Longe da paz. Infraestruturas energéticas da Ucrânia debaixo de ataque em massa da Rússia
O Governo de Kiev sinalizou nas últimas horas o bombardeamento em massa de infraestruturas energéticas ucranianas pelas forças russas, durante a noite de quinta-feira, a poucos dias de uma reunião diplomática entre norte-americanos e ucranianos na Arábia Saudita.
Em várias regiões da Ucrânia, as “infraestruturas de energia e de gás” voltaram a ser alvo de “bombardeamentos maciços de mísseis e drones”, escreveu o ministro da Energia, Guerman Galushchenko, no Facebook.
“Sempre que possível, as equipas de resgate e os engenheiros de energia trabalham para eliminar as consequências. Estão a ser tomadas todas as medidas necessárias para estabilizar o fornecimento de energia e gás”, acrescentou.
Segundo Galushchenko, “a Rússia está a tentar prejudicar os ucranianos comuns bombardeando instalações de produção de energia e gás, sem abandonar o seu objetivo de nos privar de eletricidade e aquecimento, e causando os maiores danos aos cidadãos comuns”.
O ataque danificou as instalações de produção de gás natural da Naftogaz, disse a empresa estatal em comunicado.
“As instalações de produção que asseguram a produção de gás foram danificadas. Felizmente, não houve vítimas”, disse a Naftogaz através da aplicação de mensagens Telegram.
Durante a noite, foram emitidos alertas aéreos em todo o país, tendo sido registados danos e feridos em várias regiões.Esta sexta-feira, a defesa aérea da Ucrânia revelou que abateu 34 mísseis e 100 drones lançados pela Rússia num ataque noturno a várias regiões ucranianas.
Cinco pessoas ficaram feridas na noite de quinta-feira em Kharkiv, no leste da Ucrânia, segundo as autoridades.
Numa mensagem no Telegram, o presidente da câmara da cidade, Igor Terekhov, disse que uma mulher tinha sido retirada com vida dos escombros e estava a receber tratamento médico.
“Para além de um edifício de infraestruturas críticas e de um edifício residencial. Outros edifícios foram também danificados”, afirmou Igor Terekhov.
Em Ternopil (oeste), segundo o governador da região, Iacheslav Negoda, “os mísseis atingiram uma instalação industrial crítica”, sem causar vítimas. O governador alertou para a possibilidade de restrições no fornecimento de gás.
A defesa aérea ucraniana abateu um míssil e não houve registo de vítimas acrescentou Iacheslav Negoda. Ao início da noite, foram registados danos em infraestruturas críticas na região de Odessa, no sul do país.
“O ataque provocou incêndios em três edifícios residenciais privados. As infraestruturas críticas também foram danificadas. De acordo com as primeiras informações, não há feridos”, referiram os serviços de emergência.
Na região setentrional de Chernihiv, um ataque danificou uma das instalações de produção, segundo o seu governador, Viacheslav Chaus, que não forneceu mais pormenores.
A governadora da região ocidental de Ivano-Frankivsk, Svitlana Onyshchuk, disse que a defesa aérea repeliu um ataque a instalações de infraestruturas. Não registou quaisquer danos ou vítimas.
No dia anterior, os ataques russos a um hotel em Kryvyi Rih (centro) fizeram quatro mortos e mais de 30 feridos, segundo as autoridades.
A Rússia, que anteriormente centrava os seus ataques com mísseis e drones no sector elétrico ucraniano, intensificou nos últimos meses os seus ataques às instalações de armazenamento de gás e aos campos de produção ucranianos.
Reunião diplomática na Arábia Saudita
Os bombardeamentos acontecem um dia depois de uma cimeira dos 27 líderes europeus que, perante o afastamento de Washington, selou a vontade de reforçar as capacidades de defesa do Velho Continente.
Está prevista para terça-feira, na Arábia Saudita, uma reunião entre as delegações norte-americana e ucraniana para definir “um quadro para um acordo de paz e um primeiro cessar-fogo”, segundo o enviado de Tump, Steve Witkoff.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenseky, anunciou na quinta-feira que também se vai deslocar à Arábia Saudita na segunda-feira para se encontrar com o príncipe herdeiro Mohammad bin Salman.
“Depois disso, a minha equipa permanecerá na Arábia Saudita para trabalhar com os nossos parceiros americanos”, acrescentou no X, garantindo que a Ucrânia quer obter uma paz rápida e duradoura para pôr fim à invasão russa.
O homólogo norte-americano, Donald Trump, também indicou que planeia visitar a Arábia Saudita, provavelmente no próximo mês e meio.
“Sempre que possível, as equipas de resgate e os engenheiros de energia trabalham para eliminar as consequências. Estão a ser tomadas todas as medidas necessárias para estabilizar o fornecimento de energia e gás”, acrescentou.
Segundo Galushchenko, “a Rússia está a tentar prejudicar os ucranianos comuns bombardeando instalações de produção de energia e gás, sem abandonar o seu objetivo de nos privar de eletricidade e aquecimento, e causando os maiores danos aos cidadãos comuns”.
O ataque danificou as instalações de produção de gás natural da Naftogaz, disse a empresa estatal em comunicado.
“As instalações de produção que asseguram a produção de gás foram danificadas. Felizmente, não houve vítimas”, disse a Naftogaz através da aplicação de mensagens Telegram.
Durante a noite, foram emitidos alertas aéreos em todo o país, tendo sido registados danos e feridos em várias regiões.Esta sexta-feira, a defesa aérea da Ucrânia revelou que abateu 34 mísseis e 100 drones lançados pela Rússia num ataque noturno a várias regiões ucranianas.
Cinco pessoas ficaram feridas na noite de quinta-feira em Kharkiv, no leste da Ucrânia, segundo as autoridades.
Numa mensagem no Telegram, o presidente da câmara da cidade, Igor Terekhov, disse que uma mulher tinha sido retirada com vida dos escombros e estava a receber tratamento médico.
“Para além de um edifício de infraestruturas críticas e de um edifício residencial. Outros edifícios foram também danificados”, afirmou Igor Terekhov.
Em Ternopil (oeste), segundo o governador da região, Iacheslav Negoda, “os mísseis atingiram uma instalação industrial crítica”, sem causar vítimas. O governador alertou para a possibilidade de restrições no fornecimento de gás.
A defesa aérea ucraniana abateu um míssil e não houve registo de vítimas acrescentou Iacheslav Negoda. Ao início da noite, foram registados danos em infraestruturas críticas na região de Odessa, no sul do país.
“O ataque provocou incêndios em três edifícios residenciais privados. As infraestruturas críticas também foram danificadas. De acordo com as primeiras informações, não há feridos”, referiram os serviços de emergência.
Na região setentrional de Chernihiv, um ataque danificou uma das instalações de produção, segundo o seu governador, Viacheslav Chaus, que não forneceu mais pormenores.
A governadora da região ocidental de Ivano-Frankivsk, Svitlana Onyshchuk, disse que a defesa aérea repeliu um ataque a instalações de infraestruturas. Não registou quaisquer danos ou vítimas.
No dia anterior, os ataques russos a um hotel em Kryvyi Rih (centro) fizeram quatro mortos e mais de 30 feridos, segundo as autoridades.
A Rússia, que anteriormente centrava os seus ataques com mísseis e drones no sector elétrico ucraniano, intensificou nos últimos meses os seus ataques às instalações de armazenamento de gás e aos campos de produção ucranianos.
Reunião diplomática na Arábia Saudita
Os bombardeamentos acontecem um dia depois de uma cimeira dos 27 líderes europeus que, perante o afastamento de Washington, selou a vontade de reforçar as capacidades de defesa do Velho Continente.
Está prevista para terça-feira, na Arábia Saudita, uma reunião entre as delegações norte-americana e ucraniana para definir “um quadro para um acordo de paz e um primeiro cessar-fogo”, segundo o enviado de Tump, Steve Witkoff.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenseky, anunciou na quinta-feira que também se vai deslocar à Arábia Saudita na segunda-feira para se encontrar com o príncipe herdeiro Mohammad bin Salman.
“Depois disso, a minha equipa permanecerá na Arábia Saudita para trabalhar com os nossos parceiros americanos”, acrescentou no X, garantindo que a Ucrânia quer obter uma paz rápida e duradoura para pôr fim à invasão russa.
O homólogo norte-americano, Donald Trump, também indicou que planeia visitar a Arábia Saudita, provavelmente no próximo mês e meio.