"Mentalidade de agente imobiliário". Trump insiste em tomar Gaza, Hamas aponta ignorância
Donald Trump voltou a insistir na ideia de retirar os palestinianos da Faixa de Gaza e tomar a região. No domingo, disse estar "comprometido em comprar e possuir" o território, embora tenha convidado outros países a reconstruir o enclave. Um responsável do Hamas comentou, esta segunda-feira, que o plano do presidente norte-americano para a Faixa de Gaza está "condenado".
"Quanto à reconstrução [da Faixa de Gaza], podemos dá-la a outros Estados do Médio Oriente para construírem partes", disse no domingo Trump, no interior do avião presidencial.
"Outras pessoas podem fazê-lo sob os nossos auspícios, mas estamos empenhados em possuí-la, tomá-la e garantir que o Hamas não a reocupa". Declarações entretanto condenadas pelo movimento radical palestiniano.
"Condenamos as declarações de Trump sobre comprar e possuir Gaza, que refletem uma profunda ignorância sobre a Palestina e a região. Gaza não é uma propriedade que possa ser comprada e vendida, é parte integrante da nossa terra palestiniana ocupada", disse Izat al-Rishq, um dirigente da ala política do Hamas.
Em comunicado, Al-Rishq salientou que a Faixa de Gaza "pertence ao seu povo e não o abandonará", sendo a a única forma de os palestinianos abandonarem voluntariamente o enclave é se puderem regressar às casas nas cidades e vilas que Israel ocupou em 1948.
"Tratar a questão palestiniana com a mentalidade de um agente imobiliário é uma receita para o fracasso, e o nosso povo vai frustrar todos os planos de deslocação e deportação", acrescentou Al-Rishq.
Um outro responsável do Hamas em Gaza, Khalilal-Hayya, concordou também esta segunda-feira que os planos do Ocidente, dos Estados Unidos e do presidente do norte-americano para a Faixa de Gaza estavam "condenados".
"Nós vamos enfrentá-los assim como enfrentamos os planos anteriores a estes", disse durante uma comemoração do 46º aniversário da revolução iraniana em Teerão, citado pela Reuters.O Hamas, governante da Faixa de Gaza desde 2007, já tinha dito que o plano de Trump iria "pôr lenha na fogueira" na região.
No domingo, o presidente da Turquia afirmou que ninguém tem o poder de expulsar os habitantes da Faixa de Gaza, rejeitando o plano de Trump.
"Ninguém tem o poder de expulsar o povo de Gaza da sua terra natal eterna, que existe há milhares de anos", declarou Recep Tayyip Erdogan, numa conferência de imprensa, em reação à insistência do chefe de Estado dos EUA.
"Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental pertencem aos palestinianos", insistiu Erdogan.
Recorde-se que, na semana passada, Trump propôs expulsar mais de dois milhões de pessoas que vivem na Faixa de Gaza e transformá-la numa "Riviera do Médio Oriente", gerando protestos globais, sobretudo no mundo árabe. O presidente dos Estados Unidos anunciou a ideia numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que a saudou como "a primeira boa ideia” que ouviu sobre o que pós-guerra no enclave devastado.
"Outras pessoas podem fazê-lo sob os nossos auspícios, mas estamos empenhados em possuí-la, tomá-la e garantir que o Hamas não a reocupa". Declarações entretanto condenadas pelo movimento radical palestiniano.
"Condenamos as declarações de Trump sobre comprar e possuir Gaza, que refletem uma profunda ignorância sobre a Palestina e a região. Gaza não é uma propriedade que possa ser comprada e vendida, é parte integrante da nossa terra palestiniana ocupada", disse Izat al-Rishq, um dirigente da ala política do Hamas.
Em comunicado, Al-Rishq salientou que a Faixa de Gaza "pertence ao seu povo e não o abandonará", sendo a a única forma de os palestinianos abandonarem voluntariamente o enclave é se puderem regressar às casas nas cidades e vilas que Israel ocupou em 1948.
"Tratar a questão palestiniana com a mentalidade de um agente imobiliário é uma receita para o fracasso, e o nosso povo vai frustrar todos os planos de deslocação e deportação", acrescentou Al-Rishq.
Um outro responsável do Hamas em Gaza, Khalilal-Hayya, concordou também esta segunda-feira que os planos do Ocidente, dos Estados Unidos e do presidente do norte-americano para a Faixa de Gaza estavam "condenados".
"Nós vamos enfrentá-los assim como enfrentamos os planos anteriores a estes", disse durante uma comemoração do 46º aniversário da revolução iraniana em Teerão, citado pela Reuters.O Hamas, governante da Faixa de Gaza desde 2007, já tinha dito que o plano de Trump iria "pôr lenha na fogueira" na região.
No domingo, o presidente da Turquia afirmou que ninguém tem o poder de expulsar os habitantes da Faixa de Gaza, rejeitando o plano de Trump.
"Ninguém tem o poder de expulsar o povo de Gaza da sua terra natal eterna, que existe há milhares de anos", declarou Recep Tayyip Erdogan, numa conferência de imprensa, em reação à insistência do chefe de Estado dos EUA.
"Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental pertencem aos palestinianos", insistiu Erdogan.
Recorde-se que, na semana passada, Trump propôs expulsar mais de dois milhões de pessoas que vivem na Faixa de Gaza e transformá-la numa "Riviera do Médio Oriente", gerando protestos globais, sobretudo no mundo árabe. O presidente dos Estados Unidos anunciou a ideia numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que a saudou como "a primeira boa ideia” que ouviu sobre o que pós-guerra no enclave devastado.
Nos últimos dias, milhares de famílias palestinas deslocadas começaram a regressar ao norte de Gaza, muitas dizendo-se “chocadas” com a “escala completa de destruição” das casas e bairros, de acordo com a UNICEF.
c/ agências