futura Administração.
A demora nesta transição impede também Joe Biden de iniciar os seus prometidos esforços contra a pandemia de Covid-19 e de participar em reuniões com os serviços de inteligência.
A Administração Trump chegou mesmo ao ponto de ordenar ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos - responsável por proteger a saúde dos americanos e fornecer serviços humanos essenciais, estando atualmente focada na luta contra a pandemia de Covid-19 - que não responda a qualquer contacto por parte da equipa de Biden e que alerte o líder desse Departamento caso tal contacto venha a existir.
O secretário do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, Alex Azar, garantiu na quarta-feira que os seus funcionários não irão trabalhar com a equipa de transição de Joe Biden até que a Administração de Serviços Gerais determine que é ele o presidente eleito.
“Já deixámos muito claro que, quando a GSA tomar uma decisão, asseguraremos uma transição e um planeamento profissionais, completos e cooperativos”, declarou o responsável do Governo de Trump. “Nós seguimos as orientações. Estamos prestes a conseguir vacinas e medicamentos para salvarmos vidas. É nisso que estamos agora focados”, acrescentou.
Equipa de Biden contactou ex-membros do Pentágono
Mesmo com a eventual aprovação por parte da Administração de Serviços Gerais, algumas entidades continuarão limitadas a nível daquilo que podem partilhar com a futura Administração Biden.
É o caso do Departamento de Justiça e das agências de inteligência, onde algumas informações só poderão ser transmitidas quando o presidente eleito nomear os membros do seu Governo e as contratações dos mesmos seja autorizada.
Também o Departamento de Defesa se tem abstido de partilhar quaisquer informações com a equipa de Joe Biden. Por essa razão, a equipa do presidente eleito tem contactado com antigos funcionários que trabalharam para o ex-secretário da Defesa, Jim Mattis.
Segundo fontes auscultadas pela CNN, essas conversações têm acontecido para ajudar a equipa de transição a perceber os pormenores do que aconteceu no Departamento ao longo dos últimos quatro anos, na impossibilidade de consultar os atuais funcionários do Pentágono.
O democrata Joe Biden arrecadou a vitória nas eleições presidenciais de 3 de novembro e tomará posse a 20 de janeiro. O agora presidente eleito conseguiu 306 votos eleitorais, contra os 232 alcançados por Donald Trump.