Mundo
Protesto contra Israel. Músicos recusam participar na Eurovisão em caso de vitória
Dezassete músicos e intérpretes, entre os quais Cristina Branco e Bateu Matou, anunciaram que não vão representar Portugal no Festival Eurovisão 2026, caso vençam o Festival da Canção da RTP, em protesto contra a participação de Israel.
"Com palavras e com canções, agimos dentro da possibilidade que nos é dada. Não compactuamos com a violação dos Direitos Humanos", afirmaram os 17 artistas, bandas e intérpretes num comunicado conjunto enviado à Lusa, na qual explicam a recusa em participar no Festival Eurovisão da Canção em 2026.
Cristina Branco, os músicos de Bateu Matou, Rita Dias e Djodje estão entre os que assinam o comunicado, no qual lamentam que a RTP tenha alinhado a favor da participação de Israel, numa votação, no passado dia 04, na assembleia-geral da União Europeia de Radiodifusão (UER), organizadora do festival.
"Apesar da proibição de participação da Rússia na edição de 2022 na Eurovisão, por motivos políticos (a invasão da Ucrânia), foi com espanto que constatámos que não foi dado o mesmo destino a Israel, que está, segundo a ONU, a cometer atos de genocídio contra os palestinianos em Gaza", escreveram os artistas.
O comunicado é assinado igualmente por Beatriz Bronze (Evaya), Francisco Fontes, Gonçalo Gomes, Inês Sousa, Jorge Gonçalves (Jacaréu), Marquise, Nunca Mates o Mandarim, Pedro Fernandes e Rita Dias.
A 60.ª edição do Festival da Canção irá decorrer em fevereiro e março de 2026, repartida, como habitualmente, em duas semifinais (em 21 e 28 de fevereiro) e final (em 07 de março).
O tema vencedor do Festival da Canção deverá representar Portugal no 70.º Festival Eurovisão da Canção, na Áustria em maio.
Em novembro, a RTP revelou a lista dos autores responsáveis por uma canção original e inédita a competir no Festival da Canção.
Além dos que assinam o comunicado de hoje, a lista de participantes no Festival da Canção integra André Amaro, Bandidos do Cante, Agridoce, Sandrino e Dinis Mota.
Na semana passada, a RTP - Rádio e Televisão de Portugal confirmou que vai participar no Festival Eurovisão da Canção 2026, depois de terem sido alteradas as regras de votação no concurso, na assembleia-geral da UER.
As novas regras foram aprovadas pela maioria dos países membros da UER, tendo sido também decidido que Israel poderá participar no Festival Eurovisão, caso assim o entenda.
De acordo com a UER, a lista completa dos participantes do Festival Eurovisão da Canção será anunciada "antes do Natal".
Espanha, Irlanda e Países Baixos já confirmaram a saída do evento, por se manter a participação de Israel. E a Eslovénia, a Irlanda e a Islândia também tornaram público nos últimos meses que ponderavam boicotar a edição de 2026.
Os boicotes devem-se aos ataques militares de Israel no território palestiniano da Faixa de Gaza, nos dois últimos anos, que mataram pelo menos 67 mil pessoas e foram classificados como genocídio por uma comissão internacional independente de investigação da Organização das Nações Unidas.
O Festival Eurovisão da Canção é organizado pela UER em cooperação com operadores públicos de televisão de mais de 35 países, entre os quais a RTP.
O concurso realiza-se anualmente desde 1956 e já houve países excluídos, caso da Bielorrússia, em 2021, após a reeleição do presidente Aleksandr Lukashenko, e da Rússia, em 2022, após a invasão da Ucrânia.
Israel foi o primeiro país não europeu a poder participar, em 1973, e ganhou quatro vezes.
Cristina Branco, os músicos de Bateu Matou, Rita Dias e Djodje estão entre os que assinam o comunicado, no qual lamentam que a RTP tenha alinhado a favor da participação de Israel, numa votação, no passado dia 04, na assembleia-geral da União Europeia de Radiodifusão (UER), organizadora do festival.
"Apesar da proibição de participação da Rússia na edição de 2022 na Eurovisão, por motivos políticos (a invasão da Ucrânia), foi com espanto que constatámos que não foi dado o mesmo destino a Israel, que está, segundo a ONU, a cometer atos de genocídio contra os palestinianos em Gaza", escreveram os artistas.
O comunicado é assinado igualmente por Beatriz Bronze (Evaya), Francisco Fontes, Gonçalo Gomes, Inês Sousa, Jorge Gonçalves (Jacaréu), Marquise, Nunca Mates o Mandarim, Pedro Fernandes e Rita Dias.
A 60.ª edição do Festival da Canção irá decorrer em fevereiro e março de 2026, repartida, como habitualmente, em duas semifinais (em 21 e 28 de fevereiro) e final (em 07 de março).
O tema vencedor do Festival da Canção deverá representar Portugal no 70.º Festival Eurovisão da Canção, na Áustria em maio.
Em novembro, a RTP revelou a lista dos autores responsáveis por uma canção original e inédita a competir no Festival da Canção.
Além dos que assinam o comunicado de hoje, a lista de participantes no Festival da Canção integra André Amaro, Bandidos do Cante, Agridoce, Sandrino e Dinis Mota.
Na semana passada, a RTP - Rádio e Televisão de Portugal confirmou que vai participar no Festival Eurovisão da Canção 2026, depois de terem sido alteradas as regras de votação no concurso, na assembleia-geral da UER.
As novas regras foram aprovadas pela maioria dos países membros da UER, tendo sido também decidido que Israel poderá participar no Festival Eurovisão, caso assim o entenda.
De acordo com a UER, a lista completa dos participantes do Festival Eurovisão da Canção será anunciada "antes do Natal".
Espanha, Irlanda e Países Baixos já confirmaram a saída do evento, por se manter a participação de Israel. E a Eslovénia, a Irlanda e a Islândia também tornaram público nos últimos meses que ponderavam boicotar a edição de 2026.
Os boicotes devem-se aos ataques militares de Israel no território palestiniano da Faixa de Gaza, nos dois últimos anos, que mataram pelo menos 67 mil pessoas e foram classificados como genocídio por uma comissão internacional independente de investigação da Organização das Nações Unidas.
O Festival Eurovisão da Canção é organizado pela UER em cooperação com operadores públicos de televisão de mais de 35 países, entre os quais a RTP.
O concurso realiza-se anualmente desde 1956 e já houve países excluídos, caso da Bielorrússia, em 2021, após a reeleição do presidente Aleksandr Lukashenko, e da Rússia, em 2022, após a invasão da Ucrânia.
Israel foi o primeiro país não europeu a poder participar, em 1973, e ganhou quatro vezes.