Montenegro sugere exemplo do PRR para a Defesa europeia

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, defende uma “linha de financiamento própria” para a União Europeia (UE) fazer um “investimento de grande dimensão” em segurança e defesa, defendendo iniciativas comuns como a dos Planos de Recuperação e Resiliência (PRR).

Andrea Neves - correspondente da Antena 1 em Bruxelas /

EPA

Falando em Bruxelas à chegada do primeiro retiro de líderes da União Europeia, iniciativa criada para debates mais informais entre os chefes de Governo e de Estado europeus, o primeiro-ministro português disse que ser “importante que o investimento, que é um investimento nesta fase de grande dimensão, possa ser, por um lado, coordenado, que não haja repetição, redundância nos investimentos e que todos os Estados-membros possam colocar em cima da mesa a sua estratégia e a possam concertar com os demais”.

“Do lado do financiamento, que haja instrumentos de financiamento comum. Creio que esta experiência do Plano de Recuperação e Resiliência [PRR, com base em emissão de dívida conjunta] nos mostrou que é possível, de forma coordenada e comum, os Estados fazerem investimentos ao mesmo tempo e é importante também que as regras de estabilidade que estão definidas para as nossas finanças não possam ser, de alguma maneira, incomodadas por uma matéria que é tão específica e que está hoje tão prevista e assumida num compromisso temporal curto”, defendeu ainda.

Ao final da manhã, arrancou no Palácio d'Egmont (local independente e que não pertence a qualquer instituição europeia) o primeiro retiro de chefes de Governo e de Estado da UE, numa iniciativa de António Costa, que tomou posse em dezembro passado, para promover o diálogo informal entre os altos responsáveis europeus sem a pressão de chegar a conclusões ou decisões, como acontece nas cimeiras europeias regulares.

c/ Lusa
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