O governo de Macau anunciou que voltou a deter o terreno com 363 mil metros quadrados onde se situa o hipódromo da região chinesa, após o fim das corridas de cavalos, em março.
Num despacho publicado no Boletim Oficial, o secretário para os Transportes e Obras Públicas declara a caducidade da concessão por arrendamento do terreno à Companhia de Corridas de Cavalos de Macau, S.A.
No documento, Raimundo do Rosário sublinhou que a decisão, com efeitos retroativos a 1 de abril, foi tomada por força da rescisão do contrato com a empresa, conhecida como Macau Jockey Club (MJC).
De acordo com o despacho, todos os edifícios e construções incorporadas no terreno na ilha da Taipa revertem "livre de quaisquer ónus ou encargos" e o terreno irá integrar o domínio privado da Região Administrativa Especial de Macau.
Em 15 de janeiro, aquando do anúncio do fim das corridas de cavalos, o porta-voz do Conselho Executivo tinha dito que o Governo não iria realizar um novo concurso público e lembrou que também Singapura anunciou o fim desta atividade, após outubro deste ano.
André Cheong Weng Chon prometeu a realização de estudos para o futuro aproveitamento do terreno, mas garantiu, no entanto, que a área não será usada para a construção de mais casinos.
Após mais de 40 anos, Macau acolheu a 30 de março a última corrida de cavalos, após a MJC, que tinha vindo a acumular prejuízos desde 2002, ter pedido a rescisão da concessão por "dificuldades de exploração".
A concessão tinha sido prorrogada por mais 24 anos no final de 2018, dando o monopólio das corridas de cavalos até agosto de 2042 à empresa, que se tinha comprometido a fazer investimentos até 3,4 mil milhões de patacas (385,5 milhões de patacas).
A MJC tinha anunciado planos para avançar, até 2026, com um projeto turístico que previa pelo menos dois hotéis, zonas verdes, áreas desportivas, restaurantes, lojas, um museu e uma escola de equitação.