Prosseguem as buscas às vítimas do furacão “Felix”

As operações de busca e assistência às vítimas do furacão “Felix” continuam na Nicarágua e nas Honduras. As autoridades estimam que o número de vítimas venha a aumentar. Dois portugueses participam no levantamento dos danos provocados pela intempérie.

Raquel Ramalho Lopes com AFP /
O "Felix" atingiu a Nicarágua com a potência máxima, na escala que mede a intensidade dos furacões EPA

O número de vítimas mortais ultrapassa a centena e o de feridos é superior a 120, segundo as autoridades da Nicarágua e das Honduras, mas o balanço tende a subir à medida que as buscas prosseguem.

“É mais grave do que tínhamos pensado (...) Numerosas famílias permaneceram em suas casas. Há numerosas vítimas, muitos mortos”, afirmou o Presidente da Nicarágua sem dar mais detalhes quanto ao número de vítimas. Daniel Ortega revelou que cerca de 50 mil pessoas perderam todos os bens. Cerca de dez mil casas foram danificadas ou destruídas e “pensamos que este número vai aumentar”, declarou.

A organização não governamental OIKOS, da qual fazem parte dois portugueses, em missão em cada um destes países da América Central, estima que 60 mil pessoas foram afectadas com a passagem do furacão pela costa das Caraíbas. O “Felix” atingiu a potência máxima de 5, na escala de Saffir-Simpson, terça-feira, quando atingiu os dois países com chuvas diluvianas e ventos de 260km/hora.

Ricardo Domingos, da OIKOS, explicou o trabalho dos colaboradores lusos: “Em coordenação com as autoridades locais e organizações internacionais e locais as equipas estão a identificar os danos de forma a preparar uma resposta de emergência imediata e eficaz ao furacão”.

As dificuldades de acesso a populações isoladas contribuem para a dificuldade em avaliar com maior precisão os efeitos da passagem do “Felix”.

Nas Honduras, o Presidente Manuel Zelaya revelou que desapareceram “128 pessoas, que poderão ter-se afogado”. Eram “pessoas que manobravam um barco de pesca artesanal e que foram provavelmente surpreendidas em alto mar”, revelou à imprensa a marinha.

A reconstrução das infra-estruturas destruídas devem custar 30 milhões de dólares, indicaram as autoridades da Nicarágua, aquando dos pedidos de ajuda à comunidade internacional.

O ciclone Henriette provocou sete mortes. O ciclone atravessou o sul da Península da Baixa-Califórnia e os estados de Sinaloa e Sonora, no sul do México.


Tóquio atingida pelo mais violento tufão dos últimos anos

O tufão “Fitow” atingiu, quinta-feira, a mais populosa cidade mundial, tendo provocado dois mortos e mais de 50 feridos. As chuvas muito intensas provocaram a subida das águas e causaram fortes perturbações nos transportes.

Mais de 200 voos foram cancelados, a circulação de comboios registou perturbações, assim como o serviço de metro, causando atrasos para quem se dirigia para os arredores da cidade. Cerca de 300 casas foram inundadas e a interrupção no fornecimento de electricidade atingiu milhares de pessoas.

O tufão, com nome de uma flor da Micronésia, diminuiu de intensidade e dirigiu-se para o Norte do arquipélago. Amanhã deverá atingir a ilha de Hokkaido.

O “Fitow” atingiu uma intensidade ligeiramente inferior à do “Tokage”, que em Outubro de 2004 provocou dezenas de mortos.
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