Nas últimas semanas, o Irão anunciou mais de uma dezena de sentenças de morte por alegado envolvimento em "motins" e nos protestos que têm abalado o país desde setembro. E o futebolista iraniano de 26 anos, Amir Nasr-Azadani, é um dos nomes que as organizações humanitárias acreditam estar incluído na lista de execuções.
The fight for equality and human rights should be praised not punished, I stand in solidarity with Amir Nasr. https://t.co/QkqC9fgymX
— Shakira (@shakira) December 17, 2022
La lucha por la igualdad y los derechos humanos debe de ser reconocida y no castigada. Me uno en solidaridad con Amir Nasr.
FIFPRO is shocked and sickened by reports that professional footballer Amir Nasr-Azadani faces execution in Iran after campaigning for women’s rights and basic freedom in his country.
— FIFPRO (@FIFPRO) December 12, 2022
We stand in solidarity with Amir and call for the immediate removal of his punishment. pic.twitter.com/vPuylCS2ph
Os protestos, descritos como “motins” pelas autoridades iranianas, foram desencadeados pela morte, a 16 de setembro, sob custódia da polícia, da jovem curda iraniana Mahsa Amini, presa por supostamente usar indevidamente o 'hijab', violando o rígido código de vestuário da República Islâmica para mulheres.
Nas últimas semanas, dois condenados à morte, ambos de 23 anos, já foram executados, depois de, num julgamento sumário, terem sido considerados culpados de matar ou ferir membros das forças de segurança ou paramilitares.
Em colaboração com o grupo ativista 1500Tasvir, a CNN verificou documentos, vídeos, depoimentos de testemunhas e declarações que sugerem que pelo menos 43 pessoas, incluindo Nasr-Azadani, podem enfrentar uma pena de morte.
Em Portugal, a Amnistia Internacional organizou, no início do mês, uma vigília em Lisboa, de apoio a todos os que se manifestam pacificamente no Irão e que continuam a atuar em defesa da liberdade.
“A repressão violenta que se sente no Irão, sustentada pela impunidade da atuação das autoridades nacionais, tem culminado em milhares de detenções, mas também no uso da pena de morte como uma ferramenta de silenciamento. Com esta vigília, queremos aplaudir a coragem dos manifestantes que saem à rua no Irão, que arriscam a sua liberdade e a sua vida em prol de um futuro que respeite os direitos humanos, onde a liberdade de expressão e reunião pacífica possa também ser uma realidade. Queremos mostrar que nos mantemos atentos e que seguiremos juntos e comprometidos pela proteção dos direitos humanos no país”, escreveu Pedro A. Neto, diretor executivo da Amnistia Internacional Portugal, em comunicado.