Rebeldes e regime na expetativa de intervenção militar estrangeira na Síria

Na Síria vive-se nesta altura na expetativa quanto a uma possível intervenção militar estrangeira no país. O regime já deslocou meios para vários locais para minimizar efeitos de eventuais bombardeamentos, enquanto que os rebeldes esperam que um ataque enfraqueça as forças do regime.

Sandra Henriques /

foto: Stringer/EPA

O enviado especial da Antena1 à Síria ainda está a caminho do país e está neste momento em Beirute, no Líbano. O repórter José Manuel Rosendo explica ao jornalista Nuno Rodrigues que, nesta altura de espera pela decisão dos Estados Unidos quanto à intervenção na Síria, falta perceber como vai ser o ataque e quais os alvos que irá atingir.

É muito difícil prever o que vai acontecer devido aos vários desenvolvimentos sobre a situação, mas é preciso ter em conta a credibilidade do presidente norte-americano, ou seja, é difícil perceber como poderia eventualmente Barack Obama fazer marcha atrás e recusar uma intervenção militar, visto que isso fragilizaria os aliados Turquia e Arábia Saudita.

José Manuel Rosendo afirma que é preciso também perceber por que a utilização de armas químicas foi considerada uma linha vermelha pelos Estados Unidos, tendo em conta que ao longo de cerca de dois anos e meio de guerra civil na Síria registaram-se cerca de 2 mil mortos.

O jornalista refere ainda que as questões geoestratégicas jogam-se neste momento. Há um eixo xiita que vem do Irão, passa pelo Iraque e vai até à Síria, o que faz com que um dos objetivos da política norte-americana seja quebrar o eixo xiita.

Quanto às dúvidas sobre quem terá utilizado armas químicas no ataque nos arredores de Damasco, José Manuel Rosendo defende que ainda não se sabem todos os pormenores sobre a história, mesmo depois de um jornalista da Associated Press ter escrito que rebeldes admitiram que o ataque resultou de um erro de manuseamento do gás proveniente da Arábia Saudita.

PUB