Juiz proibe separação de famílias migrantes na fronteira sul dos EUA

por Lusa
Jose Luis Gonzalez - Reuters

Um juiz federal dos Estados Unidos proibiu nesta sexta-feira a separação de famílias migrantes na fronteira sul dos Estados Unidos, uma prática dissuasiva implementada pelo Governo do ex-Presidente Donald Trump (2017-2021).

O juiz Dana Sabraw deu a aprovação final a um acordo entre o Departamento de Justiça norte-americano e a organização de defesa dos direitos civis ACLU, que impede as autoridades de separar os menores dos pais, exceto por razões médicas ou de segurança.

A decisão também dá luz verde a alguns benefícios para as famílias afetadas pela política de separação de Trump, como alojamento e estatuto de imigração temporária nos EUA.

O acordo beneficiará cerca de 5.000 famílias e entra em vigor na segunda-feira, detalhou a ACLU, que entrou com a ação em 2018.

"Este acordo é um passo fundamental para encerrar um dos capítulos mais sombrios da administração Trump. Bebés e crianças pequenas foram literalmente arrancados dos braços de pais sob essa prática horrível", disse o advogado da ACLU que liderou o processo, Lee Gelern, em comunicado.

Trump, que pretende voltar a candidatar-se à presidência em 2024, adotou uma política de "tolerância zero" na fronteira, acusando criminalmente os adultos que entraram ilegalmente nos EUA.

Os menores, que por lei não podiam ser detidos numa prisão federal, foram assim separados dos pais.

Cerca de 5.500 menores foram separados das suas famílias na fronteira, ao abrigo da política anti-imigração de Trump. A maioria já regressou às suas famílias, embora centenas permaneçam sob custódia do Governo.

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