Retirada do apoio à Autoridade Palestiniana seria "erro grosseiro" da União Europeia, defende o MNE
O ministro português dos Negócios Estrangeiros esteve esta segunda-feira no Telejornal da RTP, onde abordou a escalada do conflito no Médio Oriente. Questionado sobre a posição de Portugal quanto à eventual suspensão de apoio aos palestinianos, João Gomes Cravinho defendeu que "não há nenhuma razão" para o fazer.
O tema será discutido na terça-feira entre os vários chefes da diplomacia europeia. "Seria um erro grosseiro dizer que todos os palestinianos são culpados por igual", defendeu o responsável pela diplomacia portuguesa, em linha com a posição adotada por Espanha e por outros Estados-membros.
"Grande parte da população palestiniana não se revê nestes ataques do Hamas e temos de fazer essa distinção", acrescentou ainda.
Em relação à retirada de portugueses, João Gomes Cravinho adiantou que serão reagrupados no Chipre e só depois viajam para Portugal num avião fretado pela TAP.
Em resposta às críticas de alguns portugueses quanto à falta de resposta por parte das autoridades portuguesas, João Gomes Cravinho sublinhou que a Embaixada está encerrada por razões de segurança e "está a funcionar num bunker".
Por isso, o contacto é feito "através do gabinete de emergência consular", informação que está "site do Ministério", afirmou em entrevista à RTP.
Sobre relatos de uma portuguesa sequestrada pelo Hamas, o MNE português disse que ainda não há qualquer informação oficial que as autoridades israelitas "não nos conseguem confirmar".