Mundo
Mau tempo fustiga cidades francesas e alemãs
O centro da Europa está a ser fortemente afetado pelo mau tempo. Em França, várias cidades ficaram inundadas e os bombeiros foram chamados a intervir mais de dez mil vezes desde domingo. Uma mulher foi encontrada sem vida. Na Alemanha, o mau tempo provocou sete mortos.
O soldado do mítico Pont de l’Alma tem novamente os pés mergulhados no Sena. Para muitos tratar-se-á de uma mera estátua junto à ponte que a morte da princesa Diana levou para as bocas do mundo.
Para a tradição parisiense, é um medidor de precipitação e de que o rio vai cheio. Assim é esta semana.

Charles Platiau - Reuters
Por enquanto, a água fica-se pelos pés, mas há já ruas cortadas, a navegação no rio Sena está interrompida e registam-se perturbações nos transportes públicos – já por si afetados pelas paralisações contra a reforma laboral.
A capital está em alerta amarelo, os olhos postos no soldado. Mas os casos mais preocupantes estão fora dos limites da capital francesa.
O departamento de Seine-et-Marne, na periferia de Paris, está sob alerta vermelho e a cidade de Nemours encontra-se debaixo de água. O diário Le Monde refere que três mil pessoas tiveram de ser evacuadas para centros de acolhimento, com o coração da localidade inundado pelas águas transbordantes do Loing, um dos afluentes do Sena.
Em Nemours, o nível das águas ultrapassou os 4,25 metros que tinham sido atingidos em 1910, a chamada inundação centenária de Paris e usada como termo de comparação. A água divide a cidade em duas.
“O centro está inteiramente debaixo de água, todos os estabelecimentos comerciais estão destruídos”, afirma a autarca local, Valérie Lacroute.
Mês e meio de chuva em três dias
Um pouco a sul de Nemours, em Souppes-sur-Loing, uma mulher de 86 anos foi encontrada já sem vida numa casa inundada. No entanto, as autoridades admitem que a morte possa não estar diretamente associada ao mau tempo. Uma investigação judicial foi já aberta.
No departamento de Loiret, onde o alerta vermelho passou a laranja a meio da manhã de quinta-feira, caiu em três dias o equivalente a mês e meio de precipitação.
O castelo de Chambord, visitado anualmente por milhares de turistas, encontra-se cercado pelas águas, como se de uma ilha se tratasse.
Na autoestrada A10, principal via rodoviária entre Paris e Bordéus, 650 automobilistas ficaram bloqueados devido às inundações. Cerca de 200 foram resgatados com recurso a camiões do exército e levados para um centro de acolhimento em Orleães.
Sete mortos na Alemanha
Por terras germânicas, o cenário não é melhor. Três pessoas perderam a vida, tendo sido encontradas numa casa inundada de Simbach am Inn, na Baviera.
O corpo de outra pessoa foi ainda encontrado na cidade vizinha de Julbach. No início da semana, três outras pessoas morreram devido ao mau tempo no Estado de Baden-Wuerttemberg, no sudoeste da Alemanha. Ao todo, o mau tempo dos últimos dias provocou já sete mortos por terras germânicas.
Os meteorologistas preveem que a chuva continue a cair esta quinta-feira. Durante a tarde de quarta-feira, dois distritos do sul da Baviera viram ser acionado o estado de calamidade perante a subida das águas.
Estradas e pontes foram cortadas e alguns habitantes tiveram mesmo de procurar refúgio nos tetos. Milhares de famílias passaram a noite sem eletricidade.
Roland Garros afetado
O mau tempo no centro da Europa tem ainda perturbado o torneio de Roland Garros, em Paris. Os jogos do único grande torneio de ténis a não estar preparado para situações de chuva têm sido sucessivamente adiados ou suspensos. Quando se realizam, as condições não são as propícias, o que tem motivado críticas dos desportistas.
Pela capital francesa, o mau tempo deverá prosseguir durante os próximos dias. Espera-se que o caudal do Sena continue a subir, devendo ultrapassar os cinco metros durante o fim de semana.
Mesmo assim, deverá ficar longe dos 8,62 metros atingidos em 1910, quando a água do Sena chegou aos ombros do soldado do Pont de L’Alma.
Para a tradição parisiense, é um medidor de precipitação e de que o rio vai cheio. Assim é esta semana.
Charles Platiau - Reuters
Por enquanto, a água fica-se pelos pés, mas há já ruas cortadas, a navegação no rio Sena está interrompida e registam-se perturbações nos transportes públicos – já por si afetados pelas paralisações contra a reforma laboral.
A capital está em alerta amarelo, os olhos postos no soldado. Mas os casos mais preocupantes estão fora dos limites da capital francesa.
O departamento de Seine-et-Marne, na periferia de Paris, está sob alerta vermelho e a cidade de Nemours encontra-se debaixo de água. O diário Le Monde refere que três mil pessoas tiveram de ser evacuadas para centros de acolhimento, com o coração da localidade inundado pelas águas transbordantes do Loing, um dos afluentes do Sena.
Em Nemours, o nível das águas ultrapassou os 4,25 metros que tinham sido atingidos em 1910, a chamada inundação centenária de Paris e usada como termo de comparação. A água divide a cidade em duas.
“O centro está inteiramente debaixo de água, todos os estabelecimentos comerciais estão destruídos”, afirma a autarca local, Valérie Lacroute.
Mês e meio de chuva em três dias
Um pouco a sul de Nemours, em Souppes-sur-Loing, uma mulher de 86 anos foi encontrada já sem vida numa casa inundada. No entanto, as autoridades admitem que a morte possa não estar diretamente associada ao mau tempo. Uma investigação judicial foi já aberta.
No departamento de Loiret, onde o alerta vermelho passou a laranja a meio da manhã de quinta-feira, caiu em três dias o equivalente a mês e meio de precipitação.
O castelo de Chambord, visitado anualmente por milhares de turistas, encontra-se cercado pelas águas, como se de uma ilha se tratasse.
Le château de Chambord... les pieds dans l'eau https://t.co/b9sSX1ctKR pic.twitter.com/MSLToPT4Po
— Europe 1 (@Europe1) 1 de junho de 2016
Na autoestrada A10, principal via rodoviária entre Paris e Bordéus, 650 automobilistas ficaram bloqueados devido às inundações. Cerca de 200 foram resgatados com recurso a camiões do exército e levados para um centro de acolhimento em Orleães.
Sete mortos na Alemanha
Por terras germânicas, o cenário não é melhor. Três pessoas perderam a vida, tendo sido encontradas numa casa inundada de Simbach am Inn, na Baviera.
O corpo de outra pessoa foi ainda encontrado na cidade vizinha de Julbach. No início da semana, três outras pessoas morreram devido ao mau tempo no Estado de Baden-Wuerttemberg, no sudoeste da Alemanha. Ao todo, o mau tempo dos últimos dias provocou já sete mortos por terras germânicas.
Os meteorologistas preveem que a chuva continue a cair esta quinta-feira. Durante a tarde de quarta-feira, dois distritos do sul da Baviera viram ser acionado o estado de calamidade perante a subida das águas.
Estradas e pontes foram cortadas e alguns habitantes tiveram mesmo de procurar refúgio nos tetos. Milhares de famílias passaram a noite sem eletricidade.
Roland Garros afetado
O mau tempo no centro da Europa tem ainda perturbado o torneio de Roland Garros, em Paris. Os jogos do único grande torneio de ténis a não estar preparado para situações de chuva têm sido sucessivamente adiados ou suspensos. Quando se realizam, as condições não são as propícias, o que tem motivado críticas dos desportistas.
Pela capital francesa, o mau tempo deverá prosseguir durante os próximos dias. Espera-se que o caudal do Sena continue a subir, devendo ultrapassar os cinco metros durante o fim de semana.
Mesmo assim, deverá ficar longe dos 8,62 metros atingidos em 1910, quando a água do Sena chegou aos ombros do soldado do Pont de L’Alma.