Joe Biden e Xi Jinping preparam-se para falar sobre situação na Ucrânia

por Cristina Sambado - RTP
Reuters

O presidente norte-americano, Joe Biden, vai conversar ao telefone com o homólogo chinês, Xi Jinping, revelou a Casa Branca. O telefonema, agendado para esta sexta-feira, acontece no contexto de pressão de Washington sobre Pequim para que a China não apoie a Rússia na invasão da Ucrânia.

“O objetivo é manter abertos os canais de comunicação entre os Estados Unidos e a República Popular da China”, afirmou Jen Psaki, secretária de Imprensa da Casa Branca.

Segundo a porta-voz, “os dois líderes vão discutir a concorrência entre os Estados Unidos e a China, assim como a guerra da Rússia contra a Ucrânia e outras questões de interesse comum”.

A última conversa entre Biden e Xi decorreu em novembro, durante uma cimeira virtual de três horas e meia. Uma conversa que era fortemente aguardada, mas que não produziu grandes avanços.


O anúncio da chamada telefónica surge depois de uma reunião de sete horas, em Roma, entre o conselheiro de segurança nacional de Joe Biden, Jake Sullivan, e o principal diplomata do Partido Comunista Chinês, Yang Jiech.

Durante a reunião, Sullivan avisou o homólogo chinês para “potenciais implicações e consequências”, caso Pequim saia em apoio da Rússia.Desde o início da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro, o regime comunista chinês privilegiou a sua relação com Moscovo, partilhando com a Rússia uma profunda hostilidade em relação aos Estados Unidos e abstendo-se de apelar a Vladimir Putin para que faça recuar as tropas.

O encontro entre Jake Sullivan e Yang Jiech decorreu depois de a imprensa norte-americana ter revelado que Moscovo tinha pedido apoio militar e financeiro a Pequim para a invasão da Ucrânia. E com a China a criticar os EUA por divulgarem “notícias falsas”.

Segundo a France Presse, a “amizade ilimitada” entre Pequim e Moscovo está a ser posta à prova com a guerra na Ucrânia - o Governo de Xi Jinping vê-se apanhado de surpresa pela resistência ucraniana à ofensiva russa e pela robustez das sanções ocidentais.
Tópicos
pub