Khashoggi. Polícia turca efetua buscas no distrito de Samali

por RTP
Erdem Sahin - EPA

A polícia turca está a realizar buscas em duas moradias de luxo na cidade de Yalova, distrito de Samali, situado a cerca de 100 quilómetros a sudeste de Istambul. As autoridades suspeitam que o corpo do jornalista saudita, que trabalhava para o Washington Post, possa ter sido enterrados nesse local.

Os locais que pertencem a um homem de negócios saudita amigo do príncipe herdeiro, têm, supostamente, grandes jardins e poços.

A polícia turca chegou às moradias nesta segunda-feira de manhã e nas buscas está a utilizar drones e equipas cinotécnicas. No local estarão também veículos de combate a incêndios.

Segundo as autoridades uma das moradias pertence ao empresário saudita Mohammed Ahmed Alfaouzan, que tem como alcunha “Ghozan”, e terá sido adquirida há cerca de três anos. Jamal Khashoggi foi assassinado a 2 de outubro no consulado da Arábia Saudita em Istambul, onde se deslocou para obter uma certidão de nascimento.

Os órgãos de comunicação social turcos avançam que Alfaouzan recebeu, dia 1 de outubro, um telefonema de Mansour Othman Abahussain , um oficial do Exército saudita e um dos 15 homens acusados de realizar a morte de Jamal Khashoggi.

É a segunda vez que as autoridades turcas realizam buscas no distrito de Samamli, junto ao Mar Mármara. A 18 de outubro a polícia turca já tinha estado na zona depois de detetar que uma das viaturas que deixou o consolado, após o assassinato do jornalista, se dirigiu para esse distrito.

O Ministério Público da Turquia já confirmou oficialmente que o corpo de Khashoggi, assassinado por asfixia, foi desmembrado. A investigação centra-se agora em encontrar os restos mortais do jornalista a esclarecer quem ordenou o seu assassinato.
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