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COVID-19
Itália. Dezenas de protestos desafiam proibições e distanciamento social
Centenas de pessoas participaram este sábado em manifestações em várias cidades de Itália, nomeadamente Roma e Milão, em violação das regras de distanciamento social e da proibição de ajuntamentos.
As manifestações reuniram artistas e trabalhadores do setor cultural e da indústria do entretenimento, que se manifestaram por novas regras que permitam o regresso das artes performativas ao vivo, depois da paragem forçada provocada pela pandemia.
Alguns dos protestos foram mais além nas exigências e assumiram-se abertamente anti-governamentais.
Em Roma, cerca de 500 pessoas, incluindo algumas a assumirem-se como de extrema-direita, gritaram por "liberdade" e denunciaram o executivo do primeiro-ministro Giuseppe Conte.
"Queremos uma revolução em Itália, o Governo de Conte não nos agrada", afirmou um dos manifestantes à Agência France Presse, AFP.
"Queremos uma revolução em Itália, o Governo de Conte não nos agrada", afirmou um dos manifestantes à Agência France Presse, AFP.
Sob o olhar atento de um cordão de políticas anti-motim, várias pessoas deitaram-se frente aos veículos das forças da ordem enquanto outras batiam nas carrocerias. Um pequeno grupo tentou furar o cerco, fugindo por uma ruela contígua ao espaço da manifestação, no centro da cidade.
"Tenho uma empresa com 30 empregados, dos quais 20 estão sob desemprego técnico. Há três meses que não tocam num euro, como vão eles comer!", clamava Nicola Franzoni, um dos organizadores do protesto, não autorizado, dando eco às preocupações de dezenas de milhares de pequenas e médias empresas em grandes dificuldades.
"Não queremos mais esta Itália nem esta Europa", acrescentou.
Se uma parte dos manifestante trazia máscaras, muitas delas estavam descidas até ao pescoço e o distanciamento social não foi observado durante o protesto. Os agentes procuraram depois identificar os participantes para os admoestar.
Cenas idênticas ocorreram em Milão, capital da Lombardia, onde 200 pessoas se juntaram perto do Duomo. Muitas gritaram palavras de ordem contra o Governo, exigiram "um Governo eleito pelo povo" e o regresso à lira italiana, a moeda em vigor antes do euro.Os protestos, coloridos e variados devido às artes circenses executadas por dezenas de participantes, atrairam as atenções.
"Tenho uma empresa com 30 empregados, dos quais 20 estão sob desemprego técnico. Há três meses que não tocam num euro, como vão eles comer!", clamava Nicola Franzoni, um dos organizadores do protesto, não autorizado, dando eco às preocupações de dezenas de milhares de pequenas e médias empresas em grandes dificuldades.
"Não queremos mais esta Itália nem esta Europa", acrescentou.
Se uma parte dos manifestante trazia máscaras, muitas delas estavam descidas até ao pescoço e o distanciamento social não foi observado durante o protesto. Os agentes procuraram depois identificar os participantes para os admoestar.
Cenas idênticas ocorreram em Milão, capital da Lombardia, onde 200 pessoas se juntaram perto do Duomo. Muitas gritaram palavras de ordem contra o Governo, exigiram "um Governo eleito pelo povo" e o regresso à lira italiana, a moeda em vigor antes do euro.Os protestos, coloridos e variados devido às artes circenses executadas por dezenas de participantes, atrairam as atenções.
As manifestações foram organizadas através das redes sociais, numa altura em que as grandes reuniões públicas se mantêm proibidas.
A Lombardia, uma das regiões europeias mais atingidas pela pandemia, registou até agora mais de 16 mil das 33.000 mortes em toda a Itália. O pais entrou em desconfinamento no inicio de maio e a recuperação económica tem sido lenta.
Mais 111 mortes e 416 novos casos nas últimas 24 horas
Nas últimas 24 horas, a Itália registou 111 mortos devido à Covid-19, um aumento superior aos 87 de sexta-feira, mas o número de novos contágios desceu para 416, segundo os dados fornecidos hoje pela Proteção Civil.
O total de óbitos no país é agora de 33.340 e o número total de infeções é de 232.664 desde o início da crise pandémica, a 21 de fevereiro.
Outro dado significativo é que as regiões da Sardenha, Molise, Basilicata, Calabria e Úmbria não registaram quaisquer novos casos, enquanto mais de metade das infeções (221) foi registada na Lombardia.
Também não houve mortes em 11 regiões.
Apesar do número de mortos, confirma-se no país que a curva epidemiológica está numa descida contínua, já que o número de infeções nas últimas 24 horas foram de 416, em comparação com os 516 de sexta-feira.
O número total de pessoas atualmente infetadas é de 43.691, com uma diminuição de 2.484 doentes relativamente a sexta-feira e a situação nos hospitais também continua a diminuir, onde há 6.680 pessoas com sintomas, o que significa uma redução de 414 pacientes, sendo que 450 estão nos cuidados intensivos, uma descida de 25 nas últimas 24 horas.
Perante estes dados, o Governo mantém a intenção de confirmar as reaberturas a 03 de junho que incluem a reabertura de fronteiras a turistas da União Europeia e a possibilidade de movimento entre as regiões, sem limitações, apesar da maioria dos contágios continuar a acontecer no norte do país.
"Neste momento, não há razões para rever a reabertura planificada de deslocações. Vamos seguir a tendência da curva nas próximas horas", afirmou o ministro da Saúde, Roberto Speranza, embora a decisão final seja comunicada a 02 de junho.
C/Lusa
O total de óbitos no país é agora de 33.340 e o número total de infeções é de 232.664 desde o início da crise pandémica, a 21 de fevereiro.
Outro dado significativo é que as regiões da Sardenha, Molise, Basilicata, Calabria e Úmbria não registaram quaisquer novos casos, enquanto mais de metade das infeções (221) foi registada na Lombardia.
Também não houve mortes em 11 regiões.
Apesar do número de mortos, confirma-se no país que a curva epidemiológica está numa descida contínua, já que o número de infeções nas últimas 24 horas foram de 416, em comparação com os 516 de sexta-feira.
O número total de pessoas atualmente infetadas é de 43.691, com uma diminuição de 2.484 doentes relativamente a sexta-feira e a situação nos hospitais também continua a diminuir, onde há 6.680 pessoas com sintomas, o que significa uma redução de 414 pacientes, sendo que 450 estão nos cuidados intensivos, uma descida de 25 nas últimas 24 horas.
Perante estes dados, o Governo mantém a intenção de confirmar as reaberturas a 03 de junho que incluem a reabertura de fronteiras a turistas da União Europeia e a possibilidade de movimento entre as regiões, sem limitações, apesar da maioria dos contágios continuar a acontecer no norte do país.
"Neste momento, não há razões para rever a reabertura planificada de deslocações. Vamos seguir a tendência da curva nas próximas horas", afirmou o ministro da Saúde, Roberto Speranza, embora a decisão final seja comunicada a 02 de junho.
C/Lusa