O Japão registou um défice comercial de 462,5 mil milhões de ienes (2,73 mil milhões de euros) em abril, graças a importações recorde, após ter tido um excedente em março, avançou o governo.
De acordo com dados preliminares divulgados pelo Ministério das Finanças japonês, o défice comercial do país foi 7,6% maior do que em abril de 2023.
As importações japonesas cresceram 8,3% em termos homólogos em abril, para 9,44 biliões de ienes (55,6 mil milhões de euros), o valor mais elevado de sempre para o quarto mês do ano, principalmente devido à compra de petróleo e aeronaves.
As exportações do Japão cresceram também 8,3% em termos homólogos em abril para 8,9 biliões de ienes (53 mil milhões de euros). Foi o quinto mês consecutivo de aumento das exportações, graças sobretudo à procura por automóveis e semicondutores.
O iene tem estado no nível mais baixo dos últimos 34 anos, em comparação com o dólar, o que tende a inflacionar as remessas estrangeiras dos exportadores, mas também aumenta os custos das importações de energia e matérias-primas, das quais o Japão é dependente.
O Japão registou, pelo terceiro ano consecutivo, um défice comercial de 5,89 biliões de ienes (38 mil milhões de euros) no ano fiscal de 2023, que terminou a 31 de março de 2024.
A última vez que o país teve um excedente comercial, de 998,6 mil milhões de ienes (6,7 mil milhões de euros), foi em 2020.
O Japão perdeu, no ano passado, o título simbólico de terceira maior economia mundial para a Alemanha, sobretudo devido à queda do iene.