A PSP não encontrou qualquer engenho explosivo no envelope que chegou esta terça-feira à Embaixada de Israel em Lisboa e que continha uma substância suspeita, adiantou hoje à agência Lusa fonte policial.
Uma equipa de inativação de explosivos tinha sido enviada na terça-feira para embaixada israelita em Portugal, depois de esta ter recebido um envelope suspeito.
Fonte do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa (Comtelis) indicou à Lusa, pelas 00:30 de hoje, que após as diligências não foram encontrados explosivos.
A equipa destacada para a embaixada já deixou as instalações e o caso passou para a Polícia Judiciária (PJ), acrescentou a mesma fonte.
A Embaixada da Israel em Lisboa tinha confirmado, esta terça-feira à noite, ter recebido um "envelope suspeito" e chamado a PSP para investigar o sucedido.
Numa nota na rede social X, a missão diplomática israelita em Portugal acrescentava que todo o pessoal da embaixada estava em segurança.
Fonte do Comtelis tinha confirmado à Lusa, pelas 23:20 de terça-feira, o envio de uma equipa de inativação de explosivos devido a uma substância suspeita recebida num envelope.
"Um funcionário da embaixada achou estranho por vir num envelope essa substancia, resolveu entregar aos serviços de segurança da embaixada que depois também acharam suspeito", tendo sido alertada a PSP, detalhou.
A notícia tinha sido avançada pela CNN Portugal, onde referia que a Embaixada de Israel em Lisboa recebeu esta terça-feira um envelope, com origem em França, que no seu interior continha um pó preto e uma alusão à Palestina.
O Exército israelita está a realizar uma ofensiva de grande envergadura à Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, em retaliação a um ataque do movimento islamita palestiniano a solo israelita a 07 de outubro de 2023.
Nesse dia combatentes do Hamas -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.163 mortos, na maioria civis, e 250 reféns, cerca de 130 dos quais permanecem em cativeiro e 34 terão entretanto morrido, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para erradicar o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que depois se estendeu ao sul, estando agora iminente uma ofensiva à cidade meridional de Rafah, onde se concentra mais de um milhão de deslocados.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 180.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza pelo menos 32.916 mortos, mais de 74.000 feridos e cerca de 7.000 desaparecidos presumivelmente soterrados nos escombros, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais.