PR moçambicano acredita que novas regras de imigração em Portugal vão respeitar CPLP

O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, disse hoje, no Porto, acreditar que as novas regras de imigração em aprovação em Portugal vão respeitar os objetivos comuns de mobilidade na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Lusa /

"O que nós queremos é que realmente as leis continuem a ser feitas, as Assembleias da República dos seus países continuam a aprovar as suas respetivas leis, mas temos a certeza absoluta que, tal como as pessoas não vivem de forma isolada - o ser humano é social por natureza -, os países também onde vivem estas pessoas também não vivem de forma isolada", disse Chapo, nas declarações finais após a cimeira com Portugal.

"Temos certeza absoluta que a lei vai respeitar estes aspetos que estamos a fazer referência e nós vamos continuar unidos, coesos, como irmãos e a desenvolver os nossos dois países e os nossos dois povos", disse ainda o chefe de Estado moçambicano, ladeado nestas declarações aos jornalistas pelo primeiro-ministro português, Luís Montenegro.

Acrescentou que Moçambique respeita a soberania e independência de cada um dos Estados, mas salvaguardou o contexto da CPLP e do trabalho que tem sido feito "dia e noite" para "consolidar" o tema da "circulação de pessoas e bens" dentro da comunidade.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, assegurou, também nas declarações finais da cimeira, que "não existe qualquer problema com a comunidade moçambicana" em Portugal - quase 15.000 - relacionado com as novas regras de imigração e apelou a todos os moçambicanos que sintam esse impulso para virem para Portugal "dentro das regras".

"Os que sentirem esse apelo podem vir, venham. Venham é dentro das regras, vão ser muito bem acolhidos e integrados", afirmou Luís Montenegro, que falava ao lado do Presidente moçambicano, Daniel Chapo, na conferência final da sexta Cimeira Portugal-Moçambique, que se realizou hoje no Palácio da Bolsa, no Porto, com cerca de duas dezenas de governantes dos dois países.

Respondendo a uma pergunta, o primeiro-ministro recusou que em Portugal se estejam a endurecer as leis da imigração, preferindo falar em regulação e quis deixar uma mensagem.

"Nós não temos nenhum problema com a comunidade moçambicana em Portugal, nenhum. Temos nessa comunidade um elo de ligação fortíssimo e um plano de acolhimento e integração pleno", afirmou Montenegro.

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