Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro designado de Israel, apresentou já as linhas mestras do seu programa de governo, no que será o cumprimento de promessas deixadas aos parceiros de executivo mais radicais, dando abertura a uma implementação de colonatos como não há memória nas terras ocupadas da Palestina. Um roteiro encostado à direita mais extrema que lhe permitirá reocupar esta quinta-feira o lugar de chefe do governo, apesar de todos os processos de corrupção em que, juntamente com a família, Netanyahu está enredado.
Como temido pela oposição, o comunicado confirma também a cedência do ex e futuro primeiro-ministro israelita à fação de extrema-direita do novo executivo ao conceder às forças de segurança na Cisjordânia uma maior margem para a utilização da força bruta naqueles territórios ocupados da Palestina.
“O governo vai esforçar-se por fortalecer as forças de segurança e apoiar a polícia no sentido de combater e derrotar o terrorismo”, aponta o texto.
Há uma semana, Benjamin Netanyahu comunicava ao presidente Isaac Herzog um acordo de governo entre o Likud e duas formações sionistas e ultraortodoxas, confirmando o sexto mandato como primeiro-ministro à frente do executivo mais à direita de que há memória em Israel.Com uma maioria de 64 dos 120 lugares do Knesset, Benjamin Netanyahu e parceiros de coligação propõem aos israelitas o governo mais à direita de que há memória no país.
O Jerusalem Post apontou na última quinta-feira essa cedência de Netanyahu aos futuros parceiros de governo após negociações duras que se arrastaram por várias semanas.
Em cima do prazo, o líder do Likud, ex-primeiro-ministro e futuro primeiro-ministro, comunicava a Isaac Herzog que anunciava “que, fruto do incrível apoio público que tivemos nas eleições, consegui formar um governo que vai cuidar de todos os israelitas”.
Com apenas 32 assentos no Knesset (Parlamento israelita), Netanyahu é refém dos ultraortodoxos (18 lugares) e da aliança Sionismo Religioso (14) que o Likud se apresentará esta quinta-feira para assumir as rédeas do país. "Bibi" Netanyahu, por seu lado, continuará a carregar um currículo de 15 anos no poder e muitos processos de corrupção a envolve-lo a ele e ao seu núcleo familiar.
Com apenas 32 assentos no Knesset (Parlamento israelita), Netanyahu é refém dos ultraortodoxos (18 lugares) e da aliança Sionismo Religioso (14) que o Likud se apresentará esta quinta-feira para assumir as rédeas do país. "Bibi" Netanyahu, por seu lado, continuará a carregar um currículo de 15 anos no poder e muitos processos de corrupção a envolve-lo a ele e ao seu núcleo familiar.