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Massacre no Texas. Atirador circulou livremente na escola
A demora da polícia norte-americana a entrar na escola primária de Uvalde, no Estado do Texas, está a ser alvo de críticas. Salvador Ramos entrou facilmente no estabelecimento escolar e não foi abordado por nenhuma autoridade policial.
Após dias de relatos pouco claros e contraditórios da polícia, um agente do Texas disse que, ao contrário do que havia sido relatado anteriormente, um polícia armado do distrito escolar não avistou ou trocou tiros com o agressor.
Victor Escalon, guarda e porta-voz do Departamento de Segurança Pública do Texas, revelou que não há confirmação que as portas da escola estavam trancadas.
Segundo a BBC, várias testemunhas afirmaram que as autoridades policiais estavam hesitantes em confrontar o jovem de 18 anos.
O motivo do massacre - o mais mortal tiroteio numa escola do país desde o que ocorreu em Newtown, Connecticut, há uma década - permanece sob investigação, com as autoridades a afirmar que Ramos não tinha um histórico criminal ou de saúde mental conhecido.
As forças policiais terão chegado à escola quatro minutos depois de Salvador Ramos.
O atirador chegou à escola às 11h40 e foi abatido pela polícia às 12h45, depois da chegada das equipas táticas da Patrulha de Fronteira norte-americana.
Os investigadores concluíram que o funcionário da escola não estava posicionado de forma a confrontar o atirador antes de entrar no recinto.
Esta situação desvia-se do que se tornou padrão policial após o massacre de Columbine High School em 1999, que defende que as primeiras autoridades a chegar ao local devem fazer tudo o que puderem e o mais rápido possível, para impedir um ataque, sem esperar por reforços.
De acordo com o protocolo dos Distritos Escolares do Texas, os estabelecimentos escolares são obrigados a ter pessoal para “patrulhar as entradas, estacionamentos e o perímetro”. Os professores são aconselhados a manter as portas das salas de aulas sempre trancadas. Joaquin Castro, congressista do Texas, escreveu ao diretor do FBI para pedir uma investigação da resposta das forças policiais ao ataque, à medida que este se desenrolava. Os apelos dos familiares
Javier Cazares, cuja filha foi morta no ataque, disse que correu para a escola enquanto o massacre acontecia.
Quando chegou ao local, viu dois polícias do lado de fora da escola e cerca de cinco outros escoltando os alunos para fora do edifício. Mas decorreram 15 ou 20 minutos antes da chegada de polícias com escudos, equipados para enfrentar o atirador, acrescentou Cazares.
À medida que mais pais se aglomeravam na escola, ele e outros pressionaram a polícia a agir. Cazares ouviu cerca de quatro tiros antes de os pais serem mandados de volta para um estacionamento.
“Muitos de nós discutimos com a polícia: 'Vocês todos precisam de entrar lá. Precisam de fazer os vossos trabalhos. A resposta deles foi: 'Não podemos fazer o nosso trabalho porque vocês estão a interferir'”, relatou Cazares.
Victor Escalon, guarda e porta-voz do Departamento de Segurança Pública do Texas, revelou que não há confirmação que as portas da escola estavam trancadas.
Segundo a BBC, várias testemunhas afirmaram que as autoridades policiais estavam hesitantes em confrontar o jovem de 18 anos.
O motivo do massacre - o mais mortal tiroteio numa escola do país desde o que ocorreu em Newtown, Connecticut, há uma década - permanece sob investigação, com as autoridades a afirmar que Ramos não tinha um histórico criminal ou de saúde mental conhecido.
As forças policiais terão chegado à escola quatro minutos depois de Salvador Ramos.
O atirador chegou à escola às 11h40 e foi abatido pela polícia às 12h45, depois da chegada das equipas táticas da Patrulha de Fronteira norte-americana.
Segundo Escolan, “eles não entraram imediatamente devido aos tiros que estavam a receber”. Os agentes estavam fora da escola a chamar reforços e “também a retirar estudantes e professores”.O atirador matou 19 crianças e dois professores na terça-feira.
“Uma hora mais tarde chegaram as equipas táticas de Patrulha de Fronteira que entraram e dispararam sobre o suspeito”, acrescentou.
Esta situação desvia-se do que se tornou padrão policial após o massacre de Columbine High School em 1999, que defende que as primeiras autoridades a chegar ao local devem fazer tudo o que puderem e o mais rápido possível, para impedir um ataque, sem esperar por reforços.
De acordo com o protocolo dos Distritos Escolares do Texas, os estabelecimentos escolares são obrigados a ter pessoal para “patrulhar as entradas, estacionamentos e o perímetro”. Os professores são aconselhados a manter as portas das salas de aulas sempre trancadas. Joaquin Castro, congressista do Texas, escreveu ao diretor do FBI para pedir uma investigação da resposta das forças policiais ao ataque, à medida que este se desenrolava. Os apelos dos familiares
Javier Cazares, cuja filha foi morta no ataque, disse que correu para a escola enquanto o massacre acontecia.
Quando chegou ao local, viu dois polícias do lado de fora da escola e cerca de cinco outros escoltando os alunos para fora do edifício. Mas decorreram 15 ou 20 minutos antes da chegada de polícias com escudos, equipados para enfrentar o atirador, acrescentou Cazares.
À medida que mais pais se aglomeravam na escola, ele e outros pressionaram a polícia a agir. Cazares ouviu cerca de quatro tiros antes de os pais serem mandados de volta para um estacionamento.
“Muitos de nós discutimos com a polícia: 'Vocês todos precisam de entrar lá. Precisam de fazer os vossos trabalhos. A resposta deles foi: 'Não podemos fazer o nosso trabalho porque vocês estão a interferir'”, relatou Cazares.
Na quinta-feira, em todo o país estudantes protestaram contra a violência com armas de fogo nas escolas dos EUA.
c/ agências