Reportagem

Milhares de fiéis no Vaticano para o funeral do Papa Francisco

Mais de 250 mil pessoas passaram pela Basílica de São Pedro, no Vaticano, durante os três dias de velório. Entre elas, estiveram vários chefes de Estado e de governo. Milhares de agentes de segurança, polícia e militares, bem como centenas de voluntários trabalham para garantir a segurança e o bem-estar dos peregrinos e dos turistas. Acompanhamos aqui, ao minuto, todos os desenvolvimentos a partir da Santa Sé.

Inês Moreira Santos, Cristina Sambado - RTP /


Carlos Barria - Reuters

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RTP /

Pelo menos 400 mil pessoas participaram no funeral

Pelo menos 400 mil pessoas assistiram ao funeral do Papa Francisco, este sábado, incluindo fiéis que se reuniram na Praça de São Pedro e ao longo da procissão pelas ruas de Roma. A informação foi confirmada pelo ministro do Interior de Itália.
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RTP /

Entre Praça de São Pedro e a Basílica de Santa Maria Maior milhares acompanharam última passagem do Papa

Lá dentro cumpriu-se a última vontade do Papa: um ato privado testemunhado pelo Cónego da Basílica, o português António Saldanha.

Entre a Praça de São Pedro e a Basílica de Santa Maria Maior milhares acompanharam na rua a última passagem do Papa.
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Argentina despede-se de Francisco com missa ao ar livre

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RTP /

Milhões de católicos prestaram última homenagem a Francisco

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Milhares despediram-se do Papa nas ruas de Roma

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Milhares de pessoas despedem-se do "papa do Povo"

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Sepultamento do papa. Cónego português testemunha cerimónia privada

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Túmulo de papa Francisco perto do altar de São Francisco

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Missa Exequial. Mais de 200 chefes de Estado e de Governo na cerimónia

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Lusa /

Milhares tentam filmar e aplaudir o último passeio do "homem de todos"

Milhares de pessoas, católicos, crentes de outras religiões e não crentes, juntaram-se nas bermas das ruas de Roma para aplaudir, fotografar e filmar o cortejo fúnebre final do Papa Francisco, um "homem de todos".

Delgindear Singh distinguia-se entre a multidão, pelo lenço azul `sikh` e as barbas longas, mas não arredou pé da ponte próxima da Santa Sé, por onde passou o cortejo.

"Era o líder dos católicos e dos cristãos, mas fez muito pelo mundo. De certa maneira, o seu discurso de tolerância tem muito a ver com a nossa religião, porque somos todos a mesma família humana", disse Singh, acompanhado pela mulher, num dos passeios da ponte Príncipe Amadeo de Saboia e Aosa, conhecida pelos romanos pela sigla Pasa.

Francisco "era um homem de todos e isso também é importante para quem não é católico", acrescentou.

Depois da missa exequial de hoje, o corpo de Francisco foi transportado para a Basílica de Santa Maria Maior, a quatro quilómetros de São Pedro, onde será sepultado numa cerimónia privada.

Na rua Acciaoli era a vez de muitos peregrinos portugueses se concentrarem, vindos das paróquias da Ericeira e do Carvoeiro, para o Jubileu dos Adolescentes.

À passagem, telemóveis levantados e palmas sempre que possível marcaram a passagem do papamóvel.

Antes disso, depois de horas na berma para assegurarem a primeira fila, as monitoras dos jovens pediram para que retirassem os chapéus em sinal de respeito

Sofia Pedroso, 32 anos, integra um grupo de 130 peregrinos da Ericeira que chegou a Roma na quinta-feira. Alguns ainda conseguiram aceder à Basílica de São Pedro e ver o Papa, outros não tiveram essa oportunidade.

Por isso, o grupo esperou ali a passagem do cortejo fúnebre, "principalmente para os jovens que não conseguiram vê-lo em São Pedro, terem aqui um momento significativo".

A peregrina, de `t-shirt` azul onde se lia o mote do Jubileu de 2025, disse à Lusa que o Papa representa esperança numa "tentativa de amor ao próximo e algum aspeto de luz para o mundo".

A cidade de Roma estava cheia de polícia e elementos da proteção civil, controlando entradas e saídas, mas também o percurso do papamóvel, circundado por baias e grades, que também serviu de saída às autoridades oficiais que participaram na missa.

Um evento com tantos milhares de pessoas pode ser também uma oportunidade de negócio e nas margens do rio Tibre a Lusa encontrou pessoas a tentar vender `t-shirts` com imagens do Papa Francisco e a referência ao ano do seu nascimento e da sua morte.

Ainda na ponte Pasa, o argentino e ateu Gonzalo Velez quis vir ver o seu compatriota.

"Ele foi muito importante, porque falou as coisas que todos defendemos. E falou sem complexos e sem palavras suaves", explicou o imigrante em Roma há quatro anos.

A viver a poucos quarteirões de São Pedro, Gonzalo percebeu a simplicidade de Bergoglio e a forma como, pelo exemplo, mudou a prática do próprio Vaticano.

"Havia cardeais e freiras a saírem em grandes carros e ele saía no seu `cinquecento`. Andava a pé, ia ao café, insistia em pagar mesmo que lhe dessem, ficava na fila. Isto é um exemplo e mudou também, com isso, a própria Igreja", explicou.

Vestido com a `t-shirt` da seleção argentina de futebol, Gonzalo minimiza a importância de Francisco ser seu compatriota.

"Não tem nada a ver. Há tantos lá que são tudo menos santos. Olhe o nosso Presidente", disse, numa referência a o líder de extrema-direita que teve lugar de destaque nas  celebrações.

"Ele não nos representa e é uma vergonha que se diga católico", disse. Ao seu lado, o namorado italiano, Fabrizio, concorda e estende a crítica à chefe de Governo de Itália, Geórgia Meloni.

"Os dois [Meloni e Millei] não nos representam nem representam o Papa Francisco nem os católicos do mundo inteiro", resumiu o romano.

A alguns metros de distância, Delgindear Singh lamenta os problemas dos países, entre os quais a pátria dos `sikhs`, a Índia, onde a sua minoria é perseguida pelo regime de Narendra Modi.

"O amor é que nos salva a todos. E é por isso que viemos aqui: manifestar o nosso amor e a nossa gratidão", concluiu.

 

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Marcelo recorda Francisco como "figura que passa dimensão da Igreja"

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Lusa /

Francisco sepultado em privado na Basílica de Santa Maria Maior

Reuters

O ritual de sepultamento é privado, sem transmissão para o exterior.

O túmulo que acolherá o corpo do Papa argentino foi feito em mármore de origem da Ligúria, região no noroeste de Itália, e apresentará a inscrição "Franciscus", o nome do Papa em latim, e a reprodução da sua cruz peitoral.

Fica localizado numa das naves laterais da basílica, entre a Capela Paulina (onde se encontra o ícone bizantino do século VI Salus Populi Romani, que retrata Maria com Jesus ao colo) e a Capela Sforza, junto ao altar de São Francisco.

Segundo o diretor do serviço de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, poderá ser visitado já a partir da manhã de domingo, sendo expectável uma grande afluência ao local.

Francisco deixou indicações sobre a sepultura num testamento espiritual, publicado pelo Vaticano, precisando que o sepulcro na Basílica de Santa Maria Maior "deve ser de terra, simples, sem decoração especial e com a única inscrição: `Franciscus`".

"Confiei sempre a minha vida e o meu ministério sacerdotal e episcopal à Mãe de Nosso Senhor, Maria Santíssima. Por isso, peço que os meus restos mortais repousem à espera do dia da ressurreição na Basílica Papal de Santa Maria Maior", explica, num texto datado de 29 de junho de 2022 e citado pela agência Ecclesia.

Por outro lado, o Papa Francisco referia nesse documento ter deixado pagas as despesas para a preparação da sua sepultura.

"Serão cobertas pelo montante do benfeitor que encontrei, a ser transferido para a Basílica Papal de Santa Maria Maior e para a qual dei instruções apropriadas a monsenhor Rolandas Makrickas", então comissário extraordinário da basílica papal, uma das quatro de Roma.

A Basílica de Santa Maria Maior era visitada pelo Papa Francisco, que ali rezava e deixava um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica.

O Papa Francisco morreu na passada segunda-feira, aos 88 anos, depois de 12 de pontificado.

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RTP /

Cerca de 250.000 pessoas no funeral de Francisco

Cerca de 250.000 pessoas participaram hoje no funeral do Papa Francisco, na Praça de São Pedro e arredores, segundo dados atualizados do Vaticano.
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RTP /

Montenegro considera que cerimónia fúnebres reafirmam defesa dos "valores universais"

Como recordou o primeiro-ministro, Francisco sempre defendeu que "todos contam".
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Urna mostrada pela última vez aos fiéis

É a última vez que a urna é vista, já que a cerimónia de sepultamento será privada.
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RTP /

Sepultura em Santa Maria Maior

Papa Francisco será sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, num túmulo em mármore de ligúria e com a inscrição do seu nome.
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RTP /

Urna papal chega à Basílica de Santa Maria Maior

A urna já está na Basílica de Santa Maria Maior, onde o papa Francisco escolheu ser sepultado. Os milhares fiéis despedem-se com rosas brancas, ao som dos sinos das igrejas que tocam em Roma.
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Lusa /

Corpo de Francisco a caminho da Basílica onde será sepultado

O percurso pela cidade de Roma terá uma distância de cerca de seis quilómetros e levará o corpo de Francisco a passar por locais como a Praça Veneza, os Fóruns Imperiais e o Coliseu.

Segundo indicação dos serviços do Vaticano, prevê-se que o percurso entre o Vaticano e a Basílica de Santa Maria Maior demore cerca de maia hora a cumprir.

Em Santa Maria Maior, o túmulo, feito em mármore de origem da Ligúria, região no noroeste de Itália, apresentará a inscrição "FRANCISCUS", o nome do Papa em latim, e a reprodução da sua cruz peitoral.

Fica localizado numa das naves laterais da Basílica, entre a Capela Paulina (onde se encontra o ícone bizantino do século VI Salus Populi Romani, que retrata Maria com Jesus ao colo) e a Capela Sforza, junto ao altar de São Francisco.

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RTP /

Urna papal trasladada de São Pedro para Santa Maria Maior

Papa Francisco vai ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maior. A urna papal está a ser trasladada, depois da missa exequial, da Praça de São Pedro enquanto os sinos das igrejas de Roma tocam em uníssono.

O cortejo fúnebre vai passar por várias ruas da cidade de Roma, tendo uma extensão de seis quilómetros e com maior operação de segurança de sempre na capital italiana.

A procissão sai da Cidade do Vaticano e seguirá uma rota sobre o Rio Tibre e depois pelo centro de Roma até a Piazza Venezia , passando pelo Coliseu , antes de virar para o norte para chegar a Santa Maria Maior.
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RTP /

Aplausos no último adeus ao papa

Fiéis aplaudem no momento em que a urna de Francisco é levada da Praça de São Pedro para o interior da Basílica, após ter terminado a missa exequial.
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RTP /

Cardeal Re inicia as últimas orações

Após a distribuição da comunhão, que demorou cerca de 10 minutos, o cardeal Re inicia as última orações e a encomendação da alma do Papa ao céu.
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Coros e orações em várias línguas

No funeral do Papa Francisco, coros cantaram hinos latinos e orações foram recitadas em vários idiomas, incluindo italiano , espanhol , chinês , português e árabe , refletindo o alcance global da Igreja Católica Romana, com 1,4 mil milhões de membros.
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RTP /

Estão presentes 200 mil pessoas nas cerimónias fúnebres

As autoridades do Vaticano afirmam que cerca de 200.000 pessoas estão presentes no funeral do Papa Francisco. Cerca de 50.000 pessoas assistiram ao funeral do Papa Bento XVI em 2023, enquanto cerca de 300.000 estiveram presentes no funeral do Papa João Paulo II em 2005.
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Ação em favor dos migrantes e em prol da paz lembrados na missa exequial

A ação do Papa Francisco em favor do migrantes e refugiados, bem como os seus esforços em prol da paz, foram hoje destacados na homilia da missa do seu funeral, na Praça de São Pedro, no Vaticano. 

"São inúmeros os seus gestos e exortações a favor dos refugiados e deslocados. Constante foi também a sua insistência em agir a favor dos pobres", disse o cardeal Giovanni Battista Re na leitura da homilia. 

Segundo o cardeal italiano, "é significativo que a primeira viagem do Papa Francisco tenha sido a Lampedusa, ilha símbolo do drama da imigração, com milhares de pessoas afogadas no mar".
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Cristina Sambado - RTP /

Zelensky e Trump estiveram reunidos em Roma

Ukrainian Presidential Press Service via Reuters

A informação foi divulgada pelo gabinete do presidente ucraniano e confirmada pela Casa Branca, que fala numa “conversa muito produtiva”.

"O presidente Trump e o presidente Zelensky reuniram-se hoje em privado e tiveram uma conversa muito produtiva. Mais detalhes sobre a reunião serão divulgados", afirmou Steven Cheung, diretor de comunicação da Casa Branca.

O encontro ocorreu num momento crítico nas negociações destinadas a pôr fim aos combates entre a Ucrânia e a Rússia.

Trump, que tem pressionado ambas as partes a chegarem a um acordo sobre o cessar-fogo, disse na sexta-feira que tinha havido conversações produtivas entre o seu enviado e a liderança russa, e apelou a uma reunião de alto nível entre Kiev e Moscovo para fechar um acordo.

Trump já tinha avisado ambas as partes que a sua administração abandonaria os seus esforços para alcançar a paz se as duas partes não chegassem a um acordo em breve.

A reunião em Roma foi o primeiro encontro cara a cara entre Trump e Zelensky desde uma reunião na Sala Oval em fevereiro que se transformou num confronto de gritos.

Após essa reunião, os Estados Unidos cortaram a cooperação de inteligência com a Ucrânia, que é fundamental para seus esforços para evitar ataques russos, embora isso tenha sido restaurado posteriormente.

c/ Agências
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RTP /

Momento da Eucaristia na missa exequial

Homilia recordou "Papa do povo" e coração aberto a todos.
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RTP /

Cardeal Giovanni Battista Re profere a homilia

O cardeal Giovanni Re, decano do Colégio Cardinalício, começou a fazer a homilia, onde lembrou que Francisco sempre mencionou que "a guerra é derrota dolorosa e trégica".

Na homilia da missa do funeral do Papa Francisco, na Praça de São Pedro, no Vaticano, o decano do colégio cardinalício sublinhou que "a manifestação popular de afeto e adesão, (...) nos últimos dias", após a sua morte, mostram "quanto o intenso pontificado do Papa Francisco tocou mentes e corações".

"Com o vocabulário que lhe era característico e com a sua linguagem rica de imagens e metáforas, procurou sempre iluminar os problemas do nosso tempo com a sabedoria do Evangelho, oferecendo uma resposta a luz da fé e encorajando-nos a viver como cristãos os desafios e as contradições destes anos cheios de mudanças, que ele gostava de descrever como uma `mudança de época", disse o cardeal Re perante uma Praça de São Pedro cheia de fiéis anónimos e membros de mais de centena e meia de delegações oficiais.
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Lusa /

Milhares em Roma participam na missa exequial de Francisco

As cerimónias iniciaram-se com o rito de entrada, com a deposição do caixão com o corpo do pontífice argentino frente ao altar do recinto, quanto era entoada em latim a antífona "Concedei-lhe, Senhor, o descanso eterno e fazei brilhar sobre ele uma luz perpétua".

A missa exequial conta com cerca de 980 concelebrantes -- cardeais, bispos e sacerdotes.

Durante a cerimónia litúrgica, a Oração dos Fiéis terá uma das preces em língua portuguesa, segundo o guião disponibilizado pelo Vaticano.

"Pelos povos de todas as nações: que, praticando incansavelmente a justiça possam estar sempre unidos no amor fraterno e busquem incessantemente o caminho da paz", é a oração proferida em português.

O Papa Francisco morreu na segunda-feira, aos 88 anos, depois de 12 de pontificado.

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RTP /

Cortejo fúnebre vai passar pelas ruas de Roma

Depois das primeiras leituras da missa celebrada pela Cardeal italiano Giovanni Battista Re, o cortejo vai passar pelas ruas da cidade.
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RTP /

Livro dos Evangelhos colocado no caixão do Papa Francisco

Um Livro dos Evangelhos aberto foi colocado em cima do caixão fechado do Papa Francisco.
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RTP /

Caixão do papa transportado por 12 carregadores

Começou a cerimónia fúnebre. O caixão de papa Francisco está a ser transportado para fora da Basílica de São Pedro.
A urna fechada foi transportada e depositada em frente à escadaria da Praça de São Pedro, perante milhares de fiés.
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RTP /

Líderes e chefes de Estado chegam à Basílica

Entre os chefes de Estado presentes na cerimónia está Marcelo Rebelo de Sousa. Também está presente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que estiveram reunidos em Roma antes da cerimónia fúnebre.

Os presidentes dos EUA, França, Itália, Brasil, Argentina e Portugal, assim como os reis de Espanha, são alguns dos chefes de Estado presentes na praça de São Pedro a assistir ao funeral do Papa Francisco.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, e a primeira-dama, Melania, prestaram homenagem ao Papa na Basílica de São Pedro, antes de se dirigirem para a praça como mesmo nome, onde decorrerá o funeral.

Trump e Melania fizeram uma pausa para rezar diante do caixão fechado do Papa.

Na Praça de São Pedro, o Presidente norte-americano cumprimentou alguns dos presentes, entre os quais o chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, a quem dirigiu umas palavras.

O Presidente italiano, Sergio Mattarella, acompanhado da sua filha Laura, também fez uma pausa para rezar diante do caixão de Francisco.

O Presidente francês, Emmanuel Macron e a mulher, Brigitte Macron, curvaram-se perante o caixão, prestando homenagem ao pontífice argentino, tal como já tinham feito na sexta-feira à noite, à chegada a Roma.

Também o rei e a rainha de Espanha se deslocaram esta manhã à Basílica de São Pedro para homenagear Francisco, minutos antes de tomarem lugar na praça para assistir às exéquias.

Felipe VI e Letizia foram acompanhados pela delegação espanhola que se deslocou à Cidade do Vaticano para assistir à cerimónia, que inclui as vice-presidentes María Jesús Montero e Yolanda Díaz, o ministro da Presidência, Félix Bolaños, e o líder do PP, Alberto Núñez Feijóo.

Vestidos de preto, o rei e a rainha permaneceram alguns instantes em frente ao caixão do Papa, após o que saíram da basílica para se sentarem junto ao altar na praça antes do início da cerimónia, que conta com a presença de cerca de 200.000 pessoas.

O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou ao funeral acompanhado da mulher, Rosangela, tendo entrado na praça do Vaticano pouco depois do Presidente argentino, Javier Milei, e poucos minutos antes do início do funeral solene e com sinos ao fundo.

Também presentes na Praça de São Pedro para assistir ao funeral estão já a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, a presidente do Conselho Europeu, Ursula Von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e o antigo Presidente dos EUA Joe Biden.
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Caixão de Francisco foi selado ontem

O caixão foi selado na sexta-feira à noite e no seu interior foi colocado um documento oficial, que conta a sua história de Francisco, validada pela Santa Sé e que é uma tradição do Vaticano para deixar às gerações futuras o perfil do pontífice.

A nota biográfica, o Rogito, incluiu o percurso de Jorge Mario Bergoglio, desde Buenos Aires, e deu destaque ao seu pontificado.

O papa "tornou mais severa a legislação relativa aos crimes cometidos por representantes do clero contra menores ou pessoas vulneráveis", refere a nota, onde se pode ler que "Francisco deixou a todos um testemunho admirável de humanidade, de vida santa e de paternidade universal".

Conforme a tradição, a acompanhar o rolo com a nota biográfica foi colocado um saco de moedas e medalhas cunhadas durante o pontificado, tendo sido depois tudo selado com o selo do Departamento das Celebrações Litúrgicas.

Bergoglio "foi um pastor simples e muito amado na sua arquidiocese, que percorria de um lado a outro, mesmo no metro e nos autocarros", morava num "apartamento e preparava o seu jantar sozinho, porque se sentia uma pessoa comum", pode ler-se no documento.

Após a eleição, destaca a nota, Francisco optou por viver na casa de Santa Marta "porque não podia prescindir do contacto com as pessoas" e tinha o hábito de ir "às prisões, aos centros de acolhimento para deficientes ou toxicodependentes".

No diálogo inter-religioso, o Vaticano salienta que Francisco "exerceu o ministério petrino com incansável dedicação ao diálogo com os muçulmanos e com os representantes de outras religiões, convocando-os por vezes para encontros de oração e assinando declarações conjuntas em favor da concórdia entre os membros de diferentes credos".

A pandemia também não é esquecida e o momento em que "quis rezar sozinho na Praça de São Pedro, cujo colunata simbolicamente abraçava Roma e o mundo, pela humanidade amedrontada e ferida pela doença desconhecida".

Sobre a "guerra mundial aos bocados" que referiu ao longo do seu pontificado, a nota evoca os seus "numerosos apelos à paz" e a condenação dos conflitos "em vários países, especialmente na Ucrânia, mas também na Palestina, Israel, Líbano e Myanmar”.
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Cónego António Saldanha
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Cerimónia privada de sepultamento terá um português como testemunha

O cónego português António Saldanha, da Basílica romana de Santa Maria Maior, será um dos poucos a acompanhar o sepultamento privado do Papa hoje, cujo caixão guarda uma nota biográfica oficial que refere o seu combate aos abusos sexuais.

"Para mim este é um capítulo da incontornável história", disse à Ecclesia o sacerdote, que integra o capítulo que gere Santa Maria Maior, uma das quatro basílicas papais e aquela que Francisco escolheu para ser a sua sepultura final.

"Como português e como padre, sinto-me particularmente feliz, embora a circunstância seja a de acompanhar os últimos atos públicos das cerimónias fúnebres do Papa Francisco", explicou o sacerdote açoriano do Faial.

António Saldanha recordou a devoção mariana de Francisco, salientando que, "antes de ser Papa, já visitava a Basílica na qualidade de bispo, também na qualidade de sacerdote e de jesuíta".

"É natural que um latino seja devoto a Nossa Senhora, por razões históricas, por razões ligadas também à tradição da evangelização naquele contexto. Portanto, penso que é um epílogo muito feliz, de toda uma série de atos, de momentos, que ele viveu naquela basílica", que visitou 126 vezes, na qualidade de Papa.

c/ Lusa
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Cerca de seis quilómetros
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O percurso do cortejo fúnebre

O percurso exato do cortejo fúnebre do Papa já está definido e foi ensaiado ontem pelas autoridades do Vaticano.
São aproximadamente seis quilómetros, que deverão ser percorridos a passo lento, mal termine a cerimónia religiosa.

O corpo do Papa vai sair da Basílica de São Pedro, segue depois pela Avenida Vittorio Emanuele II, até à Praça Veneza.

De seguida, avança em direção ao Fórum Romano. E passará também pelo Coliseu, na área arqueológica da capital italiana.

Vira depois à esquerda, para o destino final do Papa Francisco. É a Basílica de Santa Maria Maior, onde vai ser sepultado, em campa rasa.
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Mar de fiéis no funeral do Papa Francisco

Um mar de fiéis inundou a Praça de São Pedro na madrugada deste sábado para o funeral do Papa Francisco, rodeado por uma cerimónia grandiosa que também deverá contar com a presença de uma série de chefes de Estado.

O presidente dos EUA, Donald Trump, acompanhado pela sua mulher Melania, chegou a Roma na sexta-feira à noite. O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que tinha dito que não tinha a certeza de estar presente, chegou de manhã.

Espera-se que mais de 200 mil pessoas assistam ao funeral. Quando o acesso à praça foi aberto, muitos fiéis correram para tentar arranjar um lugar, alguns com a bandeira nacional às costas, outros segurando uma fotografia do Papa Francisco.

O fluxo de chegadas é controlado por centenas de guardas de segurança com fatos amarelos e cor de laranja fluorescentes e equipados com walkie-talkies.
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Lusa /

Funeral do papa Francisco decorre hoje com presença de líderes mundiais, milhares de fiéis e forte segurança

Guglielmo Mangiapane - Reuters

As cerimónias fúnebres do líder da Igreja Católica, que morreu na segunda-feira passada aos 88 anos, vítima de AVC, começam às 10:00 locais (menos uma hora em Lisboa) na Praça de São Pedro, no Vaticano.

Cerca de 50 chefes de Estado e de uma dezena de monarcas, bem como líderes de organizações internacionais, num total de mais de 160 delegações internacionais, estarão presentes na cerimónia, que exigiu medidas reforçadas de segurança na região da capital italiana, Roma.

Entre os dignitários presentes, incluem-se Donald Trump (Estados Unidos) e o seu antecessor Joe Biden, António Guterres (Nações Unidas), Ursula von der Leyen (Comissão Europeia), Volodymyr Zelensky (Ucrânia), ou os Reis Felipe VI e Letizia (Espanha). O chefe de Estado russo, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, serão dos poucos líderes internacionais ausentes.

Portugal será representado pelas três mais altas figuras do Estado - o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro -, bem como pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

Na cerimónia na Praça de São Pedro, os líderes mundiais ficarão sentados por ordem alfabética, com os lugares da frente reservados para as autoridades italianas, nomeadamente o Presidente, Sergio Mattarella, e a primeira-ministra, Giorgia Meloni, bem como para Javier Milei, chefe de Estado da Argentina, país natal do Papa.

O Ministério do Interior italiano estima em 200 mil o número de fiéis que assistirão às cerimónias fúnebres de Francisco. Para o próximo conclave - ainda sem data marcada - e a eleição do novo Papa, esse número sobe para 250 mil.

A dimensão da cerimónia obrigou a medidas de segurança extraordinárias, com 11 mil soldados e membros das forças de segurança mobilizados, sem contar com as equipas das delegações internacionais.

As Forças Armadas italianas anunciaram um reforço da segurança com um sistema anti-drone, caças e um contratorpedeiro na costa de Fiumicino, perto do principal aeroporto de Roma. O imponente dispositivo de segurança para o funeral de Francisco inclui ainda uma zona de exclusão aérea e controlos exaustivos nos aeroportos e estações.

Após as cerimónias na Praça de São Pedro, o cortejo fúnebre segue depois, num percurso de seis quilómetros, até à Basílica de Santa Maria Maior, onde Francisco escolheu ser sepultado, num momento que será privado, a seu pedido.

Nas escadarias desta basílica, e para prestar a última homenagem ao pontífice, estará um grupo de pessoas, cerca de 40, que será integrado por pessoas pobres e necessitadas, sem-abrigo, migrantes, presos e transgéneros, a representar temas centrais do pontificado de 12 anos de Francisco.

O túmulo que acolherá o corpo do religioso argentino foi feito em mármore de origem da Ligúria, região no noroeste de Itália, e apresentará a inscrição "FRANCISCUS", o nome do Papa em latim, e a reprodução da sua cruz peitoral.

Mais de 250 mil pessoas passaram pela Basílica de São Pedro, no Vaticano, para se despedirem do Papa Francisco, cujo caixão esteve exposto junto ao altar desde quarta-feira de manhã até ao final da tarde de sexta-feira, quando decorreu uma cerimónia privada de encerramento da urna.

Nascido como Jorge Mario Bergoglio em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e o primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.

A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano.

 

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Grande operação de segurança marca funeral do papa

A proteção civil italiana revelou que mais de mil polícias garantem a proteção das individualidades internacionais que vão participar no funeral.

A enviada-especial da RTP ao Vaticano, Rosário Salgueiro, foi conhecer o plano de segurança.
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Donald Trump em Roma para o funeral de papa Francisco

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Marcelo passeia por Roma recordando Papa Francisco

Num passeio pelas ruas da cidade, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou Francisco como um homem que conseguiu sempre ver mais à frente e alertar para os perigos que a humanidade enfrentava.

Marcelo mostrou-se impressionado com o ambiente que se vive na cidade. "É uma loucura", afirmou.
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Portugal em Roma ao mais alto nível para as exéquias do papa Francisco

Funeral do papa Francisco, Vaticano Benoit Tessier - Reuters

Pouco depois da sua chegada a Roma, ao fim da tarde de sexta-feira e depois das comemorações do 25 de Abril, o presidente da República, frisou a inspiração deixada por Francisco e o seu legado e ligação a Portugal, para explicar à RTP a sua presença como primeiro representante de Portugal.

O papa Francisco "deixou um traço único que vai durar muito tempo", afirmou Marcelo, considerando que isso "torna muito difícil a escolha do sucessor".
Também o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar Branco, invocou Francisco como alguém que "prestou relevantes serviços à humanidade".
###Aguiar Branco###
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, foi o terceiro a chegar e lembrou o exemplo de Francisco de querer ser próximo das pessoas e de estar ao serviço dos pobres, reconhecendo-lhe inspiração para quem governa um país.
Luís Montenegro estava acompanhado por Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, que completou a delegação portuguesa.

São esperados 50 chefes de Estado eleitos e 10 soberanos em Roma, para participar no funeral entre mais de centena e meia de delegações vindas de todo o mundo.
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O sem-abrigo que era amigo de Francisco

Um grupo de sem abrigo foi já hoje ao interior da Basílica de São Pedro para se despedir de Francisco, como constatou a Rosário Salgueiro.
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