Primeiro grupo de 21 espanhóis da flotilha deve deixar Israel este domingo
O ministro dos Negócios Estrangeiros, da União Europeia e da Cooperação espanhol, José Manuel Albares, anunciou que um grupo de 21 espanhóis que faziam parte da Flotilha Global Sumud deve deixar este domingo Israel com destino a Espanha. Ainda não há previsão quando os portugueses poderão sair do centro de detenção israelita.
"No Ministério dos Negócios Estrangeiros já organizámos tudo para que possam voar hoje de Telavive. Temos o acordo das autoridades israelitas e, se nada correr mal, o primeiro grupo de 21 espanhóis, do total de 49 que temos na nossa lista, chega hoje, ao longo do dia, a Espanha", afirmou o ministro em declarações ao canal 24 Horas da RTVE.
A Embixadora de Portugal está esta manhã no centro de detenção onde estão os quatro portugueses detidos.
Albares, que insistiu em ser cauteloso, acrescentou: "Até estarem no avião, não podemos confirmar a 100%".
O ministro espanhol declarou ter esperança de que os restantes 29 ativistas devam partir de Israel nos próximos dias.
Albares assinalou que o cônsul espanhol em Telavive está há várias horas no interior da prisão de Saharonim, no deserto do Negev, onde estavam detidos os cerca de 450 ativistas de várias nacionalidades que viajavam na flotilha.
Questionado sobre as condições dos ativistas dentro da prisão, Albares preferiu omitir todos os pormenores até que o último espanhol seja libertado, mas sublinhou que o ministério espanhol está a zelar pela segurança física e pelo respeito pelos seus direitos.
Nesse sentido, disse que solicitou ao cônsul que, durante a reunião com os ativistas hoje, verificasse se estão a receber comida e água e se estão bem de saúde.
Além disso, as autoridades do centro foram informadas que alguns são parlamentares e, por isso, têm "garantias e imunidades superiores", o que, esclareceu Albares, não significa que não ofereçam a mesma atenção aos outros espanhóis.
"Mas, assim como ocorreu com outros países, que viram os seus parlamentares partirem [de Israel], exigimos que com os nossos seja da mesma forma e, em geral, qualquer situação médica que possa surgir também será reportada às autoridades israelitas", afirmou.
São quatro os portugueses detidos: a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves, que estavam entre os mais de 450 participantes da missão e que foram presos por Israel no dia 1 de outubro.
c/Lusa