Negociações sobre programa nuclear vítimas do conflito
O Irão respondeu com nova vaga de mísseis durante a madrugada, lançando os cidadãos israelitas para os abrigos. A maioria dos projéteis terá sido intercetada, tendo-se registado um incidente na Galileia Ocidental, onde pelo menos um edifício de habitação foi atingido. Uma mulher de 20 anos morreu e sete outras pessoas foram retiradas dos escombros, tendo sido hospitalizadas com ferimentos ligeiros. Ao todo 13 pessoas ficaram feridas.
Ao mesmo tempo que sofria o ataque iraniano, Israel atacou com caças depósitos de petróleo perto de Teerão. O Ministério do Petróleo do Irão reportou estragos mínimos, devido à escassez de combustível nos depósitos.
A maior vítima do conflito este sábado foi a nova ronda de negociações sobre o programa nuclear de Teerão entre o Irão e os estados Unidos da América. Omã anunciou o seu cancelamento, depois do regime iraniano ter considerado que não valeria a pena prosseguir as negociações devido aos ataques israelitas.
O presidente iraniano, Masou Pezeshkian, afastou mesmo a possibilidade de regressar ao diálogo enquanto prosseguirem as operações israelitas.
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros iranianos ameaçou ainda deixar de colaborar "como antes" com a Agência da ONU para o Nuclear, criticando a AIEA pelo seu "silêncio" face aos ataques de Israel.
A Agência reportou que os bombardeamentos das centrais nucleares iranianas causaram estragos à superfície mas sem a ocorrência de fugas radioativas.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu prometeu sábado que Israel iria atacar "todos os locais e todos os alvos do regime dos ayatollahs". Masou Pezeshkian garantiu resposta "mais forte" e "ataques destrutivos" se os ataques israelitas continuarem.
Os EUA reforçaram a sua segurança em várias bases militares além do Médio Oriente e o Reino Unido enviou caças para a região, no dia em que Pequim manifestou, pela primeira vez, apoio a Teerão, "na defesa dos seus direitos legítimos.
O presidente turco Reccep Tayyip Erdoga multiplicou-se por seu lado em contactos com líderes regionais e com o presidente norte-americano, Donald Trump. Erdogan tanto acusou Netanyahu de ser o grande responsável pela deterioração do clima político no Médio Oriente e de tentar boicotar as negociações entre o Irão e os EUA sobre o programa nuclear, como defendeu que apenas o diálogo pode evitar que Teerão desenvolva armas atómicas.
Reino Unido e Arábia Saudita frisam "situação gravemente preocupante"
Os líderes concordaram com a necessidade de apaziguar a tensão, acrescentou o comunicado.
Starmer reiterou ainda que o Reino Unido está pronto para trabalhar em estreita colaboração com os seus aliados nos próximos dias para apoiar uma resolução diplomática, informou o gabinete do primeiro-ministro.
Jordânia encerra espaço aéreo pela segunda vez
A Autoridade de Aviação Civil da Jordânia, que faz fronteira com Israel, anunciou em comunicado a suspensão de todas as descolagens, aterragens e trânsitos no seu espaço aéreo.
Um morto em novo ataque iraniano
Irão. Israel visou esta noite dois depósitos de petróleo
"O volume de combustível no tanque atingido não era elevado, e a situação está totalmente controlada", informou a agência de notícias SHANA, do Ministério do Petróleo do Irão.
MNE britânico repete a Israel apelos à contenção e à calma
"Agora é tempo de contenção, calma e regresso à diplomacia", acrescentou.
Catorze feridos em incêndios em áreas a norte e na costa de Israel
Exército autoriza população de Israel a sair dos abrigos
Teerão proíbe difusão de imagens de ataques sem aprovação
Quase todos os mísseis iranianos intercetados
Irão critica "silêncio" da AIEA e deixará de "cooperar" com a agência "como antes"
A Agência tem estado em contacto com as autoridades iranianas para acompanhar a extensão dos estragos dos bombardeamentos de Israel e o impacto nas centrais nucleares do país, mas ainda não emitiu qualquer reação aos ataques.
Este sábado, a AIEA referiu que, baseada na informação disponível, não se detetaram danos na central de enriquecimento de combustível de Fordow, nem no reactor de água pesada de Khondab, em construção.
Desde sexta-feira também não houve novos estragos na central de Natanz, acrescentou a Agência da ONU.
A AIEA reportou esta semana que o Irão não estava a cumprir com as suas obrigações face ao enriquecimento de urânio a níveis capazes de fabricar armas nucleares.
Israel justificou o seu ataque de sexta-feira com informações de que Teerão estaria a preparar uma operação de aniquilação do Estado israelita.
Há indicações que o Irão estaria a um ano de fabricar 15 bombas atómicas.
Portugueses em Israel. Consulado em Telavive tem linha de emergência
Israel prossegue ataques enquanto tenta intercetar mísseis iranianos
Alerta em Israel. População instada a permanecer em abrigos
Erdogan para Trump. Negociações nucleares são única forma de resolver conflito
Israel. Identificada terceira vítima mortal dos ataques iranianos de sexta-feira
Defesas aéreas ativadas em sete províncias iranianas no segundo dia do ataque israelita
O presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, prometeu uma resposta "mais forte" contra Israel se o seu exército continuasse com os seus ataques mortais.
A Força Aérea israelita atacou vários locais no sábado, principalmente sistemas de defesa aérea na região de Teerão e dezenas de lançadores de mísseis. O objectivo: desmantelar as capacidades militares e nucleares do seu arqui-inimigo.
Embora o exército israelita tenha indicado anteriormente que tinha agora "liberdade de ação aérea em todo o oeste do Irão, até Teerão", os meios de comunicação iranianos noticiaram à noite a ativação de defesas antiaéreas em Teerão e em seis províncias no oeste, sul e centro.
Iraque pede aos EUA que impeçam aeronaves israelitas de usar o espaço aéreo iraquiano
"O Governo iraquiano pede aos Estados Unidos que cumpram as suas responsabilidades nos termos dos acordos assinados entre os dois países e impeçam que as aeronaves pertencentes à entidade sionista voltem a violar o espaço aéreo iraquiano", disse o porta-voz militar Sabah al-Numan, em comunicado.
EUA reforçam segurança em todas as suas instalações militares
O Comando Norte dos EUA, que supervisiona a defesa do território continental dos EUA e do Alasca, afirmou em comunicado que os funcionários e visitantes "devem planear medidas de segurança reforçadas" nas suas instalações "e/ou tempos de espera mais longos" para entrar nas mesmas.
Gouveia e Melo considera "preocupante" conflito entre Israel e Irão
Foto: André Kosters - Lusa
Israel. Ataque atingiu base subterrânea de mísseis iranianos
"Este é um local importante que já apareceu num vídeo de propaganda do regime iraniano no passado", disse o porta-voz militar israelita, o brigadeiro-general Effie Defrin, aos jornalistas, aparentemente referindo-se a imagens divulgadas no início deste ano pela Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica, mostrando o que alegavam ser uma nova instalação subterrânea de mísseis.
O exército alegou que o local albergava "túneis de armazenamento para mísseis terra-terra e mísseis de cruzeiro, bem como várias plataformas de lançamento".
No início do dia de sábado, o exército israelita afirmou ter morto mais de 20 comandantes seniores das forças de segurança iranianas, bem como nove cientistas nucleares, em ataques ao Irão desde o início do ataque maciço lançado na sexta-feira.
TV Irão. Ataques "pesados e destrutivos" esperados nas "próximas horas"
Radiação em Isfahan sem alterações, diz AIEA
Anteriormente, a AIEA tinha informado que quatro edifícios críticos na central nuclear de Isfahan foram danificados, incluindo uma instalação de conversão de urânio e uma fábrica de placas de combustível.
Irão recusa negociar programa nuclear enquanto Israel mantiver ataques
Masoud Pezeshkian garantiu que Teerão não voltará a conversar enquanto Israel mantiver os ataques contra as suas onstalações militares e nucleares, iniciados sexta-feira.
Reino Unido reforça presença militar no Médio Oriente
O primeiro-ministro britânico afirmou que as aeronaves militares estão a ser enviadas "para apoio de contingência em toda a região".
O Reino Unido já possui jatos da RAF na região, no âmbito da Operação Shader.
A caminho da Cimeira do G7, que começa amanhã no Canadá, Keir Starmer disse aos jornalistas que a situação está a evoluir rapidamente e que há discussões intensas com os aliados a todos os níveis.
"A mensagem constante é desescalada", disse. As discussões vão continuar hoje e nos próximos dias.
O primeiro-ministro não se vai pronunciar sobre o envolvimento do Reino Unido na defesa de Israel.
"Tive ontem uma boa e construtiva conversa com o primeiro-ministro Netanyahu, que incluiu discussões sobre a segurança de Israel, como seria de esperar, entre dois aliados".
Reitera que o Reino Unido tem "preocupações de longa data" com o programa nuclear do Irão e reconhece o direito de Israel à autodefesa.
"Estou absolutamente certo de que isto precisa de diminuir", diz.
Macron pede ao Irão "regresso rápido à mesa das negociações"
AIEA. Quatro edifícios atingidos em ataque sexta-feira à central nuclear de Isfahan
"Tal como em Natanz, não se espera um aumento da radiação fora do local", afirmou a agência numa publicação no X.
"Muito alarmante". Médio Oriente domina telefonema de parabéns de Putin a Trump
Ushakov foi também citado dizendo que Putin confirmou a disponibilidade da Rússia para prosseguir as negociações com a Ucrânia.
As agências citaram Ushakov dizendo que os dois presidentes conversaram durante cerca de 50 minutos. Descreveu a conversa como significativa e útil.
"O Presidente Putin telefonou esta manhã para me desejar um feliz aniversário, mas, mais importante, para falar sobre o Irão, um país que ele conhece muito bem. Falámos longamente", lê-se no comunicado de Trump, acrescentando:
"Ele acredita, tal como eu, que esta guerra entre Israel e o Irão tem de acabar, e eu expliquei que a sua guerra também tem de acabar." escreveu o presidente norte-americano.
Presidente turco diz a homólogo iraniano que Netanyahu quer sabotar negociações
Um comunicado do seu gabinete afirmou que Erdogan disse também a Pezeshkian que os ataques de Israel tinham como objetivo desviar a atenção do que chamou de genocídio em Gaza.
Pequim apoia Teerão na "defesa dos seus direitos legítimos"
O MNE chinês reiterou o apoio a Teerão na conversa com o chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, e condenou o ataque “violento” contra o Irão na conversa com o ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Gideon Saar.
"Poderosa explosão" em refinaria após ataque de drone israelita
Nuclear: Omã anuncia desistência das negociações entre Irão e EUA este domingo
A declaração de Albusaidi surgiu um dia depois de Israel ter lançado uma ofensiva aérea abrangente contra o Irão, matando comandantes e cientistas e bombardeando instalações nucleares numa tentativa declarada de impedir o país de construir uma arma atómica.
Presidente do Irão alerta para resposta "mais forte" se os ataques israelitas continuarem
Netanyahu. Israel vai atacar "todos os locais e todos os alvos do regime dos ayatollahs"
Erdogan diz à Arábia Saudita que Israel de Netanyahu é "ameaça para a região"
Portugueses residentes na região "estão bem" - MNE
"Até ao momento, e segundo a informação de que dispomos, está tudo bem com os cidadãos nacionais residentes na região", referiu fonte diplomática.
O Ministério, acrescentou, está "em contacto direto com os portugueses que se encontram na região, através do Gabinete de Emergência Consular e das embaixadas [portuguesas]".
"O MNE está a acompanhar atentamente a evolução da situação juntamente com as suas representações diplomáticas na região, em coordenação com os seus parceiros europeus", referiu ainda a mesma fonte do Palácio das Necessidade.
O Governo reitera que estão desaconselhadas neste momento "todas e quaisquer viagens para o Médio Oriente, considerando a crescente tensão regional e perigo securitário", uma mensagem já divulgada pelo MNE através das plataformas online, como o Portal das Comunidades.
Israel e o Irão estão em guerra desde a madrugada de sexta-feira quando Telavive bombardeou instalações militares e nucleares iranianas causando pelo menos 78 mortos, incluindo lideranças militares e cientistas, e centenas de feridos, segundo a diplomacia iraniana.
Os ataques israelitas, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e a central de enriquecimento de urânio de Natanz (centro).
O Irão retaliou lançando centenas de mísseis contra território israelita, com explosões registadas sobre Telavive e Jerusalém, que mataram pelo menos três pessoas e deixaram dezenas de feridos.
Estados-Unidos permanecem disponíveis para negociar com o Irão
Azerbaijão ocidental reporta 30 soldados mortos desde sexta-feira
"Após a agressão do regime sionista contra esta província desde a manhã de sexta-feira, 30 soldados e um membro do Crescente Vermelho iraniano foram mortos enquanto defendiam a pátria", informou o governador do Azerbaijão Oriental, Bahram Sarmast, no sábado, citado pela agência de notícias ISNA, acrescentando que 55 pessoas também ficaram feridas.
Moscovo pronta para ajudar a acalmar a situação
Lavrov expressou ainda as suas condolências a Araqchi pelos iranianos mortos nos ataques israelitas, segundo o comunicado.
Mais três membros da Guarda Revolucionária mortos
"Hamid Toumari, Akbar Azizi e Amir Khani foram martirizados num ataque brutal do regime sionista", aponta a agência.
Drone israelita mata chefe da polícia no oeste do Irão
"Esta manhã, o chefe da polícia Habibollah Akbarian e o oficial Amir-Hossein Seifi foram martirizados num ataque com um drone em Assadabad", uma cidade 310 quilómetros a oeste de Teerão, avançou a agência de notícias Isna.
Exército israelita anuncia novos ataques contra vários locais iranianos
"Estamos atualmente a lançar ataques contra vários locais no Irão", disse o porta-voz do exército israelita, o brigadeiro-general Effie Defrin.
O exército israelita afirmou ter o controlo dos céus "sobre todo o oeste do Irão, até Teerão", alegando ter empenhado 70 caças em ataques durante a noite.
"Criámos liberdade de ação aérea sobre todo o oeste do Irão, até Teerão", indicou Defrin, em conferência de imprensa.
"Teerão já não é segura", acrescentou.
Zelensky pede que guerra Israel-Irão não afete apoio europeu, que está a "abrandar"
"A coligação está a abrandar (...) Esta situação demonstrou que a Europa ainda não decidiu por si própria se estará plenamente ao lado da Ucrânia sem os Estados Unidos", afirmou Zelensky numa conferência de imprensa realizada na sexta-feira, mas apenas transmitida hoje.
O chefe de Estado ucraniano assinalou ainda que a administração norte-americana liderada por Donald Trump adotou uma postura "demasiado conciliatória" em relação à Rússia e apelou a uma mudança de tom por parte de Washington.
"De momento, o tom do diálogo entre os Estados Unidos e a Rússia parece demasiado brando. Sejamos honestos: isso não vai travar Putin. O que é necessário é mudar de tom", escreveu Zelensky na rede social X.
O líder ucraniano declarou igualmente recear que os recentes ataques cruzados entre Israel e o Irão provoquem uma nova retração no apoio internacional à Ucrânia.
"Gostaríamos que a ajuda à Ucrânia não diminuísse por essa razão. Da última vez, esse foi um fator que abrandou o apoio", afirmou.
A Ucrânia e a Rússia realizaram hoje uma nova troca de prisioneiros de guerra, a quarta no espaço de uma semana, no âmbito dos acordos alcançados em Istambul no início deste mês, anunciaram ambos os países.
O Centro de Coordenação para os Prisioneiros de Guerra divulgou entretanto através da plataforma Telegram que a Ucrânia recebeu hoje 1.200 corpos de cidadãos ucranianos, incluindo militares, entregues pela Rússia, no âmbito desse acordo.
Durante as negociações realizadas em Istambul, Ucrânia e Rússia acordaram libertar todos os prisioneiros de guerra jovens ou feridos e proceder à devolução dos corpos de combatentes mortos.
A troca de prisioneiros e a devolução de corpos de militares são dos poucos domínios em que Kiev e Moscovo continuam a cooperar desde o início da guerra, no entanto, no fim de semana passado, ambos os países acusaram-se mutuamente de dificultar este processo.
A Ucrânia enfrenta há mais de três anos uma invasão em larga escala por parte da Rússia e tem contado com o apoio militar, financeiro e humanitário dos seus aliados ocidentais, nomeadamente dos Estados Unidos e da União Europeia.
Portugal desaconselha viagens para a região devido ao conflito
"Tendo em consideração a atual situação de conflito entre Israel e o Irão desaconselham-se neste momento todas as viagens para a região", lê-se na mensagem, divulgada através do portal do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
A embaixada de Portugal em Telavive disponibilizou um contacto de emergência consular (+ 972 54 5451172), "face à escalada do conflito entre Israel e o Irão e ao encerramento do espaço aéreo israelita".
Este número destina-se "exclusivamente para questões de emergências e situações especiais diretamente relacionadas com o atual momento", divulgou a embaixada portuguesa através das redes sociais, repetindo vários apelos aos cidadãos para que se mantenham seguros e respeitem as indicações das autoridades israelitas.
A Lusa tentou obter informações sobre portugueses residentes em Israel e no Irão, junto do MNE, mas sem sucesso até ao momento.
Irão e Israel, duas teses em confronto
Médio Oriente. Israel acusa Irão de atingir civis
Médio Oriente. Papa apela à sensatez e responsabilidade
O embaixador iraniano promete que a resposta iraniana será dura, mas dentro da lei.
Portugueses em Israel. Dias de sobressalto e muitas horas em bunkers
Mais 60 mortos no Irão em ataques israelitas na última madrugada
África do Sul diz que ataques de Israel podem violar direito internacional
"Estas ações levantam sérias preocupações à luz do direito internacional, incluindo os princípios da soberania, da integridade territorial e da proteção dos civis consagrados na Carta das Nações Unidas e no direito humanitário internacional", afirmou o Departamento de Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul (DIRCO, em inglês), em comunicado.
"A África do Sul regista com particular preocupação as implicações para a segurança nuclear dos ataques nas proximidades de instalações nucleares", afirmou o DIRCO.
O Governo sul-africano recordou que "a legítima defesa antecipada, nos termos do artigo 51º da Carta das Nações Unidas, exige provas claras de um ataque armado iminente, o que não parece estar provado neste caso", e apelou para uma "resolução pacífica do diferendo".
Principal aeroporto israelita encerrado até novas ordens
"Não há data ou dia previstos para a reabertura do aeroporto", disse à agência France-Presse (AFP) a porta-voz do aeroporto Ben-Gurion, Lisa Diver.
"Devido à atual situação especial de segurança, todos os voos de e para o Aeroporto Ben Gurion (LLBG) estão cancelados até novo aviso", lê-se numa mensagem na página da internet do aeroporto.
Governo israelita avisa que Teerão "vai arder" se forças iranianas continuarem ataques
"O ditador iraniano mantém os cidadãos iranianos reféns e demonstra que eles, e particularmente os residentes de Teerão, pagarão um preço elevado pelos danos criminais causados aos cidadãos de Israel. Se [o líder supremo do Irão, ayatollah Ali] Khamenei continuar a disparar mísseis contra a retaguarda israelita, Teerão vai arder", ameaçou Israel Katz em comunicado.
Entretanto, o exército israelita anunciou que os seus caças estavam prontos para retomar os ataques a alvos em Teerão, depois de terem afirmado ter atingido as defesas aéreas na região da capital iraniana durante a noite.
"As rotas para o Irão foram abertas", afirmou o chefe do Estado-Maior e o chefe da Força Aérea em comunicado.
O Exército "está a proceder de acordo com os seus planos operacionais e os caças [da Força Aérea israelita] estão prontos para retomar os ataques a alvos em Teerão", acrescentou o comunicado.
A imprensa iraniana relatou novos ataques israelitas contra cidades no oeste e noroeste do Irão que abrigam bases militares importantes.
Os ataques atingiram a cidade de Tabriz, no noroeste, bem como partes das províncias ocidentais de Lorestão, Hamedan e Kermanshah, segundo as agências de notícias Fars e Mehr.
Israel e o Irão estão em guerra desde a madrugada de sexta-feira quando Telavive bombardeou instalações militares e nucleares iranianas causando pelo menos 78 mortos, incluindo lideranças militares e cientistas, e centenas de feridos, segundo a diplomacia iraniana.
Os ataques israelitas, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e a central de enriquecimento de urânio de Natanz (centro).
O Irão retaliou lançando centenas de mísseis contra território israelita, com explosões registadas sobre as cidades de Telavive e Jerusalém, que mataram pelo menos três pessoas e deixaram dezenas de feridos.
Papa Leão XIV apela à responsabilidade e à razão
"Nos últimos dias chegaram notícias profundamente preocupantes, dada a grave deterioração da situação entre o Irão e Israel neste momento tão delicado, e, por isso, desejo renovar veementemente o meu apelo à responsabilidade e à razão", afirmou Leão XIV, numa audiência na Basílica de São Pedro, no Vaticano, por ocasião do Jubileu.
O Papa salientou que "o compromisso com a construção de um mundo mais seguro, livre da ameaça nuclear, deve ser procurado através do encontro respeitoso e do diálogo sincero para construir uma paz duradoura, fundada na justiça, na fraternidade e no bem comum".
"Nunca ninguém deve ameaçar a existência de outro e é dever de todos os países apoiar a causa da paz, abrindo caminhos para a reconciliação e promovendo soluções que garantam a segurança e a dignidade de todos", acrescentou o chefe de Estado do Vaticano.
Antes, o líder da Igreja Católica apelou para a construção de "pontes onde hoje há muralhas" nas cidades, pois "assim haverá esperança".
O Papa referiu-se à figura de Irineu, que nasceu na Ásia Menor e depois se estabeleceu na Europa, para salientar que "as comunidades migrantes são presenças que reacendem a fé nos países que as acolhem".
"Os povos enriquecem-se mutuamente", sustentou o Papa.
Referindo o exemplo de Ireneu que, "num mundo fragmentado, aprendeu a pensar melhor, concentrando cada vez mais a sua atenção em Jesus", Leão XIV disse que "Jesus não é um muro que separa, mas uma porta" que une.
"Devemos permanecer n`Ele e distinguir a realidade das ideologias", adiantou, considerando que "as ideias podem enlouquecer e as palavras podem matar", e "só Deus deve ser acolhido e contemplado em cada irmão e irmã, em cada criatura".
Leão XIV insistiu na construção de pontes.
"Nas nossas cidades, construamos pontes onde hoje há muros, abramos portas, liguemos mundos e haverá esperança", acrescentou.
Na sexta-feira, o Papa recebeu o Presidente libanês, Joseph Aoun, e ambos concordaram que a pacificação no Médio Oriente é cada vez mais essencial, após o ataque de Israel ao programa nuclear do Irão.
Ataque a Teerão fez 60 mortos, incluindo 20 crianças
Irão confirma mais dois generais de topo mortos nos ataques israelitas
A televisão identificou as vítimas como o general Gholamreza Mehrabi, adjunto da chefia de informações do Estado-Maior das Forças Armadas, e o general Mehdi Rabbani, vice-chefe das operações, sem especificar onde estes responsáveis morreram.
Os ataques israelitas de sexta-feira causaram a morte de vários altos responsáveis das forças armadas iranianas, incluindo o chefe do Estado-Maior do Exército e o comandante da Guarda Revolucionária Iraniana.
Todos os voos cancelados no Irão após ataque de Israel ao aeroporto
"Todos os voos em todos os aeroportos do país foram cancelados até novo aviso", disse a agência num comunicado divulgado pela agência estatal IRNA.
A medida foi tomada para "garantir a segurança dos passageiros".
As autoridades iranianas tinham vindo a cancelar os voos até um determinado período e têm vindo a prolongá-lo, agora por tempo indeterminado.
O anúncio surge na sequência do ataque de hoje de manhã ao aeroporto de Mehrabad, que realiza voos domésticos.
De acordo com a agência noticiosa IRNA, o ataque em Mehrabad teve como alvo um hangar de aviões de combate, mas, apesar de ter sido atingido por obuses, "não afetou pistas, edifícios ou instalações".retaliação.
Irão diz que negociações com EUA "não fazem sentido" após os ataques israelitas
"A outra parte (EUA) agiu de forma a tornar o diálogo sem sentido", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Ismail Baghaei, num comunicado citado por meios de comunicação locais.
"Não se pode alegar que se está a negociar enquanto, ao mesmo tempo, se permite que o regime sionista (Israel) ataque território iraniano", afirmou o diplomata.
Baghaei acusou Telavive de ter conseguido "influenciar" o processo diplomático e garantiu que o ataque israelita não teria ocorrido sem a permissão de Washington.
Desde 12 de abril, Irão e Estados Unidos realizaram cinco rondas de negociações indiretas, com mediação de Omã, apesar de desacordos significativos sobre o programa de enriquecimento de urânio iraniano, que Washington procura travar.
A mais recente ronda de negociações teve lugar em 23 de maio e estava prevista uma nova sessão para este domingo, em Mascate, agora incerta na sequência dos ataques israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas.
Em resposta, o Irão lançou na noite de sexta-feira pelo menos três mísseis contra Telavive, provocando três mortos e cerca de 38 feridos, segundo a imprensa israelita.
Vítimas em Telavive serão civis
Um porta-voz do Hospital Beilinson disse que uma mulher morreu e sete pessoas ficaram feridas após um ataque ter atingido um edifício na cidade de Telavive, na segunda onda de bombardeamentos iranianos.
Horas depois, um míssil iraniano caiu perto de casas na cidade central israelita de Rishon Lezion, matando duas pessoas e ferindo 19, de acordo com o serviço paramédico israelita Magen David Adom (MDA).
O Serviço de Bombeiros e Resgate de Israel referiu que quatro casas foram severamente danificadas.
Os serviços paramédicos de Israel disseram que 34 pessoas ficaram feridas num outro bombardeamento contra uma zona de Telavive, incluindo uma mulher que ficou gravemente ferida depois de ter ficado presa sob os escombros.
Em Ramat Gan, a leste de Telavive, um jornalista da agência de notícias Associated Press viu carros incendiados e pelo menos três casas danificadas, incluindo uma cuja fachada ficou quase totalmente destruída.
O Irão lançou hoje uma quarta vaga de mísseis contra Israel, confirmaram a imprensa oficial iraniana, depois de o exército israelita já ter anunciado a identificação de lançamentos de novos mísseis a partir do Irão.
"Uma nova série de ataques no âmbito da Operação Promessa Honesta 3", informou a televisão estatal, referindo-se aos ataques de retaliação iranianos após os massivos ataques aéreos israelitas contra mais de 200 alvos no Irão na sexta-feira.
Ainda antes da quarta vaga, o embaixador israelita nos Estados Unidos, Yechiel Leiter, disse à emissora norte-americana CNN que o Irão tinha lançado "aproximadamente 150" mísseis balísticos.
O diplomata disse ser pouco provável que os lançamentos parem, frisando que a República Islâmica possui um arsenal de quase dois mil mísseis.
O Irão iniciou na noite de sexta-feira uma nova vaga de ataques contra Israel, informaram as autoridades israelitas e a televisão estatal iraniana, sendo audíveis explosões e sirenes de alarme em Jerusalém.
Isto depois de Israel lançar, na madrugada de sexta-feira, uma ofensiva militar contra o Irão, com bombardeamentos a instalações militares e nucleares, em que morreram 78 pessoas e 320 ficaram feridas, segundo a diplomacia iraniana.
Os ataques noturnos, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e a central de enriquecimento de urânio de Natanz (centro).
O Irão retaliou, lançando na noite de sexta-feira, centenas de mísseis contra território israelita, com explosões registadas sobre os céus das cidades de Telavive e Jerusalém.
Três mortos em Telavive após intensa troca de ataques com mísseis entre Israel e Irão
No Irão, 78 pessoas morreram nos ataques israelitas, incluindo altos responsáveis militares, e há mais de 320 feridos, segundo o embaixador iraniano na ONU.
Um dos alvos israelitas foi o aeroporto de Mehrabad em Teerão, onde uma nuvem de fumo envolveu as instalações na capital iraniana.
Irão acusa Israel de ter executado ataques bárbaros e criminosos.
Esta madrugada, os céus dos dois países iluminaram-se com as vagas de mísseis lançados.
O Irão já deixou também um aviso aos americanos, garantindo que pode atacar bases militares de todos os países que defendam Israel.
Quase 24 horas depois dos primeiros ataques ao Irão, Israel sob chuva de mísseis
Quase 24 horas após os primeiros ataques israelitas a alvos iranianos, que provocaram horas depois quatro salvas de mísseis balísticos do Irão, nenhum dos Estados dá sinais de recuo.
Sirenes voltam a soar em Israel. Português correu para se refugiar quando falava com RTP
O Irão lançou uma nova vaga de mísseis contra Israel no último 15 minutos. "Uma nova ronda de ataques com mísseis contra (Israel) começou a partir de Teerão e Kermanshah", uma cidade no oeste do Irão, informou.