Pelo menos 400 mil pessoas participaram no funeral
Entre Praça de São Pedro e a Basílica de Santa Maria Maior milhares acompanharam última passagem do Papa
Entre a Praça de São Pedro e a Basílica de Santa Maria Maior milhares acompanharam na rua a última passagem do Papa.
Argentina despede-se de Francisco com missa ao ar livre
Milhões de católicos prestaram última homenagem a Francisco
Milhares despediram-se do Papa nas ruas de Roma
Milhares de pessoas despedem-se do "papa do Povo"
Sepultamento do papa. Cónego português testemunha cerimónia privada
Túmulo de papa Francisco perto do altar de São Francisco
Missa Exequial. Mais de 200 chefes de Estado e de Governo na cerimónia
Milhares tentam filmar e aplaudir o último passeio do "homem de todos"
Milhares de pessoas, católicos, crentes de outras religiões e não crentes, juntaram-se nas bermas das ruas de Roma para aplaudir, fotografar e filmar o cortejo fúnebre final do Papa Francisco, um "homem de todos".
Delgindear Singh distinguia-se entre a multidão, pelo lenço azul `sikh` e as barbas longas, mas não arredou pé da ponte próxima da Santa Sé, por onde passou o cortejo.
"Era o líder dos católicos e dos cristãos, mas fez muito pelo mundo. De certa maneira, o seu discurso de tolerância tem muito a ver com a nossa religião, porque somos todos a mesma família humana", disse Singh, acompanhado pela mulher, num dos passeios da ponte Príncipe Amadeo de Saboia e Aosa, conhecida pelos romanos pela sigla Pasa.
Francisco "era um homem de todos e isso também é importante para quem não é católico", acrescentou.
Depois da missa exequial de hoje, o corpo de Francisco foi transportado para a Basílica de Santa Maria Maior, a quatro quilómetros de São Pedro, onde será sepultado numa cerimónia privada.
Na rua Acciaoli era a vez de muitos peregrinos portugueses se concentrarem, vindos das paróquias da Ericeira e do Carvoeiro, para o Jubileu dos Adolescentes.
À passagem, telemóveis levantados e palmas sempre que possível marcaram a passagem do papamóvel.
Antes disso, depois de horas na berma para assegurarem a primeira fila, as monitoras dos jovens pediram para que retirassem os chapéus em sinal de respeito
Sofia Pedroso, 32 anos, integra um grupo de 130 peregrinos da Ericeira que chegou a Roma na quinta-feira. Alguns ainda conseguiram aceder à Basílica de São Pedro e ver o Papa, outros não tiveram essa oportunidade.
Por isso, o grupo esperou ali a passagem do cortejo fúnebre, "principalmente para os jovens que não conseguiram vê-lo em São Pedro, terem aqui um momento significativo".
A peregrina, de `t-shirt` azul onde se lia o mote do Jubileu de 2025, disse à Lusa que o Papa representa esperança numa "tentativa de amor ao próximo e algum aspeto de luz para o mundo".
A cidade de Roma estava cheia de polícia e elementos da proteção civil, controlando entradas e saídas, mas também o percurso do papamóvel, circundado por baias e grades, que também serviu de saída às autoridades oficiais que participaram na missa.
Um evento com tantos milhares de pessoas pode ser também uma oportunidade de negócio e nas margens do rio Tibre a Lusa encontrou pessoas a tentar vender `t-shirts` com imagens do Papa Francisco e a referência ao ano do seu nascimento e da sua morte.
Ainda na ponte Pasa, o argentino e ateu Gonzalo Velez quis vir ver o seu compatriota.
"Ele foi muito importante, porque falou as coisas que todos defendemos. E falou sem complexos e sem palavras suaves", explicou o imigrante em Roma há quatro anos.
A viver a poucos quarteirões de São Pedro, Gonzalo percebeu a simplicidade de Bergoglio e a forma como, pelo exemplo, mudou a prática do próprio Vaticano.
"Havia cardeais e freiras a saírem em grandes carros e ele saía no seu `cinquecento`. Andava a pé, ia ao café, insistia em pagar mesmo que lhe dessem, ficava na fila. Isto é um exemplo e mudou também, com isso, a própria Igreja", explicou.
Vestido com a `t-shirt` da seleção argentina de futebol, Gonzalo minimiza a importância de Francisco ser seu compatriota.
"Não tem nada a ver. Há tantos lá que são tudo menos santos. Olhe o nosso Presidente", disse, numa referência a o líder de extrema-direita que teve lugar de destaque nas celebrações.
"Ele não nos representa e é uma vergonha que se diga católico", disse. Ao seu lado, o namorado italiano, Fabrizio, concorda e estende a crítica à chefe de Governo de Itália, Geórgia Meloni.
"Os dois [Meloni e Millei] não nos representam nem representam o Papa Francisco nem os católicos do mundo inteiro", resumiu o romano.
A alguns metros de distância, Delgindear Singh lamenta os problemas dos países, entre os quais a pátria dos `sikhs`, a Índia, onde a sua minoria é perseguida pelo regime de Narendra Modi.
"O amor é que nos salva a todos. E é por isso que viemos aqui: manifestar o nosso amor e a nossa gratidão", concluiu.
Marcelo recorda Francisco como "figura que passa dimensão da Igreja"
Francisco sepultado em privado na Basílica de Santa Maria Maior
O ritual de sepultamento é privado, sem transmissão para o exterior.
O túmulo que acolherá o corpo do Papa argentino foi feito em mármore de origem da Ligúria, região no noroeste de Itália, e apresentará a inscrição "Franciscus", o nome do Papa em latim, e a reprodução da sua cruz peitoral.
Fica localizado numa das naves laterais da basílica, entre a Capela Paulina (onde se encontra o ícone bizantino do século VI Salus Populi Romani, que retrata Maria com Jesus ao colo) e a Capela Sforza, junto ao altar de São Francisco.
Segundo o diretor do serviço de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, poderá ser visitado já a partir da manhã de domingo, sendo expectável uma grande afluência ao local.
Francisco deixou indicações sobre a sepultura num testamento espiritual, publicado pelo Vaticano, precisando que o sepulcro na Basílica de Santa Maria Maior "deve ser de terra, simples, sem decoração especial e com a única inscrição: `Franciscus`".
"Confiei sempre a minha vida e o meu ministério sacerdotal e episcopal à Mãe de Nosso Senhor, Maria Santíssima. Por isso, peço que os meus restos mortais repousem à espera do dia da ressurreição na Basílica Papal de Santa Maria Maior", explica, num texto datado de 29 de junho de 2022 e citado pela agência Ecclesia.
Por outro lado, o Papa Francisco referia nesse documento ter deixado pagas as despesas para a preparação da sua sepultura.
"Serão cobertas pelo montante do benfeitor que encontrei, a ser transferido para a Basílica Papal de Santa Maria Maior e para a qual dei instruções apropriadas a monsenhor Rolandas Makrickas", então comissário extraordinário da basílica papal, uma das quatro de Roma.
A Basílica de Santa Maria Maior era visitada pelo Papa Francisco, que ali rezava e deixava um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica.
O Papa Francisco morreu na passada segunda-feira, aos 88 anos, depois de 12 de pontificado.
Cerca de 250.000 pessoas no funeral de Francisco
Montenegro considera que cerimónia fúnebres reafirmam defesa dos "valores universais"
Urna mostrada pela última vez aos fiéis
Sepultura em Santa Maria Maior
Urna papal chega à Basílica de Santa Maria Maior
Corpo de Francisco a caminho da Basílica onde será sepultado
O percurso pela cidade de Roma terá uma distância de cerca de seis quilómetros e levará o corpo de Francisco a passar por locais como a Praça Veneza, os Fóruns Imperiais e o Coliseu.
Segundo indicação dos serviços do Vaticano, prevê-se que o percurso entre o Vaticano e a Basílica de Santa Maria Maior demore cerca de maia hora a cumprir.
Em Santa Maria Maior, o túmulo, feito em mármore de origem da Ligúria, região no noroeste de Itália, apresentará a inscrição "FRANCISCUS", o nome do Papa em latim, e a reprodução da sua cruz peitoral.
Fica localizado numa das naves laterais da Basílica, entre a Capela Paulina (onde se encontra o ícone bizantino do século VI Salus Populi Romani, que retrata Maria com Jesus ao colo) e a Capela Sforza, junto ao altar de São Francisco.
Urna papal trasladada de São Pedro para Santa Maria Maior
Aplausos no último adeus ao papa
Cardeal Re inicia as últimas orações
Coros e orações em várias línguas
Estão presentes 200 mil pessoas nas cerimónias fúnebres
Ação em favor dos migrantes e em prol da paz lembrados na missa exequial
Zelensky e Trump estiveram reunidos em Roma
Trump, que tem pressionado ambas as partes a chegarem a um acordo sobre o cessar-fogo, disse na sexta-feira que tinha havido conversações produtivas entre o seu enviado e a liderança russa, e apelou a uma reunião de alto nível entre Kiev e Moscovo para fechar um acordo.
Trump já tinha avisado ambas as partes que a sua administração abandonaria os seus esforços para alcançar a paz se as duas partes não chegassem a um acordo em breve.
A reunião em Roma foi o primeiro encontro cara a cara entre Trump e Zelensky desde uma reunião na Sala Oval em fevereiro que se transformou num confronto de gritos.
Momento da Eucaristia na missa exequial
Cardeal Giovanni Battista Re profere a homilia
"Com o vocabulário que lhe era característico e com a sua linguagem rica de imagens e metáforas, procurou sempre iluminar os problemas do nosso tempo com a sabedoria do Evangelho, oferecendo uma resposta a luz da fé e encorajando-nos a viver como cristãos os desafios e as contradições destes anos cheios de mudanças, que ele gostava de descrever como uma `mudança de época", disse o cardeal Re perante uma Praça de São Pedro cheia de fiéis anónimos e membros de mais de centena e meia de delegações oficiais.
Milhares em Roma participam na missa exequial de Francisco
As cerimónias iniciaram-se com o rito de entrada, com a deposição do caixão com o corpo do pontífice argentino frente ao altar do recinto, quanto era entoada em latim a antífona "Concedei-lhe, Senhor, o descanso eterno e fazei brilhar sobre ele uma luz perpétua".
A missa exequial conta com cerca de 980 concelebrantes -- cardeais, bispos e sacerdotes.
Durante a cerimónia litúrgica, a Oração dos Fiéis terá uma das preces em língua portuguesa, segundo o guião disponibilizado pelo Vaticano.
"Pelos povos de todas as nações: que, praticando incansavelmente a justiça possam estar sempre unidos no amor fraterno e busquem incessantemente o caminho da paz", é a oração proferida em português.
O Papa Francisco morreu na segunda-feira, aos 88 anos, depois de 12 de pontificado.
Cortejo fúnebre vai passar pelas ruas de Roma
Livro dos Evangelhos colocado no caixão do Papa Francisco
Caixão do papa transportado por 12 carregadores
Líderes e chefes de Estado chegam à Basílica
O Presidente norte-americano, Donald Trump, e a primeira-dama, Melania, prestaram homenagem ao Papa na Basílica de São Pedro, antes de se dirigirem para a praça como mesmo nome, onde decorrerá o funeral.
Trump e Melania fizeram uma pausa para rezar diante do caixão fechado do Papa.
Na Praça de São Pedro, o Presidente norte-americano cumprimentou alguns dos presentes, entre os quais o chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, a quem dirigiu umas palavras.
O Presidente italiano, Sergio Mattarella, acompanhado da sua filha Laura, também fez uma pausa para rezar diante do caixão de Francisco.
O Presidente francês, Emmanuel Macron e a mulher, Brigitte Macron, curvaram-se perante o caixão, prestando homenagem ao pontífice argentino, tal como já tinham feito na sexta-feira à noite, à chegada a Roma.
Também o rei e a rainha de Espanha se deslocaram esta manhã à Basílica de São Pedro para homenagear Francisco, minutos antes de tomarem lugar na praça para assistir às exéquias.
Felipe VI e Letizia foram acompanhados pela delegação espanhola que se deslocou à Cidade do Vaticano para assistir à cerimónia, que inclui as vice-presidentes María Jesús Montero e Yolanda Díaz, o ministro da Presidência, Félix Bolaños, e o líder do PP, Alberto Núñez Feijóo.
Vestidos de preto, o rei e a rainha permaneceram alguns instantes em frente ao caixão do Papa, após o que saíram da basílica para se sentarem junto ao altar na praça antes do início da cerimónia, que conta com a presença de cerca de 200.000 pessoas.
O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou ao funeral acompanhado da mulher, Rosangela, tendo entrado na praça do Vaticano pouco depois do Presidente argentino, Javier Milei, e poucos minutos antes do início do funeral solene e com sinos ao fundo.
Também presentes na Praça de São Pedro para assistir ao funeral estão já a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, a presidente do Conselho Europeu, Ursula Von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e o antigo Presidente dos EUA Joe Biden.
Caixão de Francisco foi selado ontem
A nota biográfica, o Rogito, incluiu o percurso de Jorge Mario Bergoglio, desde Buenos Aires, e deu destaque ao seu pontificado.
O papa "tornou mais severa a legislação relativa aos crimes cometidos por representantes do clero contra menores ou pessoas vulneráveis", refere a nota, onde se pode ler que "Francisco deixou a todos um testemunho admirável de humanidade, de vida santa e de paternidade universal".
Conforme a tradição, a acompanhar o rolo com a nota biográfica foi colocado um saco de moedas e medalhas cunhadas durante o pontificado, tendo sido depois tudo selado com o selo do Departamento das Celebrações Litúrgicas.
Bergoglio "foi um pastor simples e muito amado na sua arquidiocese, que percorria de um lado a outro, mesmo no metro e nos autocarros", morava num "apartamento e preparava o seu jantar sozinho, porque se sentia uma pessoa comum", pode ler-se no documento.
Após a eleição, destaca a nota, Francisco optou por viver na casa de Santa Marta "porque não podia prescindir do contacto com as pessoas" e tinha o hábito de ir "às prisões, aos centros de acolhimento para deficientes ou toxicodependentes".
No diálogo inter-religioso, o Vaticano salienta que Francisco "exerceu o ministério petrino com incansável dedicação ao diálogo com os muçulmanos e com os representantes de outras religiões, convocando-os por vezes para encontros de oração e assinando declarações conjuntas em favor da concórdia entre os membros de diferentes credos".
A pandemia também não é esquecida e o momento em que "quis rezar sozinho na Praça de São Pedro, cujo colunata simbolicamente abraçava Roma e o mundo, pela humanidade amedrontada e ferida pela doença desconhecida".
Sobre a "guerra mundial aos bocados" que referiu ao longo do seu pontificado, a nota evoca os seus "numerosos apelos à paz" e a condenação dos conflitos "em vários países, especialmente na Ucrânia, mas também na Palestina, Israel, Líbano e Myanmar”.
Cerimónia privada de sepultamento terá um português como testemunha
"Como português e como padre, sinto-me particularmente feliz, embora a circunstância seja a de acompanhar os últimos atos públicos das cerimónias fúnebres do Papa Francisco", explicou o sacerdote açoriano do Faial.
António Saldanha recordou a devoção mariana de Francisco, salientando que, "antes de ser Papa, já visitava a Basílica na qualidade de bispo, também na qualidade de sacerdote e de jesuíta".
"É natural que um latino seja devoto a Nossa Senhora, por razões históricas, por razões ligadas também à tradição da evangelização naquele contexto. Portanto, penso que é um epílogo muito feliz, de toda uma série de atos, de momentos, que ele viveu naquela basílica", que visitou 126 vezes, na qualidade de Papa.
O percurso do cortejo fúnebre
O corpo do Papa vai sair da Basílica de São Pedro, segue depois pela Avenida Vittorio Emanuele II, até à Praça Veneza.
De seguida, avança em direção ao Fórum Romano. E passará também pelo Coliseu, na área arqueológica da capital italiana.
Vira depois à esquerda, para o destino final do Papa Francisco. É a Basílica de Santa Maria Maior, onde vai ser sepultado, em campa rasa.
Mar de fiéis no funeral do Papa Francisco
O presidente dos EUA, Donald Trump, acompanhado pela sua mulher Melania, chegou a Roma na sexta-feira à noite. O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que tinha dito que não tinha a certeza de estar presente, chegou de manhã.
Espera-se que mais de 200 mil pessoas assistam ao funeral. Quando o acesso à praça foi aberto, muitos fiéis correram para tentar arranjar um lugar, alguns com a bandeira nacional às costas, outros segurando uma fotografia do Papa Francisco.
O fluxo de chegadas é controlado por centenas de guardas de segurança com fatos amarelos e cor de laranja fluorescentes e equipados com walkie-talkies.
Funeral do papa Francisco decorre hoje com presença de líderes mundiais, milhares de fiéis e forte segurança
As cerimónias fúnebres do líder da Igreja Católica, que morreu na segunda-feira passada aos 88 anos, vítima de AVC, começam às 10:00 locais (menos uma hora em Lisboa) na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Cerca de 50 chefes de Estado e de uma dezena de monarcas, bem como líderes de organizações internacionais, num total de mais de 160 delegações internacionais, estarão presentes na cerimónia, que exigiu medidas reforçadas de segurança na região da capital italiana, Roma.
Entre os dignitários presentes, incluem-se Donald Trump (Estados Unidos) e o seu antecessor Joe Biden, António Guterres (Nações Unidas), Ursula von der Leyen (Comissão Europeia), Volodymyr Zelensky (Ucrânia), ou os Reis Felipe VI e Letizia (Espanha). O chefe de Estado russo, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, serão dos poucos líderes internacionais ausentes.
Portugal será representado pelas três mais altas figuras do Estado - o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro -, bem como pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.
Na cerimónia na Praça de São Pedro, os líderes mundiais ficarão sentados por ordem alfabética, com os lugares da frente reservados para as autoridades italianas, nomeadamente o Presidente, Sergio Mattarella, e a primeira-ministra, Giorgia Meloni, bem como para Javier Milei, chefe de Estado da Argentina, país natal do Papa.
O Ministério do Interior italiano estima em 200 mil o número de fiéis que assistirão às cerimónias fúnebres de Francisco. Para o próximo conclave - ainda sem data marcada - e a eleição do novo Papa, esse número sobe para 250 mil.
A dimensão da cerimónia obrigou a medidas de segurança extraordinárias, com 11 mil soldados e membros das forças de segurança mobilizados, sem contar com as equipas das delegações internacionais.
As Forças Armadas italianas anunciaram um reforço da segurança com um sistema anti-drone, caças e um contratorpedeiro na costa de Fiumicino, perto do principal aeroporto de Roma. O imponente dispositivo de segurança para o funeral de Francisco inclui ainda uma zona de exclusão aérea e controlos exaustivos nos aeroportos e estações.
Após as cerimónias na Praça de São Pedro, o cortejo fúnebre segue depois, num percurso de seis quilómetros, até à Basílica de Santa Maria Maior, onde Francisco escolheu ser sepultado, num momento que será privado, a seu pedido.
Nas escadarias desta basílica, e para prestar a última homenagem ao pontífice, estará um grupo de pessoas, cerca de 40, que será integrado por pessoas pobres e necessitadas, sem-abrigo, migrantes, presos e transgéneros, a representar temas centrais do pontificado de 12 anos de Francisco.
O túmulo que acolherá o corpo do religioso argentino foi feito em mármore de origem da Ligúria, região no noroeste de Itália, e apresentará a inscrição "FRANCISCUS", o nome do Papa em latim, e a reprodução da sua cruz peitoral.
Mais de 250 mil pessoas passaram pela Basílica de São Pedro, no Vaticano, para se despedirem do Papa Francisco, cujo caixão esteve exposto junto ao altar desde quarta-feira de manhã até ao final da tarde de sexta-feira, quando decorreu uma cerimónia privada de encerramento da urna.
Nascido como Jorge Mario Bergoglio em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e o primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.
A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano.
Grande operação de segurança marca funeral do papa
A enviada-especial da RTP ao Vaticano, Rosário Salgueiro, foi conhecer o plano de segurança.
Donald Trump em Roma para o funeral de papa Francisco
Marcelo passeia por Roma recordando Papa Francisco
Marcelo mostrou-se impressionado com o ambiente que se vive na cidade. "É uma loucura", afirmou.
Portugal em Roma ao mais alto nível para as exéquias do papa Francisco