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Politkovskaya foi assassinada durante investigação sobre torturas na Tchetchénia
A jornalista russa Anna Politkovskaya, assassinada sábado à porta de casa, em Moscovo, estava a preparar um artigo sobre as torturas sistemáticas na Tchetchénia, anunciou hoje o bissemanário Nóvaya Gazeta, onde trabalhava desde 1999.
"Por agora não temos as notas em nossa posse, mas sabemos que há testemunhos e fotografias", assegurou Vitali Yaroshevski, chefe de redacção da Nóvaya Gazeta, citado pela agência RIA-Nóvosti.
Os jornalistas da publicação adiantaram que irão fazer uma investigação independente sobre a morte de Politkovskaya, considerada uma das jornalistas mais críticas da política do Kremlin na Tchetchénia.
"A experiência de outras investigações confirma que podemos conseguir mais informação que os órgãos de segurança. Simplesmente porque eles não têm as fontes que nós temos", explicaram os jornalistas do bissemanário.
Desde que o Presidente russo, Vladimir Putin, chegou ao poder, no início de 2000, 12 casos de homicídio de jornalistas ficaram por resolver, segundo a União de Jornalistas da Rússia.
O assassinato de Politkovskaya, que foi encontrada morta com quatro tiros à porta de sua casa, no centro da capital russa, foi condenado por todas as forças políticas russas e organizações internacionais como o Repórteres Sem Fronteiras.
O presidente da Tchetchénia, Alú Aljanov, lamentou hoje a morte de Politkovskaya, que passava vários meses por ano na Tchetchénia e em outras repúblicas do Caúcaso Norte russo.
O secretário-geral do Conselho da Europa, Terry Davis, pediu uma investigação urgente sobre a morte da jornalista, posição igualmente defendida pelo Departamento de Estado norte-americano.
Os EUA mostraram-se sábado "chocados" com a notícia do assassínio de Anna Politkovskaya e pediram a Moscovo para fazer com que os culpados sejam presentes à justiça.
Politkovskaya, que nasceu em Nova Iorque em 1958, tinha confessado, por várias ocasiões, que tinha recebido ameaças de morte dos serviços secretos russos, do exército e de outras agências de segurança de Estado, organismos que tinha criticado fortemente nos artigos que publicou.
Anna Politkovskaya fez carreira como jornalista de investigação e tornou-se conhecida fora da Rússia pelas reportagens críticas que fez na república separatista da Tchetchénia, onde escreveu sobre assassínios, torturas e espancamentos civis pelas forças russas.
Por essas reportagens, Politkovskaya recebeu vários prémios de jornalismo, entre os quais a Caneta de Ouro (da União de Jornalistas da Rússia), em 2001, o de Pen Club International, em 2003, e o Prémio Jornalismo e Democracia da Organização para a Segurança e Cooperação da Europa (OSCE).
Politkovskaya foi também uma das poucas pessoas que entraram no teatro de Moscovo, onde um comando tchetcheno sequestrou centenas de pessoas em Outubro de 2002, com o objectivo de tentar negociar o final do sequestro.
A jornalista também escreveu um livro sobre a política de Putin para a Tchetchénia, no qual apresentava provas dos abusos generalizados cometidos pelas forças governamentais contra civis.
O seu mais recente livro chamava-se "A Rússia de Putin".
Os jornalistas da publicação adiantaram que irão fazer uma investigação independente sobre a morte de Politkovskaya, considerada uma das jornalistas mais críticas da política do Kremlin na Tchetchénia.
"A experiência de outras investigações confirma que podemos conseguir mais informação que os órgãos de segurança. Simplesmente porque eles não têm as fontes que nós temos", explicaram os jornalistas do bissemanário.
Desde que o Presidente russo, Vladimir Putin, chegou ao poder, no início de 2000, 12 casos de homicídio de jornalistas ficaram por resolver, segundo a União de Jornalistas da Rússia.
O assassinato de Politkovskaya, que foi encontrada morta com quatro tiros à porta de sua casa, no centro da capital russa, foi condenado por todas as forças políticas russas e organizações internacionais como o Repórteres Sem Fronteiras.
O presidente da Tchetchénia, Alú Aljanov, lamentou hoje a morte de Politkovskaya, que passava vários meses por ano na Tchetchénia e em outras repúblicas do Caúcaso Norte russo.
O secretário-geral do Conselho da Europa, Terry Davis, pediu uma investigação urgente sobre a morte da jornalista, posição igualmente defendida pelo Departamento de Estado norte-americano.
Os EUA mostraram-se sábado "chocados" com a notícia do assassínio de Anna Politkovskaya e pediram a Moscovo para fazer com que os culpados sejam presentes à justiça.
Politkovskaya, que nasceu em Nova Iorque em 1958, tinha confessado, por várias ocasiões, que tinha recebido ameaças de morte dos serviços secretos russos, do exército e de outras agências de segurança de Estado, organismos que tinha criticado fortemente nos artigos que publicou.
Anna Politkovskaya fez carreira como jornalista de investigação e tornou-se conhecida fora da Rússia pelas reportagens críticas que fez na república separatista da Tchetchénia, onde escreveu sobre assassínios, torturas e espancamentos civis pelas forças russas.
Por essas reportagens, Politkovskaya recebeu vários prémios de jornalismo, entre os quais a Caneta de Ouro (da União de Jornalistas da Rússia), em 2001, o de Pen Club International, em 2003, e o Prémio Jornalismo e Democracia da Organização para a Segurança e Cooperação da Europa (OSCE).
Politkovskaya foi também uma das poucas pessoas que entraram no teatro de Moscovo, onde um comando tchetcheno sequestrou centenas de pessoas em Outubro de 2002, com o objectivo de tentar negociar o final do sequestro.
A jornalista também escreveu um livro sobre a política de Putin para a Tchetchénia, no qual apresentava provas dos abusos generalizados cometidos pelas forças governamentais contra civis.
O seu mais recente livro chamava-se "A Rússia de Putin".