Primeiro-Ministro australiano homenageia casal de "heróis" morto no atentado de Sydney
O Primeiro-Ministro australiano prestou hoje homenagem ao heroísmo de um casal de sexagenários morto no atentado antissemita em Sydney, na Austrália, depois de imagens gravadas por uma câmara instalada num veículo os mostrarem a lutar contra um dos atiradores.
Na noite de domingo, Sajid e Naveed Akram, pai e filho, dispararam pelo menos 40 vezes, durante cerca de dez minutos, sobre uma multidão reunida na praia de Bondi para a festa judaica de Hanukkah, provocando pelo menos 15 mortos e 42 feridos.
"Presto homenagem a Boris e Sofia Gurman. Boris atacou um desses terroristas enquanto este saía do carro. E isso causou a morte do senhor e da senhora Gurman", declarou Anthony Albanese.
O chefe de Governo qualificou o casal de "heróis australianos".
Nas imagens, é possível ver Boris Gurman, um mecânico reformado de 69 anos, a deitar Sajid Akram, de 50 anos, ao chão e a tentar-lhe arrancar a arma.
A sua mulher Sofia, de 61 anos, corre de seguida para o ajudar.
Mas o atacante conseguiu arranjar outra arma, com a qual matou os dois.
"Nos últimos dias, tomámos conhecimento de imagens que mostram Boris, acompanhado por Sofia, a tentar corajosamente desarmar um agressor para proteger os outros", declarou a família Gurman em comunicado.
"Embora nada possa atenuar a dor pela perda de Boris e Sofia, sentimos um imenso orgulho pelo sua coragem e altruísmo", acrescentaram.
Outras imagens mostraram Ahmed al Ahmed, um vendedor de fruta, a esgueirar-se entre carros estacionados durante o tiroteio, antes de arrancar o seu rifle a um dos atacantes. Rapidamente foi aclamado como "herói" pelos líderes australianos e estrangeiros, desde Anthony Albanese a Donald Trump.
Albanese dirigiu-se na terça-feira ao leito deste homem, na casa dos quarenta anos, de origem síria, gravemente ferido e acamado.