Milei justifica insultos a Petro e Obrador dizendo que eles é que começaram

por Lusa

O Presidente argentino, Javier Milei, justificou hoje as expressões ofensivas utilizadas contra os homólogos colombiano, Gustavo Petro, e mexicano, Andrés Manuel López Obrador, com as "agressões" verbais de que deles foi previamente alvo.

"Aqui vos deixo algumas das coisas que Petro me disse" e "algumas das muitas agressões de Andrés Manuel López Obrador (AMLO)", são as duas mensagens com que Milei encabeçou hoje, na sua conta da rede social X (antigo Twitter), a publicação de artigos jornalísticos relatando que o colombiano o tinha comparado a Hitler e o mexicano o tinha classificado como um "facho ultraconservador".

Esta semana iniciou-se uma nova troca de insultos, que fez com que o Governo da Colômbia ordenasse na quarta-feira a expulsão de diplomatas da embaixada da Argentina em Bogotá.

Milei chamou a Petro "assassino terrorista" e a AMLO "ignorante", numa entrevista concedida ao canal em espanhol da estação televisiva norte-americana CNN, que será emitida no domingo, mas da qual o canal emitiu na quarta-feira alguns excertos.

O chefe de Estado argentino respondeu assim quando questionado sobre as críticas que lhe foram dirigidas pelo homólogo mexicano e pela candidata do partido no poder às próximas eleições no México, Claudia Scheinbaum.

A CNN publicou no seu `site` da Internet excertos da entrevista a Milei, asseverando - embora não tenha divulgado essa parte - que nela o líder libertário que assumiu o cargo na Argentina em dezembro passado também disse sobre Petro: "Não se pode esperar muito de alguém que foi um assassino terrorista".

O Ministério dos Negócios Estrangeiros colombiano indicou hoje num comunicado que o Governo "repudia declarações feitas pelo senhor Javier Milei, Presidente da Argentina (...), nas quais se expressa de forma caluniosa sobre o chefe de Estado dos colombianos, o respeitado senhor Gustavo Petro".

"Não é a primeira vez que o senhor Milei ofende o Presidente colombiano, afetando as históricas relações de fraternidade entre a Colômbia e a Argentina", recordou o MNE colombiano, insistindo em que todas essas expressões "deterioraram a confiança" da Colômbia, além de "ofenderem a dignidade" de Petro.

Javier Milei, líder do partido de extrema-direita A Liberdade Avança, já emitiu fortes críticas a López Obrador e Petro, em relação aos quais se encontra nos antípodas do espetro ideológico.

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