Mundo
Protestos alastram no Brasil contra nomeação de Lula da Silva
Milhares nas ruas de São Paulo, de Brasília, do Rio de Janeiro, de Fortaleza. Um 'panelaço' em dezenas de outras cidades, assim como 'buzinões'. Na Câmara dos Deputados, parlamentares gritam e pedem a impugnação da presidente Dilma Rousseff.
A nomeação do ex-Presidente Lula da Silva como ministro da Casa Civil, um dos mais altos cargos do Estado brasileiro, inflamou a oposição. Registaram-se manifestações em 17 estados.
Ao início da noite os protestos, até aí praticamente pacíficos, tornaram-se mais violentos, em Brasília. A manifestação começou pelas 17h00, frente ao Palácio do Planalto e foi engrossando. Pelas 22h00 concentrava cinco mil e 500 pessoas, segundo a Polícia Militar (seis mil, segundo a organização).

Os manifestantes atearam uma fogueira frente ao edifício. Além da demissão de Lula da Silva exigiam a saída da presidente Dilma Rousseff do Governo. Na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio os manifestantes queimaram pneus, lançaram objetos e cantaram o Hino Nacional.
O protesto voltou-se igualmente para o Palácio do Congresso Nacional, com os manifestantes a concentrar-se no relvado frente ao edifício. A Polícia Legislativa fez um cordão de isolamento para evitar que manifestantes chegassem ao prédio. "Foram lançadas bombas de efeito moral e spray de pimenta para conter os manifestantes", refere o jornal Estadão.
Carros da Polícia Federal ocuparam a rampa, junto ao espelho d'água para tentar impedir os manifestantes de se aproximarem do edifício.
Protestos em São Paulo e Rio de Janeiro
Em São Paulo, uma manifestação junto ao MASP bloqueou a Avenida Paulista a partir do fim da tarde.
Milhares de manifestantes reuniram-se igualmente frente à sede da Fiesp, que colocou uma faixa luminosa com os dizeres "Renúncia já" em seu edifício da Avenida Paulista. O protesto bloqueou completamente o trânsito na zona.
Um grupo desdobrou uma faixa, também usada nos protestos de domingo passado, a pedir a impugnação de Dilma Rousseff com a frase "Impeachment Já".
Frente ao prédio onde mora Lula da Silva em São Bernardo do Campo, centenas de pessoas organizaram um 'panelaço' (bater em panelas como protesto). Os ânimos exaltaram-se e a polícia lançou bombas de gás lacrimogeneo contra os manifestantes.Fontes ligadas a Lula da Silva afirmam que o ex-Presidente só irá para Brasília para a sua tomada de posse.
No Rio de Janeiro, a Avenida das Américas perto da Avenida Salvador Allende, na Barra da Tijuca (zona oeste), foi encerrada por manifestante por volta das 20 horas locais, num protesto contra o Governo.
Em Copacabana reuniam-se igualmente centenas de pessoas, com bandeiras e cartazes contra Dilma e Lula. Os organizadores falam em mais de mil pessoas.
Em Fortaleza ocorreu um buzinão e cerca de 500 pessoas juntaram-se em protesto na Praça Portugal. Em dezenas de cidades ocorreu um 'panelaço.'

Em Campo Grande juntaram-se cerca de 3.000 pessoas na principal avenida da cidade. Pelo menos seis cidades, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Campo Grande, São Bernardo do Campo e Belo Horizonte, registaram protestos contra Dilma e contra Lula.
Em São Paulo cerca de 700 pessoas juntaram-se frente à PUC, em apoio ao Governo. Não couberam todas no auditório e muitas ouviram os discursos na rua. A manifestação acabou por dispersar entre palavras de ordem como "não vai ter golpe" e "quem não pula é fascista."
Conversa de Dilma e Lula divulgada
Os manifestantes anti governo gritam palavras de ordem como "Fora Dilma" e "Renúncia já", e exaltam o nome do juiz Sergio Moro, responsável pelas investigações de corrupção da Patrobrás e que esta quarta-feira divulgou as gravações de uma conversa entre Dilma Rousseff e Lula da Silva, consideradas "gravíssimas" pelo líder do PSD na Câmara de Deputados, Rogério Rosso.
Pelo contrário, o deputado Wadih Damous, do PT, disse que serão adotadas "medidas legais e judiciais contra Moro, para que ele explique" as escutas. Segundo o deputado, o juiz federal "não tem direito de bisbilhotar a conversa alheia", refere o Estadão.
Nas gravações, Dilma Roussef avisa Lula de que lhe vai enviar o subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil, Jorge Rodrigo Araújo Messias, com o o termo de posse do ex-Presidente como ministro para ser usado em caso de necessidade.
A conversa foi gravada antes do anúncio de que Lula seria ministro chefe da Casa Civil.
O cargo significa que Lula da Silva não pode ser investigado exceto pelo Supremo Tribunal, atualmente formado sobretudo por juízes nomeados pelo próprio Lula da Silva e de Dilma Rousseff.
O Ministério Público brasileiro acusa Lula da Silva de ter recebido luvas da Petrobrás, nomeadamente um apartamento triplex em São Paulo. Lula nega todas as acusações e afirma estar a ser alvo de perseguição política.
Ao início da noite os protestos, até aí praticamente pacíficos, tornaram-se mais violentos, em Brasília. A manifestação começou pelas 17h00, frente ao Palácio do Planalto e foi engrossando. Pelas 22h00 concentrava cinco mil e 500 pessoas, segundo a Polícia Militar (seis mil, segundo a organização).
Os manifestantes atearam uma fogueira frente ao edifício. Além da demissão de Lula da Silva exigiam a saída da presidente Dilma Rousseff do Governo. Na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio os manifestantes queimaram pneus, lançaram objetos e cantaram o Hino Nacional.
O protesto voltou-se igualmente para o Palácio do Congresso Nacional, com os manifestantes a concentrar-se no relvado frente ao edifício. A Polícia Legislativa fez um cordão de isolamento para evitar que manifestantes chegassem ao prédio. "Foram lançadas bombas de efeito moral e spray de pimenta para conter os manifestantes", refere o jornal Estadão.
Carros da Polícia Federal ocuparam a rampa, junto ao espelho d'água para tentar impedir os manifestantes de se aproximarem do edifício.
Protestos em São Paulo e Rio de Janeiro
Em São Paulo, uma manifestação junto ao MASP bloqueou a Avenida Paulista a partir do fim da tarde.
Milhares de manifestantes reuniram-se igualmente frente à sede da Fiesp, que colocou uma faixa luminosa com os dizeres "Renúncia já" em seu edifício da Avenida Paulista. O protesto bloqueou completamente o trânsito na zona.
Um grupo desdobrou uma faixa, também usada nos protestos de domingo passado, a pedir a impugnação de Dilma Rousseff com a frase "Impeachment Já".
Frente ao prédio onde mora Lula da Silva em São Bernardo do Campo, centenas de pessoas organizaram um 'panelaço' (bater em panelas como protesto). Os ânimos exaltaram-se e a polícia lançou bombas de gás lacrimogeneo contra os manifestantes.Fontes ligadas a Lula da Silva afirmam que o ex-Presidente só irá para Brasília para a sua tomada de posse.
No Rio de Janeiro, a Avenida das Américas perto da Avenida Salvador Allende, na Barra da Tijuca (zona oeste), foi encerrada por manifestante por volta das 20 horas locais, num protesto contra o Governo.
Em Copacabana reuniam-se igualmente centenas de pessoas, com bandeiras e cartazes contra Dilma e Lula. Os organizadores falam em mais de mil pessoas.
Em Fortaleza ocorreu um buzinão e cerca de 500 pessoas juntaram-se em protesto na Praça Portugal. Em dezenas de cidades ocorreu um 'panelaço.'
Em Campo Grande juntaram-se cerca de 3.000 pessoas na principal avenida da cidade. Pelo menos seis cidades, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Campo Grande, São Bernardo do Campo e Belo Horizonte, registaram protestos contra Dilma e contra Lula.
Em São Paulo cerca de 700 pessoas juntaram-se frente à PUC, em apoio ao Governo. Não couberam todas no auditório e muitas ouviram os discursos na rua. A manifestação acabou por dispersar entre palavras de ordem como "não vai ter golpe" e "quem não pula é fascista."
Conversa de Dilma e Lula divulgada
Os manifestantes anti governo gritam palavras de ordem como "Fora Dilma" e "Renúncia já", e exaltam o nome do juiz Sergio Moro, responsável pelas investigações de corrupção da Patrobrás e que esta quarta-feira divulgou as gravações de uma conversa entre Dilma Rousseff e Lula da Silva, consideradas "gravíssimas" pelo líder do PSD na Câmara de Deputados, Rogério Rosso.
Pelo contrário, o deputado Wadih Damous, do PT, disse que serão adotadas "medidas legais e judiciais contra Moro, para que ele explique" as escutas. Segundo o deputado, o juiz federal "não tem direito de bisbilhotar a conversa alheia", refere o Estadão.
Nas gravações, Dilma Roussef avisa Lula de que lhe vai enviar o subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil, Jorge Rodrigo Araújo Messias, com o o termo de posse do ex-Presidente como ministro para ser usado em caso de necessidade.
A conversa foi gravada antes do anúncio de que Lula seria ministro chefe da Casa Civil.
O cargo significa que Lula da Silva não pode ser investigado exceto pelo Supremo Tribunal, atualmente formado sobretudo por juízes nomeados pelo próprio Lula da Silva e de Dilma Rousseff.
O Ministério Público brasileiro acusa Lula da Silva de ter recebido luvas da Petrobrás, nomeadamente um apartamento triplex em São Paulo. Lula nega todas as acusações e afirma estar a ser alvo de perseguição política.