Mundo
Nuvens pesadas sobre o Curdistão iraquiano após referendo
Depois do referendo de segunda-feira sobre a independência do Curdistão iraquiano, Bagdade, Damasco, Teerão e Ancara lançam sérios avisos contra as pretensões dos curdos.
Os resultados do referendo no Curdistão iraquiano eram para ter sido anunciados na terça-feira à noite, mas o anúncio da vitória do sim foi adiado.
Nas ruas de Erbil houve festejos com fogo-de-artifício e danças depois de mais de 3,3 milhões de pessoas terem votado, ou seja, 72,16 por cento dos inscritos, de acordo com a comissão eleitoral.

O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, afirmou que o Governo central "irá impor a sua autoridade de acordo com a Constituição" e ordenou ao líder dos curdos iraquianos para entregar o controlo dos dois aeroportos regionais, em Erbil e Souleimaniyeh.
Em caso de recusa, todos os voos internacionais de e para o Curdistão serão proibidos a partir de sexta-feira.
No domingo, na véspera da votação, o Governo de Bagdade pediu aos países estrangeiros que tratassem apenas com o Governo central todas as transações do petróleo, sendo que o ouro negro é a principal fonte de rendimento para o Curdistão iraquiano.

Num discurso na televisão, Massoud Barzani pediu a Al-Abadi “para não fechar a porta do diálogo”. O Presidente dos curdos iraquianos apelou para que, "em vez de sanções, venham negociar por um futuro melhor para todos".
Fortes pressões internacionais
Na Síria, o ministro das Relações Exteriores, Walid Mouallem, afirmou que o referendo é "totalmente inaceitável", alertando para um "caos regional".
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, alertou terça-feira para o risco de uma "guerra étnica" se o Curdistão iraquiano prosseguir com o seu projeto de independência.

Os Estados Unidos disseram que estavam "profundamente desapontados" com a realização do referendo e receiam que "aumente a instabilidade" na região.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, considerou o referendo como “um compromisso”.
Envio de forças para a região
O Parlamento iraquiano aprovou segunda-feira uma resolução para o envio de forças militares para "todas as áreas disputadas”.
Estas áreas incluem a província multi-étnica de Kirkuk (Norte), rica em petróleo, bem como partes das províncias de Nineveh (Norte), Dyala e Salaheddine (Norte de Bagdade).

A maior fatia de território foi conquistada pelos combatentes peshmerga curdos ao autoproclamado Estado Islâmico.
O professor de ciência política da Universidade de Bagdade Issam al-Fayli não espera um confronto militar imediato: "Sem dúvida haverá pequenos incidentes, mas a crise deve permanecer sob controlo".
c/ agências internacionais
Nas ruas de Erbil houve festejos com fogo-de-artifício e danças depois de mais de 3,3 milhões de pessoas terem votado, ou seja, 72,16 por cento dos inscritos, de acordo com a comissão eleitoral.
O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, afirmou que o Governo central "irá impor a sua autoridade de acordo com a Constituição" e ordenou ao líder dos curdos iraquianos para entregar o controlo dos dois aeroportos regionais, em Erbil e Souleimaniyeh.
Em caso de recusa, todos os voos internacionais de e para o Curdistão serão proibidos a partir de sexta-feira.
No domingo, na véspera da votação, o Governo de Bagdade pediu aos países estrangeiros que tratassem apenas com o Governo central todas as transações do petróleo, sendo que o ouro negro é a principal fonte de rendimento para o Curdistão iraquiano.
Num discurso na televisão, Massoud Barzani pediu a Al-Abadi “para não fechar a porta do diálogo”. O Presidente dos curdos iraquianos apelou para que, "em vez de sanções, venham negociar por um futuro melhor para todos".
Fortes pressões internacionais
Na Síria, o ministro das Relações Exteriores, Walid Mouallem, afirmou que o referendo é "totalmente inaceitável", alertando para um "caos regional".
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, alertou terça-feira para o risco de uma "guerra étnica" se o Curdistão iraquiano prosseguir com o seu projeto de independência.
Os Estados Unidos disseram que estavam "profundamente desapontados" com a realização do referendo e receiam que "aumente a instabilidade" na região.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, considerou o referendo como “um compromisso”.
Envio de forças para a região
O Parlamento iraquiano aprovou segunda-feira uma resolução para o envio de forças militares para "todas as áreas disputadas”.
Estas áreas incluem a província multi-étnica de Kirkuk (Norte), rica em petróleo, bem como partes das províncias de Nineveh (Norte), Dyala e Salaheddine (Norte de Bagdade).
A maior fatia de território foi conquistada pelos combatentes peshmerga curdos ao autoproclamado Estado Islâmico.
O professor de ciência política da Universidade de Bagdade Issam al-Fayli não espera um confronto militar imediato: "Sem dúvida haverá pequenos incidentes, mas a crise deve permanecer sob controlo".
c/ agências internacionais