Mundo
Guerra no Médio Oriente
Irão "nunca irá parar" programas de "enriquecimento nuclear"
Poucas horas depois de o diretor da Agência Internacional de Energia Atómica ter afirmado que o Irão tem capacidade técnica para voltar a produzir urânio enriquecido "dentro de alguns meses", o embaixador iraniano nas Nações Unidas confirmou que Teerão "nunca irá parar" o programa nuclear. Apesar dos temores e das acusações a Teerão, que apela a negociações diplomáticas com os Estados Unidos, Donald Trump reafirmou que as instalações nucleares iranianas foram "totalmente obliteradas".
“Podemos ter investigação para desenvolvimento, podemos ter a produção de urânio e podemos ter, para usar, energia pacífica”, alegou Amir-Saeid Iravani em entrevista à CBS News, no domingo.
Segundo o embaixador do Irão nas Nações Unidas o enriquecimento nuclear da república islâmica "nunca irá parar" porque é permitido para fins de "energia pacífica", pelo tratado de não proliferação de armas nucleares.
“O enriquecimento é um direito nosso, um direito inalienável, e queremos usá-lo”, reforçou Iravani, deixando claro: “Acho que o enriquecimento não vai parar nunca”.O enviado iraniano na ONU assegurou que Teerão está pronto para negociações, mas frisou que “rendição incondicional não é negociação”.
“Depois deste ataque, não é uma condição adequada para uma nova ronda de negociações, e não há nenhum pedido de negociação ou de reunião com o presidente [Donald Trump]”, justificou. “Se [os EUA] estiverem prontos para negociar, encontrar-nos-ão prontos para isso, mas se quiserem nos ditar [regras norte-americanas], é impossível negociar”.
Já sobre as alegadas ameaças ao chefe da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Iravani rejeitou que o Governo iraniano tenha tentado prejudicar a segurança de Rafael Grossi ou qualquer inspetor e funcionário da AIEA.
Segundo o embaixador do Irão nas Nações Unidas o enriquecimento nuclear da república islâmica "nunca irá parar" porque é permitido para fins de "energia pacífica", pelo tratado de não proliferação de armas nucleares.
“O enriquecimento é um direito nosso, um direito inalienável, e queremos usá-lo”, reforçou Iravani, deixando claro: “Acho que o enriquecimento não vai parar nunca”.O enviado iraniano na ONU assegurou que Teerão está pronto para negociações, mas frisou que “rendição incondicional não é negociação”.
“Depois deste ataque, não é uma condição adequada para uma nova ronda de negociações, e não há nenhum pedido de negociação ou de reunião com o presidente [Donald Trump]”, justificou. “Se [os EUA] estiverem prontos para negociar, encontrar-nos-ão prontos para isso, mas se quiserem nos ditar [regras norte-americanas], é impossível negociar”.
Já sobre as alegadas ameaças ao chefe da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Iravani rejeitou que o Governo iraniano tenha tentado prejudicar a segurança de Rafael Grossi ou qualquer inspetor e funcionário da AIEA.
“Não, não há nenhuma ameaça. É uma lei muito clara do nosso Parlamento que suspendeu a nossa cooperação com a AIEA porque a agência não implementou os seus direitos e responsabilidades. Por isso, é uma lei condicional e, enquanto essa condição não for estabelecida, nossa cooperação com a AIEA estará suspensa”, explicou. “Mas, quando for estabelecido legalmente, podemos retomar a nossa cooperação. Não há nenhuma ameaça contra o diretor-geral da AIEA”.
Afirmações de Marco Rubio, secretário de Estado dos Estados Unidos, que citou um jornal próximo do líder supremo do Irão sobre pedidos de prisão ou de execução contra Rafael Grossi.
EUA devem descartar novos ataques ao Irão
As declarações de Irvani, na entrevista de domingo, acontecem num contexto em que o Ocidente, nomeadamente os EUA, pressiona o Irão a retomar as negociações sobre o programa nuclear, enquanto Trump continua a insinuar que as instalações nucleares iranianas foram "totalmente destruídas" nos ataques de meados do mês – declarações contrariadas pelo chefe da AIEA, que lembrou que apesar dos danos, as instalações não ficaram destruídas por completo.
"Houve danos significativos, mas não completos. Podem ter (...), diria eu, dentro de alguns meses, centrifugadoras a funcionar para produzir urânio enriquecido", disse Grossi também em entrevista ao canal norte-americano CBS, transmitida no domingo.
EUA devem descartar novos ataques ao Irão
As declarações de Irvani, na entrevista de domingo, acontecem num contexto em que o Ocidente, nomeadamente os EUA, pressiona o Irão a retomar as negociações sobre o programa nuclear, enquanto Trump continua a insinuar que as instalações nucleares iranianas foram "totalmente destruídas" nos ataques de meados do mês – declarações contrariadas pelo chefe da AIEA, que lembrou que apesar dos danos, as instalações não ficaram destruídas por completo.
"Houve danos significativos, mas não completos. Podem ter (...), diria eu, dentro de alguns meses, centrifugadoras a funcionar para produzir urânio enriquecido", disse Grossi também em entrevista ao canal norte-americano CBS, transmitida no domingo.
Já esta segunda-feira, o presidente dos EUA negou conversações com o Irão sobre uma alegada ajuda para a construção de um programa nuclear de produção de energia civil e assegurou que não ofereceu "nada" ao país. Donald Trump reiterou a afirmação de que os Estados Unidos "obliteraram totalmente" as instalações nucleares de Teerão.
Entretanto, o Governo iraniano advertiu Washington a descartar qualquer novo ataque caso queira retomar as negociações.
Em entrevista à BBC, no domingo, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão avançou que a Administração norte-americana queria retomar as conversações esta semana, mas não deixou clara qual a posição sobre a "questão muito importante" de eventuais novos ataque ao país.
Majid Takht-Ravanchi disse também que Teerão "insistiria" em poder enriquecer urânio para "propósitos pacíficos", rejeitando acusações de que estaria secretamente a desenvolver uma bomba nuclear.
O Irão teve "o acesso negado ao material nuclear" para o programa de investigação, e por isso teve "confiar em si mesmo".
"O nível disso pode ser discutido, a capacidade pode ser discutida, mas dizer que não deve ter enriquecimento, que deve ter enriquecimento zero, e se não concordar, nós vos bombardearemos — essa é a lei da selva", disse o vice-ministro iraniano.
Em entrevista à BBC, no domingo, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão avançou que a Administração norte-americana queria retomar as conversações esta semana, mas não deixou clara qual a posição sobre a "questão muito importante" de eventuais novos ataque ao país.
Majid Takht-Ravanchi disse também que Teerão "insistiria" em poder enriquecer urânio para "propósitos pacíficos", rejeitando acusações de que estaria secretamente a desenvolver uma bomba nuclear.
O Irão teve "o acesso negado ao material nuclear" para o programa de investigação, e por isso teve "confiar em si mesmo".
"O nível disso pode ser discutido, a capacidade pode ser discutida, mas dizer que não deve ter enriquecimento, que deve ter enriquecimento zero, e se não concordar, nós vos bombardearemos — essa é a lei da selva", disse o vice-ministro iraniano.
Segundo o governando, os que criticam o Irão pelo programa nuclear "deviam criticar a maneira como fomos tratados" por Israel e pelos EUA.
"E se não têm coragem de criticar a América, deviam ficar em silêncio, não tentar justificar a agressão".
"E se não têm coragem de criticar a América, deviam ficar em silêncio, não tentar justificar a agressão".