Reportagem

Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Paulo Alexandre Amaral, Carlos Santos Neves - RTP /

Ueslei Marcelino, Reuters

Mais atualizações

00h30 - Rússia bombardeia a cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia

A Rússia terá ripostado a um ataque ucraniano à cidade de Nova Kakhovka, sob controlo russo, com o bombardeamento da cidade de Bakhmut, na região de Donetsk, durante a noite.

O repórter do Kyiv Independent, Illia Ponomarenko, publicou na rede social Twitter imagens alegadamente do ataque, com a frase: “Enquanto isso, a Rússia responde varrendo Bakhmut da terra com artilharia durante a noite”.

23h45 - Fabricante de brinquedos Lego deixa de vender na Rússia em definitivo

A fabricante de brinquedos dinamarquesa Lego anunciou que vai interromper de forma definitiva as vendas na Rússia devido à guerra na Ucrânia, afetando 81 lojas que eram operadas por um distribuidor russo.

O grupo responsável pelos famosos tijolos de plásticos "decidiu cessar indefinidamente as suas atividades comerciais na Rússia" e "encerrar a sua parceria" com o distribuidor russo Inventive Retail Group, "que detinha e explorava 81 lojas em nome da marca", disse à agência de notícias AFP uma porta-voz.

A multinacional também vai cortar os postos de trabalho da "maior parte da sua equipa sediada em Moscovo", indicou.

(agência Lusa)

23h30 - Zelensky. Rússia "não tem coragem" para admitir a derrota

O presidente da Ucrânia afirmou que a Rússia “não tem coragem” de admitir a derrota e que as forças de ocupação não estão seguras em nenhum lugar do país.

Num discurso diário à nação e emitido na televisão e de publicado no site da presidência, Volodymyr Zelensky também ironizou com a aparente dependência dos militares russos de armas antigas e táticas da era soviética.

Zelensky sublinhou que a unidade dos cidadãos ucranianos, combinada com as forças armadas do país, garantem o resultado da guerra.

23h20 - Ucrânia espera retomar exportações de cereais

A Ucrânia tem esperança de um aumento nas exportações de grãos, apesar do bloqueio da Rússia aos portos do Mar Negro, uma vez que os navios começaram a passar por uma importante foz do rio Danúbio.

"Nos últimos quatro dias, 16 navios passaram pela foz do rio Bystre", disse o vice-ministro de Infraestrutura, Yuriy Vaskov, em comunicado citado pelas agências internacionais. "Planeamos manter este ritmo", acrescenta.

Segundo o ministério, os 16 navios estão agora à espera para serem carregados com cereais ucranianos para mercados estrangeiros, enquanto mais de 90 navios aguardam a sua vez no canal Sulina, na Roménia.

23h15 - Reportagem da RTP perto da linha da frente

Militares ucranianos apelaram ao Ocidente que apresse a entrega de armas e munições para combater a invasão russa. 

Os enviados-especiais da RTP à Ucrânia, António Mateus e Cláudio Calhau, aproximaram-se da frente ocupada pelos russos, entre Kharkiv e o Donbass.

19h49 - Começa amanhã em Istambul a reunião russo-ucraniana sobre o abastecimento de cereais

O ministro turco da Defesa, Hulusi Akar, declarou, segundo citação da AFP: "As delegações militares do ministérios turco, russo e ucraniano da Defesa, bem como uma delegação das Nações Unidas, discutiram amanhã em Istambul o fornecimento em toda a segurança, aos mercados internacionais, de cereais que se encontram em espera nos portos ucranianos".

A Rússia confirmou a realização do encontro, salvaguardando contudo a sua intenção de revistar os navios "para evitar o contrabando de armas". A Ucrânia disse ser a favor de um desbloqueamento dos cereais ucranianos "sob os auspícios da ONU".

18h45 - Rússia reivindica morte de mais "mercenários" e inclui um português

A Rússia reivindicou hoje a morte de 391 combatentes estrangeiros na Ucrânia nas últimas três semanas, incluindo um que o Ministério da Defesa russo identificou como português.

Além dos "mercenários" abatidos pelas forças russas, o ministério disse que, no mesmo período, 240 combatentes estrangeiros fugiram da Ucrânia e 151 chegaram ao país que a Rússia invadiu em 24 de fevereiro.

"Nas últimas três semanas, o número de mercenários na Ucrânia diminuiu de 3.221 para 2.741 como resultado das ações ofensivas das unidades das Forças Armadas russas e das milícias populares das repúblicas de Lugansk e Donetsk", disse o Ministério da Defesa russo num comunicado.

O ministério divulgou na rede social Telegram uma lista de mercenários por países, em que refere a chegada de 105 de Portugal desde o início do conflito.

Desse total, 20 figuram como mortos e outros 20 como tendo fugido, pelo que continuariam 65 na Ucrânia, segundo os dados divulgados por Moscovo.

(Lusa)

18h35 - Brasil aumenta compras de diesel à Rússia

Segundo o ministro basileiro dos Negócios Estrangeiros, Carlos Franca, citado pela agência Reuters, o Brasil tem estado a comprar à Rússia todo o diesel que pode. 

Durante uma visita a Nova Iorque, na terça feira, o ministro declarou: "Temos de garantir que temos diesel suficiente para para o agronegócio brasileiro e, claro, para os automobilistas brasileiros. É por isso que estamos a procurar fornecedores de diesel seguros e muito fiáveis - e a Rússia é um deles".

A uma pergunta sobre possíveis retaliações ocidentais por esta infracção ao embargo contra a Rússia, Franca respondeu: "Acho que não [haverá retaliações]".

E acrescentou: "A Rússia é um parceiro estratégico do Brasil. Somos parceiro no BRICS. Dependemos fortemente dos fertilizantes exportados da Rússia e também da Bielorrússia. E, claro, a Rússia é uma grande fornecedora de petróleo e de gás. Podem perguntar à Alemanha. Podem perguntar à Europa. E também nós no Brasil temos falta disso".

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro tinha dito ontem que estava na forja um acordo com Moscovo para comprar diesel muito mais barato do que até agora. Bolsonaro espera que o acordo crie melhores condições para ele próprio disputar as eleições presidenciais de outubro contra o candidato da esquerda, Luís Inácio "Lula" da Silva, que as sondagens mostram em clara vantagem.

17h46 - Aberto um processo na Rússia ao opositor Ilia Iachine 

Um processo-crime foi aberto pelas autoridades russas contra Ilia Iachine, um dos poucos opositores que não se encontram no exílio ou na cadeia.

Segundo a AFP, citando a página de Facebook do advogado de Iachine, o motivo invocado para abrir o processo é a "difusão de informações falsas". Na mesma página, o advogado anunciava estar em curso uma busca em casa do seu constituinte.

17h37 - Região separatista de Donetsk inaugura "embaixada" em Moscovo

A região separatista de Donetsk, no leste da Ucrânia, inaugurou esta terça-feira uma "embaixada" em Moscovo, ao mesmo tempo que denunciou um agravamento da situação no terreno, onde os combates são intensos.

"Nos últimos dias, a situação agravou-se drasticamente", disse Natalia Nikanorova, "ministra dos Negócios Estrangeiros" da região separatista pró-russa.

"Não estamos com pressa", disse Nikanorova, quando questionado sobre a intenção da região de se juntar plenamente à Rússia.

"O principal objetivo é libertar a república", disse, usando o vocabulário usado pela Rússia para descrever a conquista territorial da região. "Então haverá um referendo no devido tempo e veremos qual será a vontade do povo".

17h25 - Em 2021 a União Europeia exportou mais do que importou de três candidatos a leste

Os 27 exportaram o ano passado para a Ucrânia, Geórgia e Moldova, candidatos à adesão, 33,5 mil milhões de euros. No sentido inverso, a UE comprou a este trio 26,7 mil milhões de euros, segundo dados do Eurostat.

16h42 - RTP testemunha ataque a fábrica em Kharkiv

16h35 - Donbass. Subiu para 43 o número de mortos no colapso de apartamentos

O número de mortos no colapso de um bloco de apartamentos atinguido por um míssil russo na cidade de Chasiv Yar, na região de Donetsk, subiu para 43 na noite de terça-feira, disseram os serviços de emergência.

Mais de 420 toneladas de escombros foram retiradas do local e nove pessoas retiradas das ruínas, escreveu o diretor dos serviços de emergência regionais no Facebook.

A Rússia, que nega ter deliberadamente visado civis, disse na segunda-feira ter "destruído o ponto de implantação temporário" da unidade de defesa territorial em Chasiv Yar.

16h15 - Mais de 11 milhões de ucranianos deslocados ou refugiados

Mais de seis milhões de ucranianos estão deslocados internamente, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Juntam-se aos cerca de 5,5 milhões de ucranianos registados como refugiados noutros Estados europeus desde o início da invasão.

15h55 - Ucrânia quer questão dos cereais tratadas sob auspícios da ONU

Na véspera das conversações a quatro na Turquia para desbloquear as exportações de cereais da Ucrânia, o ministro dos Negócios Estrangeiros do país manifestou o desejo de ver a questão resolvida sob os auspícios das Nações Unidas.

"A Ucrânia defende que a questão do desbloqueio dos cereais seja resolvida sob os auspícios das Nações Unidas", disse à Reuters o porta-voz do governo, Oleg Nikolenko.

"Neste contexto, estamos gratos ao secretário-geral António Guterres pelos seus esforços para encontrar uma solução que garanta a segurança das regiões sul do nosso país", disse.

15h35 - Número de mortos no conflito na Ucrânia ultrapassa a marca dos 5.000

O gabinete de Direitos Humanos das Nações Unidas faz saber que mais de 5.000 civis foram mortos na Ucrânia desde que a Rússia invadiu o país a 24 de fevereiro, acrescentando que o número real será muito maior.

A ONU, que tem dezenas de monitores de Direitos Humanos no país, disse na sua atualização semanal que 5.024 pessoas foram mortas e 6.520 feridas.

15h21 - Nova assistência económica dos Estados Unidos à Ucrânia no montante de 1,7 mil milhões de dólares

15h09 - União Europeia congelou 13,8 mil milhões em ativos russos

A União Europeia já congelou 13,8 mil milhões de euros em ativos detidos por oligarcas, outros indivíduos e entidades sancionados pela guerra contra a Ucrânia.

Um responsável da União disse que a grande maioria das sanções vem de cinco dos 27 Estados-membros da UE. O bloco tem atualmente 98 entidades e quase 1.160 indivíduos na lista negra.

"De momento, congelámos fundos provenientes de oligarcas e de outras entidades no valor de 13,8 mil milhões de euros", afirmou na terça-feira o comissário da Justiça da UE, Didier Reynders. "Mas, em grande parte, mais de 12 mil milhões vêm de cinco estados, por isso temos de continuar a convencer outros a fazer o mesmo", disse aos jornalistas à chegada a uma reunião dos ministros da Justiça na capital checa, Praga.

O número é uma combinação de dinheiro detido em contas bancárias, bem como o valor estimado de iates apreendidos e imóveis, entre outros ativos, informou. Não inclui ativos congelados do banco central russo, que a Comissão afirmou em maio ascender a 24 mil milhões de euros.

14h28 - Sete mortos e mais de 60 feridos em Nova Kakhovka


14h20 - Irão vai enviar drones para a Rússia

O Irão vai entregar "centenas de drones" à Rússia, disse o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan: "Os nossos serviços secretos indicam que o governo iraniano está a preparar-se para entregar à Rússia até várias centenas de drones, incluindo aviões de combate, num curto espaço de tempo", disse Sullivan numa conferência de imprensa em Washington.

As informações que temos "indicam também que o Irão está a preparar-se para treinar as forças russas no manuseamento destes drones e que as primeiras sessões de treino terão já começado no início de julho", acrescentou, sublinhando que não sabia se os drones já tinham sido entregues por Teerão.

Teerão reagiu já a estas alegações, declarando que "nenhum desenvolvimento específico" ocorreu na cooperação tecnológica entre a Rússia e o Irão.

"A cooperação tecnológica antecede os acontecimentos na Ucrânia e não houve desenvolvimentos particulares nesta área recentemente", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Nasser Kanani, não mencionando a questão dos drones.

Kanani lembrou ainda que a posição de Teerão quanto à guerra é "clara e tem sido repetidamente expressada oficialmente". O Irão, disse, é contra a guerra na Ucrânia e apela a "uma solução política", denunciando ao mesmo tempo que a origem do conflito está no desejo de expansão dos Estados Unidos e da NATO.

14h10 - Ataque de rockets ucraniano atingue fileiras russas

A Ucrânia disse na terça-feira que tinha realizado um ataque de rockets de longo alcance contra as forças russas no sul do país, território que diz estar a planear retomar com uma contra-ofensiva usando centenas de tropas.

De acordo com a Ucrânia, o ataque atingiu um depósito de munições na cidade de Nova Kakhovka, na região de Kherson, e matou 52 russos. Isto, depois de Washington ter fornecido à Ucrânia sistemas de artilharia HIMARS móveis, que Kiev diz que as suas forças estão a usar com cada vez maior eficácia.

Um oficial russo em Kherson deu outra versão. Disse que pelo menos sete pessoas tinham sido mortas e que os civis e as infraestruturas civis tinham sido atingidos.

13h47 - Kharkiv atingida por 15 projéteis russos durante a noite

Os enviados da RTP à Ucrânia, António Mateus e Cláudio Calhau, estão num dos locais atingidos nas últimas horas. Trata-se de uma infraestrutura civil que integra uma zona de produção da indústria automóvel.


13h32 - Lego rescinde contrato com operador de loja russa

A Lego rescindiu contrato com a operadora das suas 81 lojas na Rússia, um movimento que poderá pôr fim às operações do fabricante de brinquedos dinamarquês na Rússia.

A IRG, que também opera lojas de outras empresas estrangeiras na Rússia, incluindo a Nike e a Samsung, confirmou que o contrato com a Lego tinha sido encerrado.

13h17 - Um navio russo, o Sormovskiy 48, terá entregado 3.000 toneladas de milho retirado de Kerch, na Ucrânia ocupada. O destino da carga foi o porto turco de Karasu, segundo o Euromaidan Press.


12h37 - Kiev diz ter libertado cinco ucranianos após uma "operação especial" na região de Kherson

Cinco ucranianos em cativeiro pelas tropas russas na região de Kherson foram libertados graças a uma "operação especial" dos serviços de informações militares ucranianos, informou esta terça-feira Kiev.

"Durante uma operação especial (...) nos territórios temporariamente ocupados da região de Kherson, cinco cidadãos ucranianos detidos em cativeiro pelos ocupantes russos foram libertados", disse o Serviço de Inteligência Militar ucraniano (GUR) em comunicado, acrescentando que entre eles está um soldado e um ex-polícia.

12h25 - Forças separatistas russas cercam Sieversk

As forças separatistas pró-russas e russas estão a cercar a cidade de Sieversk, na região de Donetsk, na Ucrânia, indicou à agência estatal russa TASS Rodion Miroshnik, embaixador em Moscovo da auto-proclamada República Popular de Lugansk.

Sieversk, que é reivindicada pela República Popular de Donetsk, encontra-se na linha da frente da batalha pela região oriental do Donbass, depois de tropas ucranianas terem abandonado a cidade de Sieviernetsk no mês passado.

12h17 - Rússia multa Apple por alegada violação no armazenamento de dados

Um tribunal de Moscovo multou esta terça-feira a gigante tecnológica norte-americana Apple em dois milhões de rublos (cerca de 34.173 dólares) por alegadamente se recusar a armazenar os dados de cidadãos russos em território russo, noticiou a agência Interfax.

Moscovo entrou em conflito com a Apple sobre conteúdo, censura, dados e representação local desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, a 24 de fevereiro.

12h02 - Lukashenko falou com Putin sobre "planos de ataque" ocidentais contra a Rússia

O líder bielorrusso Alexander Lukashenko diz ter discutido com o presidente russo os "planos" preparados perlo Ocidente para atacar a Rússia.

"Discutimos isto em detalhe com o presidente russo, foram elaborados planos estratégicos para atacar a Rússia", disse Lukashenko, que teve uma conversa telefónica com Putin na segunda-feira, segundo a agência de notícias bielorrussa Belta.

Estes "planos" prevêem ofensivas "através da Ucrânia e da Bielorrússia", disse Lukashenko. "A história repete-se", concluiu, referindo-se às invasões da Rússia por Napoleão e Alemanha Nazi.

11h55 - Líder da junta de Myanmar visita Moscovo com nuclear na agenda

O líder da junta militar no poder em Myanmar vai visitar Moscovo, planeando encontrar-se com o chefe da agência espacial russa, bem como com responsáveiss da Rosatom, a companhia estatal da Federação Russa responsável pelo complexo energético nuclear do país, indicou esta terça-feira a agência RIA Novosti.

11h41 - Rússia e Ucrânia vão discutir com ONU a crise dos cereais

A reunião vai ter lugar na Turquia. Uma nova ronda de conversações entre a Rússia, a Ucrânia, a Turquia e as Nações Unidas sobre as exportações de cereais da Ucrânia terá lugar amanhã em Istambul, informou a agência Interfax, citando o Ministério russo dos Negócios Estrangeiros.

A Ucrânia é um dos principais exportadores agrícolas e a sua incapacidade de enviar abastecimentos vitais de cereais provocou um aumento dos preços dos produtos alimentares, agravando as preocupações com uma crise alimentar global.

11h31 - Separatistas de Donetsk apontam decisão sobre apelo dos combatentes estrangeiros dentro de um mês

As decisões sobre os apelos dos combatentes britânicos e marroquino condenados à morte pela República Popular de Donetsk serão tomadas dentro de um mês, referiu na terça-feira um funcionário separatista.

Dois britânicos e um cidadão marroquino capturados a lutar com o exército ucraniano foram condenados à morte como mercenários por um tribunal separatista apoiado pela Rússia no mês passado. Os três recorreram das suas sentenças.

A Ucrânia e os países ocidentais disseram que os homens são prisioneiros de guerra, com direito à proteção ao abrigo das Convenções de Genebra.

11h27 - Ucrânia anuncia bombardeamento de depósito de munições russo na região de Kherson. As forças russas apontam 7 mortos num atentado ucraniano na mesma região.

11h14 - União Europeia aprova mil milhões de euros em nova assistência financeira à ucrânia

Os ministros das Finanças da União Europeia aprovaram uma nova ajuda financeira de mil milhões de euros à Ucrânia, elevando a 2,2 mil milhões de euros a assistência total dos 27 desde a invasão russa.

A ajuda "adotada hoje visa satisfazer as necessidades imediatas e urgentes de financiamento da Ucrânia e garantir que o Estado ucraniano possa continuar a desempenhar as suas funções mais essenciais", explicou num comunicado o ministro checo das Finanças, Zbynek Stanjura.

10h55 - Sobreviventes resgatados de prédio atingido pelas forças russas

Os socorristas retiraram mais corpos e alguns sobreviventes de um prédio de apartamentos destruído por um ataque de mísseis que matou 31 pessoas no leste da Ucrânia, enquanto um bombardeamento russo matou pelo menos três na segunda maior cidade de Kharkiv.

O Ministério da Defesa da Rússia disse na segunda-feira que os seus mísseis atingiram depósitos de munições na região central de Dnipro, na Ucrânia, usada para fornecer lança-foguetes e armas de artilharia. As forças russas também atingiram dois hangares do exército ucraniano que armazenavam peças de artilharia fabricadas pelos EUA perto de Kostantinovka, na província de Donetsk, no leste do país, acrescentou.

10h36 - Kremlin diz que muitos ucranianos querem ser cidadãos russos

Moscovo manifestou esta convicção já hoje, um dia depois de ter publicado um decreto que simplifica as regras para os cidadãos ucranianos adquirirem passaportes russos.

A Rússia afirmou que os residentes de áreas do sul da Ucrânia ocupadas desde fevereiro têm o direito de se tornarem cidadãos russos, uma medida que a Ucrânia e os países ocidentais dizem confirmar que Moscovo planeia manter o controlo dessas regiões.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse numa chamada com os jornalistas que "não houve discussão" sobre o relançamento das negociações de paz com Kiev.

10h29 - Kremlin anuncia cimeira Putin-Raisi-Erdogan sobre a Síria em Teerão a 19 de julho

10h04 - Japão preocupado com abastecimento de gás natural liquefeito

O ministro japonês da Indústria, Koichi Hagiuda, manifestou a intenção de reiterar, junto de norte-americanos e australianos, o pedido para o aumento dos aprovisionamentos de gás natural liqueifeito, quando se encontrar esta semana, em Sydney, com os homólogos daqueles dois países.

"Vou uma vez mais apelar aos Estados Unidos, um grande produtor global de GNL, e à Austrália, o maior fornecedor do Japão, para que aumentem a produção e assegurem um abastecimento estável do combustível, à medida que o mercado se aperta, na sequência da invasão russa da Ucrânia", afirmou Hagiuda em conferência de imprensa.

9h53 - Brasil. Acordo para comprar gasóleo russo "é quase certo"


Num discurso perante apoiantes em Brasília, na segunda-feira, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, deu como "quase certo" um acordo para a compra de gasóleo à Rússia a um preço mais barato.

Os primeiros carregamentos de combustível russo podem chegar ao Brasil nos próximos dois meses, segundo a Agência Brasil.

9h26 - O destino dos prisioneiros estrangeiros em Donetsk

A agência Interfax cita um responsável da autoproclamada República Popular de Donetsk segundo o qual haverá decisões, dentro de um mês, sobre os recursos interpostos pelos dois cidadãos britânicos e um marroquino ali condenados à morte.

Os britânicos Aiden Aslin e Shaun Pinner e o marroquino Saaudun Brahim foram capturados quando integravam as fileiras das Forças Armadas da Ucrânia.

9h06 - Ocupantes russos apontam para sete mortos em Kherson

As autoridades de ocupação da região de Kherson, no sul da Ucrânia, adiantam que morreram pelo menos sete pessoas e outras 60 ficaram feridas num bombardeamento ucraniano levado a cabo durante a noite.

Os números foram avançados no Telegram pelo chefe da administração ali imposta pelas tropas russas, Vladimir Leontiev.

Ekaterina Goubareva, vice de Leontiev, afirma que as tropas ucranianas recorreram a sistemas de lançamento múltiplo de rockets Himars fornecidos pelos Estados Unidos.

8h47 - Kharkiv, a cidade que ainda não conseguiu ter paz

Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, no nordeste do país, segue debaixo de fogo constante dos russos. Os bombardeamentos acontecem noite após noite, como relata o enviado especial da RTP à Ucrânia António Mateus, em mais uma madrugada violenta e sobressaltada na cidade.
Antena 1

O lado pró-russo do conflito denuncia esta manhã que vários apartamentos em nova Kakovka foram atingidos. Ainda haverá pessoas debaixo dos escombros e foram atingidos também vários armazéns de fertilizantes.

8h34 - Contra-ataque ucraniano em Kherson

As forças ucranianas afirmam ter bombardeado um depósito de munições das tropas russas na região ocupada de Kherson.

8h19 - Mykolaiv debaixo de bombardeamento

Pelo menos quatro pessoas ficaram feridas durante "pesados bombardeamentos" de artilharia da Rússia lançados já esta manhã contra Mykolaiv, adianta na plataforma de mensagens Telegram o presidente da câmara da cidade, Oleksandr Syenkevych.

Os rockets russos terão atingido dois edifícios médicos e prédios residenciais.

8h13 - Sirenes soam em Lviv sem que ataques se materializem

O governador de Lviv, Maksym Kozytskyi, adianta, num briefing operacional, que na segunda-feira chegaram àquela região ocidental da Ucrânia 150 pessoas nos comboios que asseguram evacuações de civis.

As autoridades locais chegaram a evacuar a principal estação ferroviária de Lviv, na sequência de relatos sobre a presença de explosivos. Mas a ameaça não se concretizou.

Durante a noite as sirenes que alertam para potenciais ataques aéreos soaram por uma vez. Contudo, a cidade de Lviv não foi atacada.

7h52 - III Guerra Mundial "aos bocadinhos"

O papa avisa que o mundo está a braços com uma III Guerra Mundial "aos bocadinhos", recordando que, ao longo de anos, se têm registado "guerras selvagens de destruição", como aquela que assola atualmente a Ucrânia.

"Há anos que vivemos a III Guerra Mundial aos bocadinhos, em capítulos, com guerras por todo o lado, embora a guerra na Ucrânia nos toque mais de perto", enfatiza Francisco em entrevista em língua espanhola à plataforma de streaming ViX, da Noticias Univision 24/7.

7h42 - Pequenos avanços russos em Donetsk

As tropas russas continuam a obter pequenos ganhos territoriais na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, depois de terem anunciado a tomada da localidade de Hryhorivka. É o que observa o Ministério britânico da Defesa no seu mais recente relatório sobre a situação no teatro de guerra.

A máquina de guerra russa prossegue também o assalto ao longo da estrada E-40 para as cidades de Slovyansk e Kramatorsk.


Londres assinala ainda que Moscovo estará a debater-se com a falta de efetivos militares, pelo que poderá recorrer a mecanismos não tradicionais de recrutamento, desde logo junto de guardas prisionais, por exemplo. "A ser verdade, esta medida indicia provavelmente dificuldades na substituição de números significativos de baixas russas", estima o Ministério britânico.

7h23 - Ponto de situação


  • Pelo menos 34 pessoas morreram no ataque com mísseis da Rússia que atingiu um edifício de apartamentos em Chasiv Yar, no leste da Ucrânia. É este o ultimo balanço das autoridades do país. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou Moscovo de ter perpetrado um ataque deliberado contra civis.

  • Volodymyr Zelensky deu ordens às Forças Armadas da Ucrânia para que formem uma força de um milhão de soldados com vista a reconquistar território à Rússia no sul do país. O ministro ucraniano da Defesa, Oleksii Reznikov, afirmou que o objetivo é retomar áreas ocupadas da costa do Mar Negro – território crucial para a economia ucraniana.

  • Pelo menos seis pessoas morreram em bombardeamentos da artilharia russa, na manhã de segunda-feira, em Kharkiv. Ihor Terekhov, presidente da câmara desta cidade do nordeste da Ucrânia, a segunda maior do país, deu conta de várias infraestruturas civis atingidas pelos russos: “locais que não tinham significado militar”.

  • Cerca de 80 por cento dos residentes da região de Donetsk, no Donbass, fugiram do território desde 24 de fevereiro, primeiro dia da invasão russa, segundo o governador Pavlo Kyrylenko. Permaneceram cerca de 340 mil pessoas.

  • O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto que facilita a obtenção da cidadania russa por parte de ucranianos. Um diploma predecessor havia já sido aplicado a residentes dos territórios separatistas de Donetsk e Lugansk e das regiões ocupadas de Kherson e Zaporizhia.

  • Vladimir Putin deverá encontrar-se em breve com o presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan. Os dois líderes abordaram na segunda-feira, ao telefone, a questão do bloqueio das exportações de cereais da Ucrânia. Erdogan terá dito ao presidente russo que chegou o momento de pôr em prática o plano das Nações Unidas para a abertura de um corredor de exportação no Mar Negro, de acordo com a agência estatal turca Anadolu.

  • A embaixadora do Canadá na Ucrânia, Larisa Galadza, foi convocada pelo Governo do país anfitrião para explicar a decisão, por parte de Otava, de fazer regressar à Alemanha as turbinas reparadas que permitirão manter em funcionamento o gasoduto Nord Stream 1. Kiev queixa-se de uma quebra nas sanções impostas à Rússia.

  • A Letónia admite aumentar a sua despesa com a defesa e introduzir o serviço militar obrigatório para homens e mulheres, face ao que considera a ser a crescente ameaça russa. Em declarações à Reuters, o presidente letão, Egils Levits, afirmou que a segurança é “a prioridade das políticas” do país.

  • O primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, encontrou-se com Volodymyr Zelensky em Kiev, onde reiterou o apoio do país à causa da defesa da Ucrânia “agora e nos anos vindouros”.

  • O Irão prepara-se para fazer chegar às Forças Armadas da Federação Russa centenas de drones com capacidade para transportar armamento, adiantou o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca. Jake Sullivan indicou que os dados recolhidos por Washington sugerem que o treino das forças russas para a utilização destes aparelhos deverá começar ainda este mês.