"O meu sonho é voltar a ver a família"

por Raquel Morão Lopes

Foto: Reuters/Alkis Konstantinidis

No dia em que 93 países e organizações se reúnem numa cimeira em Malta, para discutir o "princípio de um processo para uma abordagem prática à crise dos refugiados", a Antena1 conta, na primeira pessoa, a história de um jovem somali que cruzou um continente e muitas fronteiras à procura da sua paz.

Mohamed está hoje, precisamente, em Malta, onde 93 delegações, entre membros da União Europeia, países africanos, Nações Unidas e representantes da sociedade civil e organizações não-governamentais iniciam um encontro, com o objetivo declarado de produzir uma declaração política e um plano de ação com "abordagem prática".

Apesar de ter conseguido fugir à guerra e à fome, o sonho de Mohamed, 22 anos, ainda não está cumprido. Conseguiu o estatuto de refugiado em Malta, mas é mais difícil deixar de se sentir um estranho numa terra estranha. A integração é um problema; é preciso haver disposição da parte da comunidade de acolhimento. E isso nem sempre acontece, explica o jovem africano à Antena1.

Sonhos, todos têm, e Mohamed não é exceção. O dele nem sequer é, aparentemente, ambicioso, embora o considere muito longínquo, devido ao anátema do terrorismo que mancha a sua Somália natal: "Quero voltar a ver a minha mãe, a minha família", diz.
pub