Membros de Gangue admitem massacre em Iguala, no México

Membros de um gangue mexicano admitiram ter executado um grande número de pessoas que poderão ser os 43 estudantes desaparecidos em finais de setembro.

RTP /
Os 43 estudantes da Faculdade de Professores de Ayotzinapa em Tixtla, estão desaparecidos desde 26 de setembro de 2014 Daniel Becerril/Reuters

O procurador-geral do México revelou que membros do gangue, recém-detidos, admitiram ter executado um grande grupo.

De acordo com os suspeitos as vítimas foram executadas após lhes terem sido entregues por agentes da polícia ligados aos grupo criminoso Guerreros Unidos, entre as cidades de Iguala e de Coucula, no Estado de Guerrero.

Jesus Murillo Karam revelou ainda que três dos membros do gangue reconheceram ter depois lançado fogo aos corpos empilhados numa lixeira perto de Iguala, alguns dos quais estavam ainda vivos.

Os restos carbonizados dos cadáveres foram colocados em sacos de plástico e depois lançados numa ribeira próxima, acrescentou Karam.

Um ex-Presidente da Câmara de Iguala, Jose Luis Abarca e a mulher, Maria de los Angeles Pineda, considerados os responsáveis pelo rapto dos estudantes, assim como dezenas de polícias, foram igualmente detidos em relação com este caso que chocou o México.

Os 43 estudantes desapareceram a 26 de setembro depois de confrontos com a polícia e teme-se que tenham sido massacrados.

O Governo mexicano ainda aguarda pela confirmação do ADN por parte de equipas forenses argentinas para determinar a identidade dos corpos entretanto encontrados.
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