Mundo
Portugal reconhecerá independência do Kosovo “no momento adequado”
A posição portuguesa sobre a proclamação de independência do Kosovo será definida “em estreito diálogo” com os parceiros europeus e uma vez auscultados o Parlamento e o Presidente da República, afirmou esta segunda-feira, em Bruxelas, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado.
“É em estreito diálogo com os nossos aliados que nós tomaremos uma decisão no momento e no timing que entendermos mais adequado”, declarou o chefe da diplomacia portuguesa. Luís Amado falava após uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia.
Amado deverá comunicar já esta terça-feira às comissões parlamentares da Assembleia da República os resultados da reunião de Bruxelas. Na próxima quinta-feira, dia da reunião do Conselho de Ministros, o Governo terá “oportunidade de fazer uma primeira avaliação”, indicou ainda o governante português.
“Tenho a convicção de que uma esmagadora maioria de Estados-membros vai reconhecer o Kosovo”, disse Luís Amado.
O Governo português vai também ouvir o Presidente da República, Cavaco Silva, e os líderes das formações políticas com assento na Assembleia da República.
“O que sabemos é que a situação como estava era insustentável, tanto do ponto de vista económico como social”, sustentou o ministro português dos Negócios Estrangeiros, sublinhando que “se abre hoje um longo processo que se vai desenrolar ao longo dos próximos anos”.
Reunião de Bruxelas confirma divisão no seio da UE
Em Bruxelas, Alemanha, França, Grã-Bretanha e Itália tomaram a dianteira do conjunto de países-membros favoráveis ao reconhecimento da independência do Kosovo, proclamada no domingo.
“Temos a intenção de reconhecer o Kosovo”, anunciava pouco depois do termo da reunião o ministro francês dos Negócios Estrangeiros. Bernard Kouchner revelou que o Presidente francês, Nicolas Sarkozy, escreveu ao homólogo do Kosovo a dar conta da posição de Paris.
Pouco depois, os chefes das diplomacias de Itália, Grã-Bretanha e Alemanha vinham a público para fazer declarações semelhantes.
O ministro alemão dos Negócios Estrangeiros afirmou mesmo que “a maioria dos Estados da UE vai reconhecer o Kosovo”.
“A União Europeia vai ser como um pelotão de ciclismo. Alguns países vão avançar rapidamente, alguns vão precisar de várias semanas”, disse Frank-Walter Steinmeier.
Os chefes das diplomacias europeias acertaram posições quanto ao carácter excepcional, no âmbito do Direito Internacional, da declaração de independência por parte das instituições do poder político do Kosovo. Ficou também estabelecido que este é um caso que não deverá abrir um precedente para outras regiões com aspirações independentistas.
A declaração aprovada esta segunda-feira em Bruxelas deixa a cada um dos Estados-membros a responsabilidade de tomar uma decisão sobre o auto-proclamado estatuto do Kosovo. Cada um dos países-membros, fixa a declaração, “decidirá, segundo as suas práticas nacionais e regras jurídicas”, se reconhece ou não a independência daquele território.
Fica assim confirmada a incapacidade de definir uma posição comum entre os 27.
Temendo que a independência do Kosovo crie um “efeito dominó” nos demais movimentos separatistas da Europa, Espanha e República de Chipre fizeram já saber que não vão reconhecer a proclamação do Governo kosovar. Grécia, Eslováquia, Roménia e Bulgária indicaram, também, que por ora não vão pôr as respectivas chancelas na declaração unilateral.
Estados Unidos reconhecem independência do Kosovo
A Administração norte-americana já reconheceu formalmente o Kosovo enquanto “Estado soberano e independente”.
“Felicitamos o povo do Kosovo nesta ocasião histórica”, declarou, em comunicado, a secretária de Estado Condoleezza Rice.
Washington e Pristina vão agora “estabelecer relações diplomáticas” com o objectivo de “reafirmar os laços especiais de amizade”, afirma a chefe da diplomacia norte-americana.
Nos antípodas da Administração Bush, o Parlamento russo reforçou esta segunda-feira o apoio de Moscovo às autoridades sérvias com a aprovação de uma moção a condenar a independência unilateral do Kosovo.
Em Belgrado, o Ministério sérvio do Interior formalizou uma queixa contra os dirigentes políticos albaneses do Kosovo, acusando o primeiro-ministro Hashim Thaci de ter proclamado um “falso Estado” em território da Sérvia.
Amado deverá comunicar já esta terça-feira às comissões parlamentares da Assembleia da República os resultados da reunião de Bruxelas. Na próxima quinta-feira, dia da reunião do Conselho de Ministros, o Governo terá “oportunidade de fazer uma primeira avaliação”, indicou ainda o governante português.
“Tenho a convicção de que uma esmagadora maioria de Estados-membros vai reconhecer o Kosovo”, disse Luís Amado.
O Governo português vai também ouvir o Presidente da República, Cavaco Silva, e os líderes das formações políticas com assento na Assembleia da República.
“O que sabemos é que a situação como estava era insustentável, tanto do ponto de vista económico como social”, sustentou o ministro português dos Negócios Estrangeiros, sublinhando que “se abre hoje um longo processo que se vai desenrolar ao longo dos próximos anos”.
Reunião de Bruxelas confirma divisão no seio da UE
Em Bruxelas, Alemanha, França, Grã-Bretanha e Itália tomaram a dianteira do conjunto de países-membros favoráveis ao reconhecimento da independência do Kosovo, proclamada no domingo.
“Temos a intenção de reconhecer o Kosovo”, anunciava pouco depois do termo da reunião o ministro francês dos Negócios Estrangeiros. Bernard Kouchner revelou que o Presidente francês, Nicolas Sarkozy, escreveu ao homólogo do Kosovo a dar conta da posição de Paris.
Pouco depois, os chefes das diplomacias de Itália, Grã-Bretanha e Alemanha vinham a público para fazer declarações semelhantes.
O ministro alemão dos Negócios Estrangeiros afirmou mesmo que “a maioria dos Estados da UE vai reconhecer o Kosovo”.
“A União Europeia vai ser como um pelotão de ciclismo. Alguns países vão avançar rapidamente, alguns vão precisar de várias semanas”, disse Frank-Walter Steinmeier.
Os chefes das diplomacias europeias acertaram posições quanto ao carácter excepcional, no âmbito do Direito Internacional, da declaração de independência por parte das instituições do poder político do Kosovo. Ficou também estabelecido que este é um caso que não deverá abrir um precedente para outras regiões com aspirações independentistas.
A declaração aprovada esta segunda-feira em Bruxelas deixa a cada um dos Estados-membros a responsabilidade de tomar uma decisão sobre o auto-proclamado estatuto do Kosovo. Cada um dos países-membros, fixa a declaração, “decidirá, segundo as suas práticas nacionais e regras jurídicas”, se reconhece ou não a independência daquele território.
Fica assim confirmada a incapacidade de definir uma posição comum entre os 27.
Temendo que a independência do Kosovo crie um “efeito dominó” nos demais movimentos separatistas da Europa, Espanha e República de Chipre fizeram já saber que não vão reconhecer a proclamação do Governo kosovar. Grécia, Eslováquia, Roménia e Bulgária indicaram, também, que por ora não vão pôr as respectivas chancelas na declaração unilateral.
Estados Unidos reconhecem independência do Kosovo
A Administração norte-americana já reconheceu formalmente o Kosovo enquanto “Estado soberano e independente”.
“Felicitamos o povo do Kosovo nesta ocasião histórica”, declarou, em comunicado, a secretária de Estado Condoleezza Rice.
Washington e Pristina vão agora “estabelecer relações diplomáticas” com o objectivo de “reafirmar os laços especiais de amizade”, afirma a chefe da diplomacia norte-americana.
Nos antípodas da Administração Bush, o Parlamento russo reforçou esta segunda-feira o apoio de Moscovo às autoridades sérvias com a aprovação de uma moção a condenar a independência unilateral do Kosovo.
Em Belgrado, o Ministério sérvio do Interior formalizou uma queixa contra os dirigentes políticos albaneses do Kosovo, acusando o primeiro-ministro Hashim Thaci de ter proclamado um “falso Estado” em território da Sérvia.