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Rússia dá "pleno apoio" à Venezuela contra pressão naval dos EUA nas Caraíbas
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia e da Venezuela falaram ao telefone, esta segunda-feira, sobre o bloqueio marítimo imposto pelos Estados Unidos a navios sancionados ligados à Venezuela.
O responsável pela diplomacia russa, Sergei Lavrov, expressou depois, em comunicado, que "o lado russo confirmou o seu pleno apoio e toda a solidariedade à liderança e ao povo da Venezuela".
Juntamente com Yvan Gil, Lavrov "manifestou séria preocupação com a escalada das ações de Washington no Mar das Caraíbas".
Em comunicado, Yvan Gil referiu que, no telefonema com o homólogo russo, foram analisadas "as agressões e as flagrantes violações do direito internacional perpetradas nas Caraíbas: ataques a embarcações, execuções extrajudiciais e atos ilegais de pirataria cometidos pelo governo dos Estados Unidos".
O venezuelano referiu que Lavrov "destacou que este tipo de agressão não pode ser tolerado" e "afirmou que a Rússia prestará total cooperação e apoio à Venezuela contra o bloqueio, manifestando o seu total apoio às ações empreendidas no âmbito do Conselho de Segurança da ONU".
Washington impôs, no passado dia 17 de dezembro, um bloqueio marítimo à Venezuela, contra navios sancionados pelos norte-americanos por comerciarem com Caracas.
Apreenderam já dois destes navios, ligados à empresa estatal PDVS, suspeitos de transportar petróleo venezuelano.
Um terceiro foi perseguido no domingo sem ser apreendido., De acordo comos meios de comunicação norte-americanos trata-se do Bella 1, cargueiro sujeito a sanções dos EUA desde 2024, pelas suas alegadas ligações ao Irão e ao grupo xiita libanês Hezbollah,
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro acusou os Estados Unidos de "pirataria" pela apreensão de navios com petróleo venezuelano. Anunciou ainda medidas para que esses atos não fiquem impunes, entre elas uma denúncia ao Conselho de Segurança da ONU.
"Narcoterrorismo"
A Administração Trump diz que a sua estratégia em relação ao regime venezuelano, visa travar o narcotráfico e recuperar os "direitos petrolíferos" das empresas norte-americanas.
Desde agosto que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem pressionado militarmente a Venezuela, exigindo a demissão de Maduro, a quem acusa de ser o cabecilha do Cartel dos Sóis.
De acordo com a tese, o presidente da Venezuela estará a utilizar os lucros da venda de petróleo do país para financiar a produção de drogas, assim como "narcoterrorismo, tráfico de seres humanos, assassinatos e raptos". Caracas nega veemente as acusações. Em contraponto, afirma que Washington procura derrubar Nicolás Maduro para se apoderar das reservas de petróleo do seu país, as maiores do planeta.
Esta segunda-feira, a secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kristi Noem, afirmou que o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, "tem de sair", acusando-o de "manter atividades ilegais".
Numa entrevista à cadeia de televisão Fox News, Noem explicou que "não estamos apenas a intercetar esses navios. Também estamos a enviar uma mensagem para todo o mundo: a atividade ilegal em que Maduro está envolvido não pode ser tolerada. Ele tem de sair. Vamos defender o nosso povo", afirmou.
A responsável pela Segurança Nacional dos Estados Unidos insistiu que o Governo de Maduro "usa os dólares" do negócio do petróleo para propagar drogas que "estão a matar a próxima geração de americanos".
"Portanto, não se esqueçam do que se trata. Este é um inimigo dos Estados Unidos contra o qual estamos a tomar medidas enérgicas", sublinhou.
Apesar das sanções impostas ao crude venezuelano, a Chevron opera no país em associação com a estatal PDVSA ao abrigo de uma licença especial emitida pelo Departamento do Tesouro dos EUA.
A vice-presidente executiva e ministra dos Hidrocarbonetos da Venezuela, Delcy Rodríguez, informou entretanto no seu canal na plataforma Telegram, que o navio "Canopus Voyager" partiu "com petróleo venezuelano rumo aos Estados Unidos", em "rigoroso cumprimento das normas" e dos compromissos da indústria petrolífera nacional.
com agências
Juntamente com Yvan Gil, Lavrov "manifestou séria preocupação com a escalada das ações de Washington no Mar das Caraíbas".
Em comunicado, Yvan Gil referiu que, no telefonema com o homólogo russo, foram analisadas "as agressões e as flagrantes violações do direito internacional perpetradas nas Caraíbas: ataques a embarcações, execuções extrajudiciais e atos ilegais de pirataria cometidos pelo governo dos Estados Unidos".
O venezuelano referiu que Lavrov "destacou que este tipo de agressão não pode ser tolerado" e "afirmou que a Rússia prestará total cooperação e apoio à Venezuela contra o bloqueio, manifestando o seu total apoio às ações empreendidas no âmbito do Conselho de Segurança da ONU".
Moscovo, por sua vez, emitiu um comunicado indicando que "os ministros manifestaram a sua profunda preocupação com a escalada das ações de Washington no Mar das Caraíbas, que podem ter consequências graves para a região e ameaçar a navegação internacional".
Na semana passada, Pequim anunciou também o seu apoio a Caracas contra a estratégia norte-americana.
Perseguição a naviosWashington impôs, no passado dia 17 de dezembro, um bloqueio marítimo à Venezuela, contra navios sancionados pelos norte-americanos por comerciarem com Caracas.
Apreenderam já dois destes navios, ligados à empresa estatal PDVS, suspeitos de transportar petróleo venezuelano.
Um terceiro foi perseguido no domingo sem ser apreendido., De acordo comos meios de comunicação norte-americanos trata-se do Bella 1, cargueiro sujeito a sanções dos EUA desde 2024, pelas suas alegadas ligações ao Irão e ao grupo xiita libanês Hezbollah,
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro acusou os Estados Unidos de "pirataria" pela apreensão de navios com petróleo venezuelano. Anunciou ainda medidas para que esses atos não fiquem impunes, entre elas uma denúncia ao Conselho de Segurança da ONU.
"Narcoterrorismo"
A Administração Trump diz que a sua estratégia em relação ao regime venezuelano, visa travar o narcotráfico e recuperar os "direitos petrolíferos" das empresas norte-americanas.
Desde agosto que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem pressionado militarmente a Venezuela, exigindo a demissão de Maduro, a quem acusa de ser o cabecilha do Cartel dos Sóis.
De acordo com a tese, o presidente da Venezuela estará a utilizar os lucros da venda de petróleo do país para financiar a produção de drogas, assim como "narcoterrorismo, tráfico de seres humanos, assassinatos e raptos". Caracas nega veemente as acusações. Em contraponto, afirma que Washington procura derrubar Nicolás Maduro para se apoderar das reservas de petróleo do seu país, as maiores do planeta.
Esta segunda-feira, a secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kristi Noem, afirmou que o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, "tem de sair", acusando-o de "manter atividades ilegais".
Numa entrevista à cadeia de televisão Fox News, Noem explicou que "não estamos apenas a intercetar esses navios. Também estamos a enviar uma mensagem para todo o mundo: a atividade ilegal em que Maduro está envolvido não pode ser tolerada. Ele tem de sair. Vamos defender o nosso povo", afirmou.
A responsável pela Segurança Nacional dos Estados Unidos insistiu que o Governo de Maduro "usa os dólares" do negócio do petróleo para propagar drogas que "estão a matar a próxima geração de americanos".
"Portanto, não se esqueçam do que se trata. Este é um inimigo dos Estados Unidos contra o qual estamos a tomar medidas enérgicas", sublinhou.
Apesar das sanções impostas ao crude venezuelano, a Chevron opera no país em associação com a estatal PDVSA ao abrigo de uma licença especial emitida pelo Departamento do Tesouro dos EUA.
A vice-presidente executiva e ministra dos Hidrocarbonetos da Venezuela, Delcy Rodríguez, informou entretanto no seu canal na plataforma Telegram, que o navio "Canopus Voyager" partiu "com petróleo venezuelano rumo aos Estados Unidos", em "rigoroso cumprimento das normas" e dos compromissos da indústria petrolífera nacional.
com agências