Marcelo sobre morte de Prigozhin: "Quem já não existia politicamente não existia politicamente"
“Depois, o resto estava decidido muito antes disto. Qualquer que fosse o epílogo dessa história, quem já não existia politicamente não existia politicamente”, declarou o presidente aos jornalistas.
O presidente português falou à saída da Ucrânia e avançou que, na viagem de regresso, vai começar a preparar o discurso para a cimeira da CPLP, que irá incluir questões ucranianas.
Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda que só leva boas memórias da Ucrânia, a começar pela “gentileza do povo, a categoria dos governantes, tudo, até o tempo físico extraordinário”.
“Foi uma surpresa. Eu não esperava encontrar esta sociedade aberta, desconfinada, no grau em que encontrei. Verdadeiramente foi uma surpresa. Em Lisboa ainda se discutia sobre o colete (…), as medidas de segurança”, declarou.
O chefe de Estado garantiu ainda que “nunca” se sentiu em perigo durante esta visita de dois dias.
Marcelo Rebelo de Sousa condecorou Zelensky em cerimónia privada
O Presidente da República Portuguesa condecorou esta tarde o homólogo da Ucrânia com o Grande-Colar da Ordem da Liberdade em cerimónia privada.
O chefe de Estado indicou que a cerimónia realizou-se "de maneira discreta" que caracteriza Volodymyr Zelensky.
Marcelo Rebelo de Sousa anunciou em fevereiro deste ano que iria condecorar Zelensky com o Grande-Colar da Ordem da Liberdade e que tinha intenção de o fazer em Kiev.
"Atingiu todos os objetivos pretendidos". Marcelo termina visita a Kiev
Sergey Dolzhenko - Reuters
“O presente foi, em primeiro lugar, o estarmos dois dias. Não é vulgar. A maior parte de chefes de Estado ou chefes de Governo vieram à cimeira um dia (…). Foi intencional da parte da delegação portuguesa o ficar para compreender o pulsar da normalização da vida” no país, explicou Marcelo Rebelo de Sousa.
Já na parte final da visita, o presidente disse ter verificado “aquilo que não era possível ainda há uns meses, que é andarmos sem coletes”. “Andam os ucranianos e andámos nós sem coletes, embora todos respeitando os alarmes. Ainda há bocadinho tivemos os alarmes”, afirmou aos jornalistas.
O futuro é, para o presidente, a celebração do Dia da Independência, “já virado para a reconstrução”, assim como o dia de hoje, em que se falou, em várias reuniões, na recuperação económica, política, diplomática e militar “tudo isso já com um clima de esperança no futuro”.
Adesão à UE e NATO: “Sim, a Ucrânia tem direito”
Questionado sobre dúvidas quanto ao apoio de Portugal à adesão da Ucrânia à NATO, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que o primeiro-ministro e o presidente da Assembleia da República têm sido “muito claros”.
“A posição portuguesa é uma posição de princípio: sim, a Ucrânia tem direito a integrar-se nessa família política europeia que se chama União Europeia e a querer uma aproximação primeiro e depois uma inserção na NATO”, declarou.
“Só que nós sempre dissemos isto: isso implica trabalho de preparação, ao passo que outros terão dito ou dado a entender ‘está feito’ (…) e isso sim podia depois ser uma grande desilusão”.
Zelensky “muito esperançado”
O presidente português não avançou datas para uma eventual visita de Volodymyr Zelensky a Portugal, mas disse ter esperança “de o ver mais rapidamente do que pensava”.
“Agora, os termos em que isso ocorrerá, esperarão um tempinho para ver”, acrescentou.
Zelensky deixou ainda uma mensagem ao chefe de Estado quanto à cimeira da CPLP, dizendo estar “muito desejoso de utilizar todos os encontros para poder ter mais contactos ainda” e considerando que “o mundo fala português”.
Admitindo dificuldade em escolher um momento da visita à Ucrânia que destacasse, Marcelo Rebelo de Sousa referiu o momento em que, “perante o painel do [artista] Banksy, se encontrou por mero acaso uma moradora ali ao lado, muito velhinha”.
“E foi, de repente, ver o passado, o presente e o futuro juntos – o passado, a história dela ali (…), o presente, o que ela vive na esperança de ter futuro”, afirmou.
Zelensky agradece a Portugal
I welcomed President of Portugal Marcelo Rebelo de Sousa in Kyiv.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) August 24, 2023
Grateful to Portugal for its support, including the training of our pilots and engineers on F-16s.
We also discussed the Peace Formula and initiatives to hold Ukraine-Africa and Ukraine-Latin America summits. pic.twitter.com/B6sbmewpY2
Segundo e último dia de Marcelo em Kiev
Russos levam flores à sede do grupo Wagner após notícia da morte de Prigozhin
Simpatizantes do grupo também acenderam velas e colocaram-nas numa espécie de memorial improvisado a Prigozhin, líder dos mercenários Wagner.
Imagens publicadas nas redes sociais mostram um homem com fardamento da Wagner em lágrimas após depositar flores em Novosibirsk, na Sibéria, onde o grupo abriu um escritório em março passado.
O jato privado no qual viajaria o chefe do grupo Wagner, despenhou-se na quarta-feira na região de Tver, ao norte de Moscovo, quando se dirigia da capital russa para São Petersburgo.
Na queda, cujas causas ainda são desconhecidas, morreram os dez ocupantes da aeronave.
Na quarta-feira, a Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia (Rosaviatsiya) indicou que Prigozhin era um dos passageiros do jato privado que se despenhou ao norte de Moscovo, matando todos os ocupantes.
Segundo a mesma fonte, estava também entre os passageiros Dmitry Utkin, um dos fundadores do grupo Wagner e ex-oficial das forças especiais russas.
Vários países europeus e os Estados Unidos têm suspeitas sobre a responsabilidade do Kremlin na presumível morte de Yevgeny Prigozhin.
Na quarta-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já tinha dito que "poucas coisas acontecem na Rússia sem que Putin tenha algo a ver com isso".
Na Ucrânia, os serviços de informações do Ministério da Defesa mostraram-se convictos de que o Kremlin está por detrás da queda do avião que transportava Prigozhin.
O diretor de serviços de informações do Ministério da Defesa ucranianos, Andri Yusov, declarou que, embora a informação de que Prigozhin viajava naquele avião ainda precise de ser confirmada, o cenário mais provável é que ele fosse um dos passageiros.
Prigozhin, fundador do grupo Wagner e antigo membro do círculo de Putin
Países europeus acreditam em culpa do Kremlin na morte de Prigozhin
"Não é coincidência que o mundo inteiro esteja agora a olhar para o Kremlin quando um ex-assessor de Putin caiu literalmente em desgraça, repentinamente do céu, dois meses depois de tentar uma rebelião", disse Baerbock.
Na quarta-feira, o Presidente dos EUA, Joe Biden, já tinha dito que "poucas coisas acontecem na Rússia sem que Putin tenha algo a ver com isso".
"Conhecemos este padrão na Rússia de Putin. As mortes e suicídios duvidosos, as defenestrações. Tudo casos por resolver e que apontam para um sistema de poder ditatorial", acrescentou a ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha.
Entre os países europeus domina a cautela nas reações à queda do avião, na quarta-feira, que terá provocado a morte de Prigozhin.
O porta-voz do Governo francês, Olivier Verán, admitiu que existem "dúvidas razoáveis" sobre o sucedido, dados os laços mantidos durante anos entre Prigozhin e o Presidente russo, Vladimir Putin.
No Reino Unido, fontes da Defesa consultadas pela rádio pública BBC identificam a agência russa de segurança, FSB, como principal suspeita da morte de Prigozhin, que viajava com outras nove pessoas, incluindo o `estado maior` do grupo de mercenários, no desastre de que não houve sobreviventes, segundo as autoridades russas.
Na Ucrânia, os serviços de informações do Ministério da Defesa mostraram-se convictos de que o Kremlin está por detrás da queda do avião que transportava Prigozhin.
"Apenas a propaganda russa pode assumir a probabilidade de que neste caso possa ter acontecido algum acidente fortuito. É claro que se trata de um ato terrorista deliberado", defendeu o diretor de serviços Andri Yusov, numa entrevista televisiva.
Yusov acrescentou que, embora a informação de que Prigozhin viajava naquele avião ainda precise de ser confirmada, o cenário mais provável é que ele fosse um dos passageiros.
Na quarta-feira, a Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia (Rosaviatsiya) indicou que Prigozhin era um dos passageiros do jato privado que se despenhou a norte de Moscovo, matando todos os ocupantes.
Segundo a mesma fonte, estava também entre os passageiros Dmitry Utkin, um dos fundadores do grupo Wagner e ex-oficial das forças especiais russas.
Zelensky confirma operação na Crimeia mas pede prudência sobre reconquista do território
Contudo, Volodymyr Zelensky disse que "ainda é cedo para falar da recuperação da Crimeia", apesar de estar em curso uma "operação especial".
Ucrânia reivindicou ter hasteado a bandeira nacional na Crimeia no Dia da Independência, assinalado hoje, numa operação-relâmpago de comandos que desembarcaram durante a noite na península ucraniana anexada pela Rússia em 2014.
"O inimigo sofreu baixas entre os seus homens e equipamento [militar] foi destruído. E a bandeira nacional voltou a ser hasteada na Crimeia ucraniana", afirmaram os serviços secretos militares nas redes sociais, citados pela agência francesa AFP.
Os serviços secretos não especificaram a missão das forças especiais, mas disseram que desembarcaram perto das aldeias de Olenivka e Maiak, no oeste da península, antes de partirem novamente.
"Todos os objetivos e tarefas foram cumpridos. No final da operação especial, os defensores ucranianos deixaram a área sem baixas", disse a mesma fonte.
Os serviços militares ucranianos reivindicaram na quarta-feira a responsabilidade pela destruição de um sistema de mísseis terra-ar na mesma zona da Crimeia.
Kiev prometeu libertar todo o território da Ucrânia ocupado pela Rússia desde a invasão de 24 de fevereiro de 2022, bem como a Crimeia anexada em 2014.
A operação e a menção de uma bandeira ucraniana hasteada na península é tanto mais simbólica quanto ocorre no Dia da Independência e no dia seguinte ao Dia da Bandeira Ucraniana.
As informações divulgadas pela Ucrânia e pela Rússia sobre o curso da guerra não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.
Zelensky nega envolvimento da Ucrânia na morte de Prigozhin
Autoridade de aviação russa confirma a morte de Evgeny Prigozhin
Marcelo vincou o objetivo durante a conferência de imprensa conjunta com Zelensky
"Portugal também tem sido claro ao dizer que isso envolve duas partes: o caminho que a Ucrânia está a fazer com muito mérito de preparação para esse momento, mas também o caminho que a UE tem de fazer de preparação para esse momento", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.
O presidente quis ainda sublinhar que Portugal apoia desde o primeiro momento a adesão da Ucrânia à UE. "E espero que fique claro que quando o presidente de Portugal diz que esse é o objetivo, está dito, não há ninguém acima do presidente que possa dizer coisa diferente nessa matéria", rematou.
Zelensky agradece apoio de Portugal à Ucrânia
Volodymyr Zelensky agradeceu também a visita do chefe de Estado português aos locais destruídos pela guerra.
Os presidentes de Portugal e da Ucrânia deram uma conferência de imprensa conjunta. Terminou há uma hora mas por razões de segurança só agora pôde ser transmitida.
Marcelo em ucraniano afirma que defender Ucrânia é proteger Europa
Foto: António Pedro Santos - Lusa
Há fortes restrições e medidas de segurança implementadas na capital ucraniana e noutros pontos do país devido à possibilidade de ataques.
Presumível morte de Prigozhin é uma "coisa boa", diz Zelensky
"Claro que é uma coisa boa para a Ucrânia. Não temos nada a ver com isso, sabemos quem foi", disse Volodymyr Zelensky, na primeira reação à presumível morte de Yevgeny Prigozhin, em conferência de imprensa conjunta com homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio Presidencial, em Kiev.
E no humor a que por vezes recorre, reminiscência do passado como comediante, brincou com o assunto: "Quando eu pedi apoio aéreo aos parceiros não era isto que tinha pensado."
Na quarta-feira, a Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia (Rosaviatsiya) indicou que Yevgeny Prigozhin, líder do grupo mercenário russo Wagner, era um dos passageiros do jato privado que se despenhou a norte de Moscovo, matando todos os ocupantes.
Segundo a mesma fonte, estava também entre os passageiros Dmitry Utkin, um dos fundadores do grupo Wagner e ex-oficial das forças especiais russas.
RTP na Rússia. Flores na sede do grupo Wagner em São Petersburgo
Quanto às celebrações, em Kiev, do Dia da Independência da Ucrânia, "não há referências favoráveis".
Entrevista a Pavlo Sadokha. "Ucranianos honrados pelo presidente Marcelo"
Questionado sobre o nível de apoio de Portugal à Ucrânia, após a invasão russa, Pavlo Sadokha disse que o país, não figurando entre as maiores economias mundiais, "deu o seu melhor".
Quanto à morte do patrão do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, Sadokha afirmou que "um terrorista matou outro terrorista", referindo-se ao presidente russo, Vladimir Putin. Mas lamentou que o oligarca não tenha sido julgado por crimes de guerra.
Marcelo Rebelo de Sousa em cerimónia de imposição de medalhas a soldados
Zelensky agradece acolhimento de ucranianos em Portugal
Foto: António Pedro Santos - Lusa
"Nunca mais a vamos deixar [a independência] escorregar das nossas mãos. A Ucrânia conseguiu uma independência permanente e ininterrupta", insistiu. Volodymyr Zelensky apontou ainda que "a maioria do mundo está com a Ucrânia".
Na manhã desta quinta-feira, o presidente português participou na cerimónia diante de militares ucranianos. Foi cumprido um minuto de silêncio em memória dos soldados mortos em combate.
Marcelo Rebelo de Sousa vai reunir-se ainda esta quinta-feira com Volodymyr Zelensky, que condecorou com o Grande Colar da Ordem da Liberdade.
Marcelo discursa em ucraniano. "Portugal apoiará sempre a vossa independência"
"Parabéns, Ucrânia. Portugal está e estará sempre com a vossa independência", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, diante de militares ucranianos.
"Sem a vossa legítima defesa não haverá paz e segurança na Europa", prosseguiu o presidente, para reiterar que o futuro do país invadido pela Rússia será "na União Europeia e na NATO".
Deixando "um abraço para todo o corajoso e indomável povo ucraniano", Marcelo desejou "longa vida à independência da Ucrânia" e "longa vida à fraternidade entre Portugal e a Ucrânia".
Yevgeny Prigozhin. O que se sabe sobre a morte do patrão do grupo Wagner?
Na lista de passageiros estava Yevgeny Prigozhin e Dmitry Utkin, um dos fundadores do grupo Wagner.
A morte do líder do grupo de mercenários russo foi confirmada poucas horas após a queda do avião por um canal na plataforma Telegram ligado ao grupo Wagner. A Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia (Rosaviatsiya) também indicou que Prigozhin era um dos passageiros do jato privado que se despenhou. As causas do acidente ainda não são conhecidas e a Rosaviatsiya já anunciou a abertura de uma investigação à queda.
O acidente ocorreu exatamente dois meses depois do motim de Prigozhin e do grupo Wagner contra a liderança militar da Rússia, o que está a originar teorias sobre se a queda do avião não terá sido um ato de vingança por parte de Vladimir Putin.
Prigozhin e as tropas do Wagner marcharam, a 23 de junho, em direção a Moscovo. Mas o motim acabou por ser suspenso menos de 24 horas depois, uma vez que foi alcançado um acordo com a vizinha Bielorrússia. A rebelião foi o maior desafio ao governo de Putin desde que este subiu ao poder, há 23 anos.
Acidente foi “uma aviso às elites russas”
As autoridades ucranianas interpretaram o acidente como um “aviso às elites russas”. “Foi um sinal de Putin às elites da Rússia antes das eleições de 2024. 'Cuidado! Deslealdade é igual a morte'”, disse o assessor presidencial ucraniano, Mykhaylo Podolyak.
O presidente dos Estados Unidos também sugeriu o envolvimento de Putin na morte de Prigozhin.
“Não sei ao certo o que aconteceu, mas não estou surpreso”, disse Joe Biden na quarta-feira. “Não acontece muita coisa na Rússia sem que Putin seja responsável por isso. Mas não sei o suficiente para saber a resposta”, asseverou, depois de ser questionado pelos jornalistas se acredita que Putin é responsável pelo acidente.
O diretor da CIA, Bill Burns, e o secretário de Estado, Antony Blinken, fizeram comentários semelhantes, mencionando o historial de vingança de Putin e a frequência com que críticos ou dissidentes russos morrem em circunstâncias misteriosas.
Bill Browder, um crítico de Putin, disse estar surpreso por Prigozhin ter sobrevivido tanto tempo depois da rebelião.
Putin never forgives and never forgets. He looked like a humiliated weakling with Prighozin running around without a care in the world. This will cement his authority and is standard Putin operating procedure https://t.co/NiOlrpIr9T
— Bill Browder (@Billbrowder) August 23, 2023
O Kremlin ainda não quebrou o silêncio em relação à morte de Prigozhin. O próprio Putin não fez menção ao acidente durante um discurso em Moscovo, na quarta-feira, para assinalar o 80º aniversário da vitória na Batalha de Kursk durante a Segunda Guerra Mundial.
Presidente da República já está a participar nas celebrações do Dia da Independência
Marcelo Rebelo de Sousa marca presença na imposição de medalhas a soldados ucranianos.
Zelensky afirma que "povo livre" celebra 32 anos de independência da Ucrânia
"O grande povo da grande Ucrânia está hoje a celebrar um grande dia: o Dia da Independência! A celebração de um povo livre. A festa do povo forte. A festa do povo digno. A festa do povo igual", declarou Volodymyr Zelensky em comunicado de imprensa, para assinalar os 32 anos da independência do país.
Zelensky quis deixar uma note de agradecimento a soldados, famílias, professores, médicos, enfermeiras e a todos aqueles que trabalham para "defender a Ucrânia".A independência da Ucrânia foi proclamada no Parlamento de Kiev a 24 de agosto de 1991, escassos dias depois de uma tentativa de golpe de Estado na Rússia, a 19 de agosto de 1991.
A Polónia e o Canadá foram os primeiros países a reconhecerem a independência da Ucrânia, a 2 de dezembro de 1991. O então presidente russo, Boris Yeltsin, teria o mesmo gesto, mais tarde, nesse mesmo dia.
As celebrações do 32.º aniversário da independência ucraniana decorrem, tal como em 2022, sem parada ou aglomerações nas ruas, tendo em conta o risco de bombardeamentos russos.
Vários chefes de Estado e representantes de países que apoiam a Ucrânia, entre os quais o presidente da República,Marcelo Rebelo de Sousa, marcam presença nas comemorações.c/ agências
Marcelo ouviu Zelensky em conferência de imprensa
Foto: António Pedro Santos - Lusa
Esta quinta-feira realizam-se as celebrações da independência da Ucrânia, como conta o enviado especial Joaquim Reis.
Encontro com Zelensky ao segundo dia em Kiev
No primeiro dia da visita, Marcelo percorreu localidades dos arredores da capital ucraniana que enfrentaram a ocupação russa, nos primeirs capítulos da invasão, há um ano e meio. O chefe de Estado afirmou que a Ucrânia é agora um país diferente face a maio do ano passado, quando o primeiro-ministro, António Costa, o visitou. Contudo, Marcelo apontou as "cicatrizes" da guerra no terreno.Marcelo Rebelo de Sousa entrou ontem numa trincheira em Moshchun.
Marcelo Rebelo de Sousa ouviu as sirenes em Kiev. Estava com Zelensky quando o alarme soou na cidade a alertar para o lançamento de mísseis russos.
Por razões de segurança, a Presidência da República não destapou pormenores sobre a agenda o segundo dia da visita à Ucrânia.
32 anos da independência ucraniana
A Ucrânia comemora esta quinta-feira o Dia da Independência, selada há 32 anos no contexto do colapso da União Soviética. A data assinala também 18 meses da invasão russa.Em Lisboa, está prevista uma concentração ao final da tarde, seguida de um desfile com uma bandeira de 30 metros no Parque Eduardo VII.
As celebrações decorrem, como em 2022, sem parada ou aglomerações nas ruas, dado o risco de bombardeamentos russos.
Vários chefes de Estado e representantes de países que apoiam a Ucrânia, entre os quais Marcelo Rebelo de Sousa, estão presentes nestas comemorações.
Morte de Prigozhin
O dia de quarta-feira ficou marcado pela notícia da morte do patrão do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin. O líder dos mercenários russos que em junho desafiou o regime de Vladimir Putin morreu na queda do avião em que viajava, a norte de Moscovo. O aparelho transportava outras nove pessoas.
O braço direito de Prigozhin também seguia a bordo.
Confrontado com a notícia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, admitiu não estar surpreendido.