PM polaco acusa anterior Governo de uso ilegal de 23 mil ME em fundos estatais
O primeiro-ministro polaco Donald Tusk acusou o anterior Governo de despesas ilegais avaliadas em 100 mil milhões de zlotys (23 mil milhões de euros) ao anunciar medidas do seu Governo para tentar recuperar o dinheiro.
Tusk disse que seis meses de investigações e auditorias revelaram um amplo abuso financeiro, com 62 membros da anterior "elite governante" indiciados até ao momento.
Tusk, um político centrista que lidera a coligação vencedora das legislativas de 2023, prometeu recuperar os padrões democráticos. O Governo assumiu funções em dezembro, após oito anos no poder do nacionalista e conservador Partido Lei e Justiça (PiS).
O PiS foi acusado pela União Europeia (UE) de corroer os padrões democráticos. No decurso do seu mandato, os `media ` polacos também reportaram alegados casos de nepotismo e corrupção, incluindo o desvio de fundos públicos para apoiantes do partido e fundações.
Em conferência de imprensa em Varsóvia, Tusk e os ministros do Interior, Justiça e Finanças assinaram um documento destinado a coordenar a tentativa de recuperar os bens estatais em falta.
"Pela primeira vez na história da Polónia, antigos responsáveis oficiais foram responsabilizados de forma tão rápida e eficaz", disse Tusk.
Mateusz Morawiecki, antecessor de Tusk, acusou o atual primeiro-ministro de disseminar "mentiras" destinadas a atingir o PiS, o maior partido da oposição.