A jornalista filipina Maria Ressa e o jornalista russo Dmitry Muratov venceram o Nobel da Paz 2021, foi esta manhã anunciado, "pelos esforços de salvaguarda da liberdade de expressão, que é uma pré-condição para a democracia e paz duradouras".
"Ao mesmo tempo, eles representam os jornalistas que lutam por este ideal num mundo onde a democracia e a liberdade de imprensa enfrentam condições cada vez mais adversas”, acrescentou.
Disse ainda a presidente do Comité Nobel Norueguês, Berit Reiss-Andersen, que "sem liberdade de expressão e liberdade de imprensa, será difícil promover com sucesso a fraternidade entre nações, o desarmamento e uma ordem mundial melhor para ter sucesso no nosso tempo. A atribuição deste ano do Prémio Nobel da Paz está, por isso, firmemente ancorada nas disposições da vontade de Alfred Nobel", acrescentou.
O Prémio Nobel da Paz vai ser entregue no dia da morte de Alfred Nobel, a 10 de dezembro, em Oslo, na Noruega.
Este ano existiam 329 candidatos, dos quais 234 eram pessoas individuais e 95 organizações. Um número ligeiramente superior ao do ano passado - 317.
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— The Nobel Prize (@NobelPrize) October 8, 2021
The Norwegian Nobel Committee has decided to award the 2021 Nobel Peace Prize to Maria Ressa and Dmitry Muratov for their efforts to safeguard freedom of expression, which is a precondition for democracy and lasting peace.#NobelPrize #NobelPeacePrize pic.twitter.com/KHeGG9YOTT
Dmitry Muratov, um dos fundadores e editor-chefe do jornal russo Novaya Gazeta, de 59 anos, "defendeu por décadas a liberdade de expressão na Rússia em condições cada vez mais difíceis", enfatizou o júri do Nobel.
Já Maria Ressa, de 58 anos, que co-fundou o meio de comunicação social de investigação Rappler, em 2012, “usa a liberdade de expressão para denunciar abusos de poder e crescente autoritarismo no seu país natal, as Filipinas”, liderado por Rodrigo Duterte.
Já Maria Ressa, de 58 anos, que co-fundou o meio de comunicação social de investigação Rappler, em 2012, “usa a liberdade de expressão para denunciar abusos de poder e crescente autoritarismo no seu país natal, as Filipinas”, liderado por Rodrigo Duterte.
Nem os nomes dos nomeados nem de quem os propôs a nomeação são divulgados até que passem 50 anos. Só são entretanto conhecidos se forem divulgados diretamente por quem os propõe.
Os laureados do Nobel da Paz vão receber o prémio de dez milhões de coroas suecas (quase um milhão de euros), para além de um diploma e uma medalha.