O Presidente da República esteve esta tarde na abertura da Assembleia Geral da ONU, onde instou ao respeito da Carta das Nações Unidas no sentido de garantir a paz no mundo. Marcelo chamou ainda a atenção para a necessidade de acelerar a luta contra as alterações climáticas e, por último, proceder a uma reforma das instituições "concebidas no século passado, totalmente afastadas da realidade do mundo atual". Apontou aqui a reforma das instituições financeiras internacionais.
"Ano após ano, nós prometemos. É tempo de cumprir", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na 78ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Num discurso de doze minutos, feito em português, o chefe de Estado defendeu que sem reforma da ONU e das instituições financeiras mundiais "não há multilateralismo possível, não há cooperação duradoura, não há paz, um pouco por todo o mundo".
O Presidente fez votos para que daqui a um ano se possa dizer "que há mais paz do que guerra - e não mais guerra do que paz", mais justiça, menos desigualdades, mais ação climática e avanços na reforma das Nações Unidas e das instituições financeiras.
"Se assim não for, continuaremos a ouvir sempre os mesmos, e tantos deles muito influentes, a prometerem e a não cumprirem - e perceberemos por que é que os povos acreditam cada vez menos naqueles que os governam", advertiu.
Marcelo Rebelo de Sousa foi o oitavo chefe de Estado a intervir neste primeiro dia do debate geral anual entre chefes de Estado e de Governo dos 193 Estados-membros da ONU.
c/ Lusa