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Contra ameaças e regimes autoritários, os jornalistas arriscam a própria pele para levar a informação ao público. É desta forma que o Comité Nobel justifica a atribuição do Nobel da Paz à filipina Maria Ressa e ao russo Dmitry Muratov.
Maria Ressa já reagiu, através de uma plataforma online de notícias, confessando-se "em choque", com este anúncio...
E Dmitry Muratov veio publicamente dedicar o prémio ao jornal Novaia Gazeta, onde trabalha e aos jornalistas que morreram no exercício desta actividade.
O Nobel da Paz pretende sublinhar os ideais da liberdade, num mundo em que a democracia enfrenta condições cada vez mais adversas e um histórico para o jornalimo, refere o presidente do sindicato dos Jornalistas, Luís Filipe Simões, onde diz que “hoje somos todos Maria Ressa e Dmitry Muratov.
No entender do comentador da Antena 1 para assuntos relacionados com a Rússia, José Milhazes, a atribuição deste Nobel da Paz a Dmitry Muratov é um sinal importante para o mundo entender que na Rússia a liberdade de expressão praticamente não existe.
O jornalista distinguido pela academia Nobel é diretor do único jornal independente com expressão nacional
O Kremlin também já reagiu a este anúncio...
Apesar de um dos laureados com o Nobel da Paz ser um jornalista russo que escreve num jornal que é crítico do regime de Putin, o governo de Moscovo dá os parabéns a Dmitry Muratov por considerar que o jornalista trabalha de acordo com ideais próprios, com talento e coragem.
Dmitry Muratov e Maria Ressa, um russo e uma filipina, são os vencedores deste ano do prémio Nobel da Paz.
O Alto Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas já aplaudiu esta decisão, afirmando que este é um merecido reconhecimento, já que os jornalistas têm trabalhado em circunstâncias muito difíceis.