Na China apenas três em cada oito prostitutas usam preservativo

A luta do governo da China contra a disseminação do HIV-SIDA encontra dificuldades porque apenas três em cada oito (38,7 por cento) prostitutas no país usa preservativo, refere hoje a agência noticiosa oficial chinesa, citando pesquisas governamentais.

Agência LUSA /

"É difícil conversar com os profissionais do sexo e é ainda mais difíci l persuadi-los a participar nas sessões de formação sobre prevenção do HIV-SIDA" , disse à agência Nova China Xu Huifang, profissional de saúde de Cantão, capita l da província de Guangdong, no sul do país, fronteira a Macau.

A responsável faz parte de um grupo de 180 profissionais de saúde que, num programa do governo da China e a Organização Mundial de Saúde (OMS), tem vis itado as áreas de prostituição de diversas cidades chinesas para promover o uso de preservativos na prevenção do HIV-SIDA.

Segundo Wiwat Rojanapithayakorn, Chefe de Missão da luta contra o HIV-S ida da OMS em Pequim, a distribuição de preservativos nos lugares de prostituiçã o pode reduzir com eficácia a transmissão do vírus.

O projecto de sensibilização para o uso de preservativos teve início há oito meses e decorre também nas províncias mais pobres da China, no interior do país, onde o conhecimento sobre a doença é menor.

A China sofre um aumento do número de pessoas infectadas pelo HIV-SIDA, com o vírus a alastrar dos grupos de alto risco para a população em geral, segu ndo um estudo que o Ministério da Saúde chinês divulgou na passada quarta-feira.

No fim de Outubro, segundo o estudo publicado na página do ministério n a Internet, a China tinha 183.733 pessoas infectadas pelo HIV-SIDA, mais 27,5 po r cento que no final de 2005.

Apesar de demonstrar um agravamento da situação, os cálculos do ministé rio estão no entanto muito abaixo dos dados que a OMS e as Nações Unidas divulga ram em Janeiro, que apontam para 650 mil pessoas na China com HIV/SIDA, incluind o 75 mil que já desenvolveram SIDA.

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