Primeiro-ministro visita na sexta-feira militares portugueses na Eslováquia
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, visita na sexta-feira os militares portugueses da primeira Força Nacional Destacada (FND) na Eslováquia, que se encontram naquele país no âmbito de uma missão da NATO.
Acompanhado pelo ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, e pelo Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), general José Nunes da Fonseca, o chefe do Governo vai encontrar-se com os cerca de 120 militares portugueses na base militar de Lest, situada a cerca de duas horas e meia da capital da Eslováquia, após participar hoje no Conselho Europeu em Bruxelas centrado no apoio à Ucrânia para os próximos anos.
De acordo com o programa provisório, Luís Montenegro chegará ao centro de treino de Lest pelas 12:30 (11:30 em Lisboa), onde será recebido pelo vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa da Eslováquia, Robert Kalinák.
Segue-se uma cerimónia militar, um momento de troca de lembranças institucionais, a fotografia de grupo e o almoço convívio com os militares portugueses, num programa com uma duração prevista de cerca de duas horas.
A presença de forças militares portuguesas na Eslováquia iniciou-se em julho de 2024, através de um pelotão de carros de combate, com 24 militares, integrando um batalhão espanhol do Battlegroup Multinacional Eslováquia (MNBG SVK).
Desde fevereiro de 2022, quando a Federação Russa invadiu a Ucrânia, que os países da NATO, nomeadamente Portugal, têm reforçado a sua presença militar na zona leste da Europa.
Ao abrigo desta missão, em julho de 2025 o contingente português na Eslováquia aumentou para um subagrupamento com 120 militares (112 homens e oito mulheres), equipados com carros de combate, viaturas PANDUR II 8x8 e veículos militares espanhóis URO VAMTAC.
Esta missão da Aliança Atlântica na Eslováquia - país fronteiriço com a Ucrânia - tem como objetivo reforçar a presença de forças militares na fronteira leste da NATO, "contribuindo para a dissuasão e defesa", à semelhança das missões na Roménia, onde Portugal tem um contingente de cerca de 300 militares.
Há um ano, foi o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que se deslocou antes do Natal à Eslováquia. Recentemente, o Presidente eslovaco, Peter Pellegrini, retribuiu a visita e agradeceu a Portugal o apoio militar dado à zona leste da Europa, no âmbito da NATO.
Em dezembro de 2024, na sua primeira visita como chefe do Governo a militares portugueses em missão no estrangeiro, Luís Montenegro visitou antes do Natal os militares portugueses das Forças Nacionais Destacadas (FND) na Roménia que integram a missão da NATO neste país.
Nessa ocasião, o primeiro-ministro avisou que os próximos anos seriam de acréscimo de investimento em segurança e defesa, mas defendeu que este aumento poderá ter retorno económico se for feita a aposta na indústria do setor.
Por outro lado, Montenegro defendeu então que "não bastam palavras de conforto" aos militares na quadra natalícia e destacou medidas já tomadas pelo executivo PSD/CDS-PP de valorização em recursos humanos e equipamentos neste setor.
No final de novembro, o Conselho de Ministros aprovou a candidatura formal de Portugal ao programa europeu de empréstimos para a Defesa SAFE, no valor de 5,8 mil milhões de euros.
O ministro da Defesa Nacional já anunciou que a candidatura portuguesa aos empréstimos europeus SAFE inclui a aquisição de fragatas, a recuperação do Arsenal do Alfeite e a produção de blindados, munições, satélites e drones em Portugal.
Na terça-feira, o Conselho Superior de Defesa Nacional, órgão de consulta presidido pelo Presidente da República, decidiu, de forma unânime, "expressar um voto de louvor às Forças Armadas, destacando o excelente desempenho das Forças Nacionais Destacadas em 2025, voto esse extensivo a todas as Forças Armadas pelo constante e excecional papel na sociedade portuguesa e pela projeção de Portugal no mundo".