Reportagem

Israel lança ataque contra líderes do Hamas em Doha. A situação ao minuto

Israel lançou esta terça-feira um "ataque dirigido" contra líderes do Hamas.

Inês Moreira Santos, Mariana Ribeiro Soares - RTP /


Ibraheem Abu Mustafa - Reuter

Mais atualizações Voltar ao topo
Momento-Chave
RTP /

Catar afirma que país têm direito de responder a ataque israelita

PUB
Momento-Chave
RTP /

Ataque no Catar. Hamas confirma a morte de cinco membros

PUB
Momento-Chave
RTP /

Mariana Mortágua vê ataque de Israel à flotilha como estratégia para desviar atenções

A líder bloquista garante que a frota humanitária não vai recuar, mesmo depois de uma embarcação ter sido atacada na ultima madrugada.
PUB
Momento-Chave
RTP /

Trump diz que decisão de atacar o Catar foi só de Netanyahu

"Esta foi uma decisão tomada pelo primeiro-ministro Netanyahu, não foi uma decisão tomada por mim", afirmou o presidente norte-americano, quando questionado por jornalistas na Casa Branca.
PUB
Momento-Chave
Lusa /

Trump critica "lamentável" ataque de Israel no Qatar contra Hamas

A decisão de lançar um ataque contra os líderes do Hamas em Doha "foi tomada pelo primeiro-ministro [israelita] Benjamin Netanyahu, não por mim", escreveu Donald Trump na rede social Truth.

Tratou-se, adiantou, de um "incidente lamentável" numa altura "que poderia ser uma oportunidade para a PAZ".

Afirmando estar "muito desconfortável" com os ataques, Trump disse ter manifestado desagrado diretamente ao primeiro-ministro israelita, após o ataque, tendo falado ainda com o emir do Qatar, o xeque Tamim bin Hamad Al-Thani, a quem "garantiu que tal coisa não voltaria a acontecer".

Antes, a porta-voz da Casa Branca advertiu que o ataque israelita contra altos dirigentes do Hamas no Qatar "não promove os objetivos de Israel ou dos Estados Unidos".

"Bombardear unilateralmente o Qatar, uma nação soberana e aliada próxima dos Estados Unidos, que está a trabalhar arduamente, corajosamente e a correr riscos para negociar a paz, não promove os objetivos de Israel ou dos Estados Unidos", comentou Karoline Leavitt aos jornalistas, referindo-se à mediação da guerra na Faixa de Gaza.

Vários meios de comunicação social israelitas, entre os quais a televisão pública Kan, noticiaram que Israel informou os Estados Unidos sobre o ataque dirigido contra os dirigentes do Hamas, quando se reuniam para apreciar uma proposta negocial de Washington na capital do Qatar, que, a par dos Estados Unidos e do Egito, é um dos países mediadores do conflito.

Donald Trump visitou o Qatar em maio, no âmbito de uma viagem a vários Estados da região do Golfo, e que alberga uma importante base militar norte-americana, tendo sido na ocasião presenteado com um Boeing 747-8.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, justificou o ataque hoje executado com o atentado ocorrido na segunda-feira em Jerusalém, reivindicado pelo braço armado do Hamas e que provocou seis mortos.

Além disso, Netanyahu apontou também a participação dos visados nos massacres liderados pelo grupo palestiniano em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que mataram cerca de 1.200 pessoas e desencadearam o atual conflito no enclave.

O chefe do Governo de Israel defendeu ainda que esta operação militar "poderá abrir caminho para o fim da guerra" na Faixa de Gaza, se o grupo islamita palestiniano aceitar a proposta norte-americana de cessar-fogo.

"Israel aceitou a proposta do Presidente Donald Trump de pôr fim à guerra, começando pela libertação de todos os nossos reféns, que estão presos em Gaza há mais de 700 dias. Se aceitarem a proposta de Trump, a guerra pode terminar imediatamente", declarou.

O Hamas anunciou pelo seu lado que cinco dos seus membros morreram na sequência do ataque, mas ressalvou que os responsáveis das negociações e que eram os alegados alvos de Israel sobreviveram.

"Confirmamos que o inimigo não conseguiu assassinar os nossos irmãos da delegação de negociação. Entretanto, vários dos nossos irmãos mártires ascenderam aos mais altos postos de glória", declarou o grupo num comunicado, que inclui os nomes dos cinco mortos.

O Ministério do Interior do Qatar informou pelo seu lado que um polícia qatari morreu no ataque e que outros membros das forças de segurança ficaram feridos.

A operação israelita em Doha foi condenada pela unanimidade dos países da região e pode ameaçar os esforços de paz promovidos por Estados Unidos, Egito e Qatar.

As autoridades de Doha consideraram que se tratou de uma ação cobarde e uma violação da sua soberania.

O ataque ocorre numa fase em que os militares israelitas se prepararam para ocupar a Cidade de Gaza e expulsar centenas de milhares dos seus habitantes, numa região do enclave que a ONU já declarou enfrentar uma situação de fome.

No centro das negociações entre as partes está a pausa das hostilidades, o desarmamento do Hamas e a libertação de 48 reféns que os militantes palestinianos conservam há quase dois anos, dos quais se estima que 20 estejam vivos.

Após os ataques de 07 de outubro de 2023, Israel lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou acima de 64 mil mortos, na maioria mulheres e crianças, segundo as autoridades locais controladas pelo grupo islamita, destruiu a quase totalidade das infraestruturas do território e provocou um desastre humanitário sem precedentes na região.

PUB
Momento-Chave
RTP /

Primeiro-ministro do Catar assegura que nada impedirá a mediação do conflito Israel-Hamas

“O Catar não poupou esforços e fará tudo o que puder para impedir esta guerra em Gaza , mas, para as negociações atuais, não acho que haja algo válido agora, depois do que vimos no ataque de hoje”, disse al-Thani numa conferência de imprensa.
PUB
Momento-Chave
RTP /

Catar não tolerará "comportamento imprudente de Israel"

O Catar disse ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que "não tolerará esse comportamento imprudente de Israel e a contínua perturbação da segurança regional".

"O estado do Catar condena veementemente este ataque criminoso covarde, que constitui uma violação flagrante de todas as leis e normas internacionais", escreveu o embaixador do Catar na ONU, Alya Ahmed Saif Al-Thani, ao conselho na terça-feira.

“Estão a decorrer investigações ao mais alto nível, e mais detalhes serão anunciados assim que estiverem disponíveis”, acrescentou, descrevendo o ataque como uma “grave escalada”.
PUB
Momento-Chave
RTP /

UE condena ataque de Israel no Catar como "violação do direito internacional"

O ataque aéreo de Israel contra líderes do Hamas em Doha viola o direito internacional e a integridade territorial do Catar, na visão da União Europeia, que nunca comunicado alerta para os riscos de uma nova escalada de violência na região.

“Expressamos total solidariedade às autoridades e ao povo do Catar, um parceiro estratégico da UE”, disse um porta-voz da chefe de política externa da UE, Kaja Kallas, numa publicação no X.

"Qualquer escalada da guerra em Gaza deve ser evitada – não é do interesse de ninguém. Continuaremos a apoiar todos os esforços para um cessar-fogo em Gaza".
PUB
Momento-Chave
Lusa /

Portugal condena ataque israelita a Doha

"Reforçamos que a prioridade é o cessar-fogo imediato e a libertação dos reféns. A solução de dois Estados é essencial para uma paz estável", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, numa publicação na rede social X. 

Outros países europeus, como França, Reino Unido, Alemanha e Espanha também condenaram hoje o bombardeamento em Doha, que provocou a morte de pelo menos seis pessoas, cinco das quais do Hamas e de um polícia do Qatar. 

O filho do negociador principal do Hamas, Khalil al-Hajjah, e o seu chefe de gabinete estão entre as vítimas, bem como três guarda-costas, segundo o movimento islamita palestiniano. O Qatar também denunciou a morte de um polícia e vários feridos entre as forças de segurança.  

O ataque israelita procurava visar os altos funcionários do Hamas que participam nas negociações de cessar-fogo na Faixa de Gaza com Israel.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que este ataque foi uma resposta ao atentado de segunda-feira em Jerusalém em que dois palestinianos da Cisjordânia ocupada mataram a tiro seis pessoas numa paragem de autocarro.

O atentado foi reividicado hoje pelo braço armado do Hamas, as Brigadas al-Qasam. 

O ataque também surge após o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, ter afirmado que Israel aceitou a proposta de cessar-fogo dos Estados Unidos que prevê a libertação de todos os reféns israelitas. 

PUB
Momento-Chave
RTP /

Incidente com flotilha. Organização acusa Israel de ter lançado drone

PUB
Momento-Chave
RTP /

Israel ataca Hamas no Catar e faz pelo menos cinco mortos

PUB
Momento-Chave
RTP /

Casa Branca diz que ataque em Doha "não promove os objetivos de Israel ou dos Estados Unidos"

O presidente Donald Trump acredita que o ataque israelita contra alvos do Hamas no Catar foi infeliz e ordenou que um assessor de alto escalão, Steve Witkoff, alertasse Doah sobre a possibilidade de haver ataque, informou a Casa Branca em reação.

Trump terá conversado primeiro com Netanyahu e com o emir do Catar após os ataques, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, à comunicação social.

O Catar, por seu lado, nega ter sido avisado por Washington.
PUB
Momento-Chave
RTP /

ONU. Guterres considera ataque israelita "violação flagrante da soberania do Catar"

PUB
Momento-Chave
RTP /

Presidente palestiniano diz que ataque israelita ao Catar ameaça estabilidade regional

O presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, afirmou que o ataque israelita no Catar ameaça a "estabilidade regional". 

"O brutal ataque israelita ao Catar constitui uma flagrante violação do direito internacional e uma escalada que ameaça a segurança e a estabilidade regionais", afirmou em comunicado reproduzido pela agência de notícias oficial palestina Wafa.
PUB
Momento-Chave
RTP /

Líder da oposição israelita felicita Exército por operação em Doha

O líder da oposição israelita, Yair Lapid, felicitou hoje o Exército por “uma operação extraordinária”, aludindo ao ataque contra a liderança do Hamas em Doha, capital do Qatar.

“Parabéns à Força Aérea, às FDI (Forças de Defesa de Israel), ao Shin Bet [agência de inteligência interna] e a todas as forças de segurança por uma operação extraordinária para frustrar o nosso inimigo”, escreveu Lapid na conta pessoal na rede social X.
PUB
Momento-Chave
RTP /

"Israel assume total responsabilidade" pelo ataque, afirma Netanyahu

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou que ordenou o ataque israelita desta terça-feira contra líderes do Hamas no Catar.

“A ação de hoje contra os principais líderes terroristas do Hamas foi uma operação israelita totalmente independente”, escreveu Netanyahu na rede social X.

“Israel iniciou-a, Israel conduziu-a e Israel assume total responsabilidade”, acrescentou.

PUB
Momento-Chave
RTP /

Israel confirma "ataque de precisão" contra Hamas

Israel confirmou, entretanto, o "ataque de precisão" ao escritório do movimento islâmico palestiniano em Doha. O objetivo era atingir membros da liderança do Hamas, nomeadamente o principal negociador do movimento. Khalil al-Hayya fazia parte da delegação do Hamas que estava no Catar para negociar um cessar-fogo.

Para já desconhece-se e este negociador morreu ou não.

O ataque israelita aconteceu numa zona residencial da capital do Catar.
PUB
Momento-Chave
RTP /

Hamas diz que ataque de Israel no Catar visou negociadores de cessar-fogo

Um responsável do Hamas em Gaza admitiu que Israel atacou os negociadores do grupo islamita palestiniano reunidos em Doha, para discutir a proposta de cessar-fogo avançada pelo presidente norte-americano.

“Num novo crime sionista, a delegação negocial do Hamas foi atacada enquanto se reunia em Doha para discutir a proposta do Presidente [Donald] Trump de cessar-fogo na Faixa de Gaza”, disse a mesma fonte, que não quis ser identificada, citada pela agência de notícias francesa AFP.

Um alto funcionário israelita disse imprensa que os membros do Hamas visados ​​incluíam Khalil al-Hayya, o principal negociador e líder exilado de Gaza, e Zaher Jabarin, o líder exilado da Cisjordânia.

PUB
Momento-Chave
RTP /

Catar condena Israel por ataque em Doha contra sede do Hamas

“O Estado do Catar condena veementemente o ataque covarde perpetrado por Israel, que teve como alvo edifícios residenciais onde residem vários membros do bureau político do Hamas”, escreveu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed al-Ansari, no X.
PUB
Momento-Chave
Inês Moreira Santos - RTP /

Israel reivindica ataque contra líderes do Hamas após explosões em Doha

Reuters

O Exército israelita anunciou um "ataque preciso contra a liderança sénior" do Hamas, sem fornecer mais detalhes sobre o local do ataque. De acordo com as agências internacionais e a cadeira de televisão Al-Jazeera, sediada em Doha, vídeos recolhidos na capital do emirado mostram fumo a subir no horizonte.

Segundo o exército israelita, o ataque foi dirigido contra "altos responsáveis" do Hamas, pouco depois de terem sido ouvidas explosões em Doha. E vários meios de comunicação social israelita, entre eles a televisão pública Kan, estão a avançar com a infirmação de que Israel avisou os Estados Unidos sobre este bombardeamento.

"O exército e o serviço de segurança interna [Shin Bet] efetuaram um ataque dirigido contra os altos dirigentes da organização terrorista Hamas", declarou o exército em comunicado, sem especificar o local do ataque.

As forças de Israel acrescentaram que "antes do bombardeamento, foram tomadas medidas para mitigar os danos aos civis, incluindo o uso de munições precisas e informações adicionais" dos serviços secretos e reiterou que "continuará a operar com determinação para derrotar a organização terrorista Hamas.

"Durante anos, estes membros da cúpula do Hamas lideraram as operações da organização terrorista, sendo diretamente responsáveis pelo brutal massacre de 07 de outubro e orquestrando e gerindo a guerra contra o Estado de Israel", acrescentou.

O ataque de terça-feira surgiu após o ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Gideon Saar, ter anunciado que Israel aceitou a mais recente proposta do Presidente norte-americano para um cessar-fogo em Gaza.

Este ataque na capital do Catar surgiu também um dia depois de um atentado em Jerusalém ter provocado a morte de seis pessoas numa paragem de autocarro, um ataque entretanto reivindicado pelo braço armado do Hamas, as Brigadas al-Qasam, embora o Hamas não tivesse reclamado a autoria do ataque.


C/agências

PUB