Ocupação de Gaza. Alemanha e Países Baixos insurgem-se e cortam envio de armas a Israel

São vários os países que têm surgido a condenar a decisão do Governo israelita. A Alemanha anunciou mesmo o fim da exportação de armas para Israel. Espanha e os Países Baixos já condenaram também as intenções do Executivo israelita.

Cláudia Aguiar Rodrigues - Antena 1 /

Amir Cohen - Reuters

De acordo com o ministro neerlandês dos Negócios Estrangeiros, Caspar Veldkamp, em declarações à estação de televisão local Nos, citado pela agência de notícias espanhola EFE, houve três licenças de venda de material bélico revogadas, mas foram também retiradas as licenças para peças do sistema antiaéreo israelita Iron Dome, ou Cúpula de Ferro.

Já o ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, José Manuel Albares, condenou firmemente a decisão do Governo israelita de ocupar a cidade de Gaza, sublinhando que a medida só irá causar “mais destruição e sofrimento”.

O Hamas e autoridades palestinianas também não poupam críticas ao plano anunciado pelo gabinete de segurança de Israel.

O Conselho de Segurança de Israel aprovou uma proposta do primeiro-ministro para ocupar militarmente a cidade de Gaza, no norte do território, a fim de “derrotar o [movimento islamita palestiniano] Hamas”.

Apesar de o plano só determinar a ocupação da cidade de Gaza e não mencionar o resto do enclave, Benjamin Netanyahu já tinha afirmado que queria estender a operação a toda a Faixa.

Uma ocupação apoiada por 30 por cento da população israelita, que acham que o país deve manter a pressão militar e ocupar a Faixa de Gaza, mesmo que isso prejudique a vida dos reféns, refere uma sondagem agora publicada.

A sondagem, publicada pelo jornal Maariv, foi realizada nos dias 6 e 7, após a fuga de informação sobre a intenção do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de assumir o controlo de todo o enclave palestiniano.
PUB