Negociações sobre Gaza passam pelo Egito com comitiva de alto nível dos EUA

Os negociadores norte-americanos são Steve Witkoff, enviado especial para o Médio Oriente e Jared Kushner, genro de Donald Trump, que, no primeiro mandato, teve um papel crucial nas negociações para a normalização das relações entre países árabes e Israel.

RTP /
Deslocados palestinianos na Faixa de Gaza Dawoud Abu Alkas - Reuters

O objetivo é fechar um acordo para a libertação dos reféns, a prioridade de Trump.

A escolha dos enviados do presidente demonstra o empenho em ver concretizado o plano de duas dezenas de pontos que apresentou.

O Hamas já anunciou que aceita parte do plano, mas quer negociar alguns termos.


O Presidente dos EUA saudou a declaração do Hamas, mas avisou que "o Hamas deve agir rapidamente, ou então todas as apostas serão canceladas". Trump avisa o movimento islâmico que não vai tolerar atrasos na implementação do acordo de paz.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse esperar anunciar a libertação de todos os reféns de Gaza "nos próximos dias", enquanto as negociações indiretas com o Hamas continuam no Egito na segunda-feira.

Numa breve declaração televisiva, o responsável disse ter enviado uma delegação ao Egito "para finalizar os detalhes técnicos", acrescentando: "o nosso objetivo é limitar estas negociações a um prazo de poucos dias".

Netanyahu prometeu desarmar o movimento islamista palestiniano Hamas, seja através do plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, ou por meios militares.

"O Hamas será desarmado... isso acontecerá diplomaticamente, através do plano de Trump, ou militarmente, através de nós", disse Netanyahu no discurso.

"Também o disse em Washington. Será feito de maneira fácil ou difícil mas será feito", acrescentou.
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