Investigação britânica. Um cigarro reduz a esperança de vida em 20 minutos
Cada cigarro que uma pessoa fuma pode, em média, reduzir a sua esperança de vida em cerca de 20 minutos, segundo uma investigação baseada em fumadores britânicos.
Depois de ter em conta o estatuto socioeconómico e outros fatores, os investigadores da University College de Londres estimaram, em editorial publicado na revista Addiction, que a perda de esperança de vida por cigarro é de cerca de 17 minutos para os homens e 22 para as mulheres.
Isto significa que, se alguém fuma um maço de tabaco por dia, “20 cigarros a 20 minutos por cigarro equivale a quase sete horas de vida perdidas por maço”, afirmou Sarah Jackson, investigadora principal do Grupo de Investigação sobre Álcool e Tabaco da UCL e principal autora do artigo.
“O tempo que estão a perder é o tempo que poderiam estar a passar com os seus entes queridos em boa saúde”, disse Jackson.Em 2020, uma investigação publicada no site de informação médica BMJ, calculava que, em média, cada cigarro reduzia a esperança de vida em cerca de 11 minutos.
Para Sarah Jackson ,“com o tabagismo não se consome o período mais tardio da vida, que tende a ser vivido com menos saúde. Em vez disso, parece corroer uma secção relativamente mais saudável a meio da vida. Por isso, quando estamos a falar de perda de esperança de vida, a esperança de vida tende a ser vivida com uma saúde relativamente boa.”
A investigação, que foi encomendada pelo Ministério da Saúde e da Assistência Social do Reino Unido, inclui dados sobre a mortalidade dos homens do British Doctors Study, que teve início em 1951. E dados sobre as mulheres do Million Women Study, desde 1996.
Os estudos revelaram que, em média, as pessoas que fumaram durante toda a vida perderam cerca de dez anos de vida em comparação com as pessoas que nunca fumaram.
Segundo o estudo, “os homens fumavam, em média, 15,8 cigarros por dia e perdiam dez anos de vida devido ao tabaco, enquanto as mulheres fumavam, em média, 13,6 cigarros e perdiam 11 anos”, com os investigadores a indicarem que estas são “as melhores estimativas possíveis”.
De um modo geral, os novos dados do Reino Unido indicam que os danos causados pelo tabagismo parecem ser cumulativos. E a quantidade de esperança de vida que pode ser recuperada ao deixar de fumar pode depender de vários fatores, como a idade e o tempo que a pessoa fumou.
“Em termos de recuperação da vida perdida, é complicado”, acrescentou Sarah Jackson.
“Estes estudos mostraram que as pessoas que deixam de fumar numa idade muito jovem - por volta dos 20 ou 30 anos - tendem a ter uma esperança de vida semelhante à das pessoas que nunca fumaram. Mas, à medida que se envelhece, perde-se progressivamente um pouco mais de tempo que não se consegue recuperar ao deixar de fumar”,
Segundo a investigadora, “independentemente da idade que se tem quando se deixa de fumar, a esperança de vida é sempre maior do que se se tivesse continuado a fumar. Assim, de facto, embora não se possa reverter a vida já perdida, está-se a evitar uma maior perda de esperança de vida”.No artigo, Sarah Jackson e os seus colegas escreveram que uma pessoa que fuma dez cigarros por dia e que tenha deixado de fumar a 1 de janeiro pode evitar a perda de um dia inteiro de vida até 8 de janeiro. Poderia evitar a perda de uma semana inteira de vida até 20 de fevereiro e de um mês inteiro até 5 de agosto. No final do ano, poderia ter evitado perder 50 dias de esperança de vida.
“Deixar de fumar é, sem dúvida, a melhor coisa que se pode fazer pela saúde. E quanto mais cedo deixar de fumar, mais tempo viverá”, recomendou Sarah Jackson.
A Organização Mundial da Saúde, que considera o tabaco como uma “epidemia global”, estima que os cigarros matarão anualmente mais de oito milhões de pessoas, a nível mundial, até 2030.
Embora as taxas de tabagismo tenham vindo a diminuir desde a década de 1960, o consumo de cigarros continua a ser a principal causa de doenças e mortes evitáveis nos Estados Unidos, matando mais de 480 mil americanos por ano. Mas deixar de fumar antes dos 40 anos pode reduzir o risco de morrer de doenças relacionadas com o tabaco em cerca de 90 por cento, de acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças.
Um outro estudo, publicado no ano passado na revista Nature, concluiu que fumar pode ter efeitos a curto e a longo prazo no sistema imunitário de uma pessoa, deixando-a vulnerável ao risco de desenvolver infeções, cancros ou doenças autoimunes. O estudo concluiu também que quanto mais uma pessoa fumava mais alterava a sua resposta imunitária.
Isto significa que, se alguém fuma um maço de tabaco por dia, “20 cigarros a 20 minutos por cigarro equivale a quase sete horas de vida perdidas por maço”, afirmou Sarah Jackson, investigadora principal do Grupo de Investigação sobre Álcool e Tabaco da UCL e principal autora do artigo.
“O tempo que estão a perder é o tempo que poderiam estar a passar com os seus entes queridos em boa saúde”, disse Jackson.Em 2020, uma investigação publicada no site de informação médica BMJ, calculava que, em média, cada cigarro reduzia a esperança de vida em cerca de 11 minutos.
Para Sarah Jackson ,“com o tabagismo não se consome o período mais tardio da vida, que tende a ser vivido com menos saúde. Em vez disso, parece corroer uma secção relativamente mais saudável a meio da vida. Por isso, quando estamos a falar de perda de esperança de vida, a esperança de vida tende a ser vivida com uma saúde relativamente boa.”
A investigação, que foi encomendada pelo Ministério da Saúde e da Assistência Social do Reino Unido, inclui dados sobre a mortalidade dos homens do British Doctors Study, que teve início em 1951. E dados sobre as mulheres do Million Women Study, desde 1996.
Os estudos revelaram que, em média, as pessoas que fumaram durante toda a vida perderam cerca de dez anos de vida em comparação com as pessoas que nunca fumaram.
Segundo o estudo, “os homens fumavam, em média, 15,8 cigarros por dia e perdiam dez anos de vida devido ao tabaco, enquanto as mulheres fumavam, em média, 13,6 cigarros e perdiam 11 anos”, com os investigadores a indicarem que estas são “as melhores estimativas possíveis”.
Desde 1996, o consumo diário de tabaco reduziu-se para os 11,5 cigarros por dia para os homenDo mesmo modo, nos Estados Unidos, estima-se que a
esperança de vida dos fumadores seja, pelo menos, dez anos inferiores à
dos não fumadores, segundo os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças
dos EUA.s e os 9,5 cigarros por dia para as mulheres.
“Em termos de recuperação da vida perdida, é complicado”, acrescentou Sarah Jackson.
“Estes estudos mostraram que as pessoas que deixam de fumar numa idade muito jovem - por volta dos 20 ou 30 anos - tendem a ter uma esperança de vida semelhante à das pessoas que nunca fumaram. Mas, à medida que se envelhece, perde-se progressivamente um pouco mais de tempo que não se consegue recuperar ao deixar de fumar”,
Segundo a investigadora, “independentemente da idade que se tem quando se deixa de fumar, a esperança de vida é sempre maior do que se se tivesse continuado a fumar. Assim, de facto, embora não se possa reverter a vida já perdida, está-se a evitar uma maior perda de esperança de vida”.No artigo, Sarah Jackson e os seus colegas escreveram que uma pessoa que fuma dez cigarros por dia e que tenha deixado de fumar a 1 de janeiro pode evitar a perda de um dia inteiro de vida até 8 de janeiro. Poderia evitar a perda de uma semana inteira de vida até 20 de fevereiro e de um mês inteiro até 5 de agosto. No final do ano, poderia ter evitado perder 50 dias de esperança de vida.
“Deixar de fumar é, sem dúvida, a melhor coisa que se pode fazer pela saúde. E quanto mais cedo deixar de fumar, mais tempo viverá”, recomendou Sarah Jackson.
A Organização Mundial da Saúde, que considera o tabaco como uma “epidemia global”, estima que os cigarros matarão anualmente mais de oito milhões de pessoas, a nível mundial, até 2030.
Embora as taxas de tabagismo tenham vindo a diminuir desde a década de 1960, o consumo de cigarros continua a ser a principal causa de doenças e mortes evitáveis nos Estados Unidos, matando mais de 480 mil americanos por ano. Mas deixar de fumar antes dos 40 anos pode reduzir o risco de morrer de doenças relacionadas com o tabaco em cerca de 90 por cento, de acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças.
Um outro estudo, publicado no ano passado na revista Nature, concluiu que fumar pode ter efeitos a curto e a longo prazo no sistema imunitário de uma pessoa, deixando-a vulnerável ao risco de desenvolver infeções, cancros ou doenças autoimunes. O estudo concluiu também que quanto mais uma pessoa fumava mais alterava a sua resposta imunitária.
Quando os fumadores do estudo deixaram de fumar, a sua resposta imunitária melhorou a um determinado nível, mas não recuperou completamente durante anos, segundo o coautor do estudo, Darragh Duffy, que lidera a unidade de Imunologia no Instituto Pasteur.
c/ agências