Marcelo promete voltar à África do Sul antes do fim do mandato

por Lusa

Presidente da República prometeu hoje, perante centenas de emigrantes portugueses em Joanesburgo, voltar mais uma vez à África do Sul antes do fim do seu mandato, que termina em março de 2026.

Marcelo Rebelo de Sousa falava num almoço-convívio na União Cultural Desportiva e Recreativa de Joanesburgo, em que também discursou o primeiro-ministro, António Costa, inserido nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Na sua intervenção, o chefe de Estado transmitiu aos portugueses e lusodescendentes que o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, com quem se reuniu na terça-feira, lhe manifestou preocupação com a segurança e lhe comunicou que "vai encontrar-se com os representantes das comunidades portuguesas" na África do Sul.

Pela sua parte, Marcelo Rebelo de Sousa fez saber que, antes de regressar a Portugal, na quinta-feira, irá encontrar-se com cinco famílias de portugueses que foram vítimas de crimes.

"Essa é uma preocupação do Presidente da África do Sul, e é bom que isso fique claro, porque nós agradecemos à África do Sul por receber as nossas comunidades aqui, mas também eles agradecem e devem agradecer muito aquilo que nós temos feito pela África do Sul, cá, portugueses, muito, muito", considerou.

Nesta ocasião, o Presidente da República reiterou a mensagem de que os portugueses querem ficar na África do Sul: "Nós viemos para aqui, estamos felizes aqui, estamos gratos aqui, e estamos para ficar".

"E eu prometo até ao final do meu mandato ainda voltar mais uma vez à África do Sul e a Joanesburgo, e quero vê-los a todos e a todas", acrescentou.

No pavilhão da União Cultural Desportiva e Recreativa de Joanesburgo havia vários cartazes de associações locais representadas neste encontro, num dos quais se lia "poucos e bons". O chefe de Estado contrapôs: "Somos muitos e bons".

"O primeiro-ministro e eu depois vamos visitar todos estes grupos e todas estas casas, e não vai ficar ninguém sem uma `selfie`, do primeiro-ministro e minha. Nós dividimo-nos: ele começa pela esquerda, que é natural, eu começo pela direita, depois eu volto pela esquerda, ele volta pela direita", declarou.

Marcelo Rebelo de Sousa realçou que estavam neste encontro, além do primeiro-ministro e do Presidente da República, dois ministros, dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, o presidente do Governo Regional da Madeira, deputados de PS, PSD, Chega, Iniciativa Liberal e PCP, chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, chefe do Estado-Maior da Armada, presidentes da Comunidade Intermunicipal do Douro e da Câmara Municipal do Peso da Régua.

No fim do seu discurso, o chefe de Estado condecorou Elias de Sousa, que foi cônsul honorário em Durban, e a Academia do Bacalhau de Joanesburgo.

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